Pharmacopéa CHYMCA , MEDICA , E CIRÚRGICA , y ■ BM QUE SE EXPÕEM S OS REMÉDIOS SIMPLES, E COMPOSTOS, SUAS VIRTUDES , PREPARAÇÃO , DOSES, E MOLÉSTIAS, A QUB SAO APPLICAVEIS. # POR ^ ^. ANTÔNIO JOSÉ' DE SOUSA PINTO Boticário em Lisboa. NOVA EDIçAS POR LUIZ MARIA DA SILVA PINTO. OURO FRETO: Na Typografia de Silva. 18 3 4. jriSO DO EDITOR. Persuadido de que reimprimindo a presente Phar- macopé» não só contemp'o encommendas feitas , vista a rwdide dos exemplares Lisbonenses, que apare- cem por alto preço , mas , facilitando seu conhecimen* to , e uso especialmente áos Proprietários de Estabe- lecimentos longínquos das PovoaçSes e de Facultativos » algum serviço prestarei áo Publico; resolvi levai-a âo Prelo : esperando o mesmo acolhimento que tem mere- cido outras Obras impressas na Typografia de Silva. NOC,OES PRELIMINARES. Muitas pcderião ?er as ad\erlencias . que neste luerar fizesse , e n uito a pnpc.-ito; m.;s por evitar í>uperfluida- des apontaiei as mais conveniemes. r. Damos o nome de Cozimento a certos remédios em fôrma fluida, qi e se extrxlem de difieientes rarfes das pf antas , e de algt,im»s í ubsti r.eus animaes por meio de água fervendo; que je executa c( m mais peiieição, e me- nos f'uido , que paia as inti-ífes. Em quauto s<3* Cozimentos daremos as icgras seguin- tes , cohio gerars. I. Nau í-e devem fazer Cozimentos, que nSo sejão era água , a fim de ibts extoiquir Ioda a virtude. II. Nao devem f&vev-ae Cozimentos de substancias, que conteuh&o partes voláteis, e nestas consista a sua elfi- cacia. III. A quantidade do fluido deve ser «ufficieuíe para cozer inteiramente a substancia , de que í-e tratar , e de- teriüinar o (empo, (pie dp^e durar <> Cozimouto. Também quaudo a e!Íi '«ei* de buma substancia resi- de especialmente na* suas part< s gonu.o as, gvmmo rezi- nosas , ^acebarinas , saponareas , s;lin s. .-s-ilngectcs , ou amar-üis , parece que o si nples C< zimento en rgua he su'íicienr>pe. e depois unirem se-lhes os pós. Nã.) lie pnssivel determinar em geral a quantidade do xai {e ou irei, c,' e deve entrar em Lum Electuario; l>é.:> de e regular se pela natuieza dos pós, a quede* \eo 'inir se : v. p. se rs pós- forem de raizes, cascas, e ven-ptaes seooos. de-emrs u>ar de buma parte de pós , 9 três ú ■ xarope , ou qu tro e meia dtSo sujeitos a fermentar, ou seccar con ueilidale, razão, por que nunca devem fa- zer sí en grande quantidade. En qmui > aos Eleotuarios , temos que observar as regras seg\iiu!e.5 : I. N.i.ici se f-i/en Eleotuarios de substancias, que só sâo e^n í.tzes em gvanledóze 11. Não deveu tazer se El^turarios de substaQciírg que mjuâi muito cjiu a hu nidude. Preliminares. vii ÍIT. Devemos fugir de juntar em Electuario substan- cias de pezo especifico considerável, q*.e as obrigue a pre- cipitarem-se com facilidade. IV. Também nao são próprias para Eleotuarios as su- bstancias gommo-rezioosas , cujo sabor be desagradável , como assafetida; e o mesmo te em quanto ás iezinas puras. V. Nenhuma substancia das que não podem unir se intimamente com os xaropes , ou que delles se sepaiao pasmado algum tempo, assim como óleos graxos, balsanus naturaes. III. Entendemos por Emolsão bum fluido lácteo , que se obtém triturando sementes frescas, ou óleos com água. Podem também pieparar >e En ulsCes , tti urando a mucilagem de gomma art.bia . ou aleatira , ou claras de ovos com rezinas , ou olecs juntando lhes água. Por con- seguinte a Emul.-ao não he n ais que hnrna mistura «-xaeta de partes reziuosas, ou oleosas com a água por meio de hu- nr»a mucilagem triturada. Não se deve taz: r grande quan- tidade de Emulsão , porque se perde facilmente. IV. Os Emplastos sSo remédios externos, que dos uo- guentos só diflerem na cuusisteueia , e em sei em duros , e glutinosos. ü prodigioso numero de Emplastos , que se u«ão na Pharmacia n u to bem pode reduzir-se a três classes. Pri- meira , Emplastos de Cera. Segunda, Enplastt/S de Chum- bo. Teicpfra , Emplastos Mists. Se misturarmos as Tin, turas com água , a maior parte destes princípios se se- para» da Tintura, « nadão «o décima, ou se preOipitSo: com tudo não he isto razão bastante, para que se não ha- jão de jantar, mas não oevemos esperar que esta mistura seja clara , e tianspareate. VI. Por Extracto entendemos infusões, e cozimentos er- pessos em consistência de mel grosso. Se as inui-õ'js , ou cozimento forem feitos em água chainSo s" Extractos Aquosos. Os Extractos Aquosos contém todas as partes das substancias vegetaes , que podem dissolver-se em agna , ex- cepto as partes voláteis, poi* que estas se dissipão no acto da fervura. Razão , porque não podem ter virtude 09 Extractos de substancias aromaticas. Os Extractos , cuja iufusão , ou cozimento for feita em Aguardente , ou Viuho , cbamãose Extractos gonu mo-iezinosos, e os que são formados unicamente pela tio. tura do alkool, ou espirito de vinho charnão-se Rezinosoa. VII. Por Mistura entendemos num remédio liquido com- posto de ordinário de suecos, de pó<, de tiuturas, de xaropes, de sans , de água distiUda , de cozimento, de ioíu.»Oes . misturadas para se tomarem ás colheres. As regras geraes, que se podem dar em quanto ás Misturas são as sesuintes : 1. Todos os li puidos , taes corno agna, cozimentos , e inrusõe< , etc. podem servir para Misturas. 11. As Misturas nao necessita-.» ser transparentes , an- tes pode o íormar se de substancias, qne se não dissol, ve.n , como pós , renas , etc. Attendendo primeiro, a que e^tas substancias se nao deeomponhão sendo misturadas; segundo , que se,ão dinsiveis , e m« cbanicamente possao unir-M, com o iluido conveniente ; te.ceiro , que o >eu pe- zo especifico nao seja dem^iado; quarto, q„e junta» a fluido nao veuhao a lazello demasiadamente glutinosa, e espesso. Preliminares. IX III. He necessário determinar attentamente a quauti. dade do fluido respectivamente á das substancias s?ceas. VIII. Dá-se o nome de Pílulas a pequeninos globos forma- dos de alguma massa consistente. As regras geraes a este respeito são : 1. Podt»m formar-se Pilulas de todas as substancias viscosas. seccas, e cuherentes, e que ao ar se não li- quidão. 11. Tudo , o que só em grande dose he efficaz não pô- de servir para Pilulas. 111. Quando as substancias, de que se formão Pilu- las forem muito molles. devem juntar se-lbes alguns pós seccos. Quando o Professor os não receitar devem esco- lher-se adequados , ou deve evaporar, se a substancia atè ficar em consistência própria , porem ambas cousas são peri- gosas. IV. Se as substancias , de que se hão de formar as Pilulas todas são seccas , qualquer xarope pôde servir de meio para a sua formatura; porèn se as substancias fo- rem muito duras , então se usará de inucilagem de gom- ma arábia , ou alcatira. V. Se as sub-tancias fore n glutinosa«, e saponaceas, bastão algumas gotas de água paia as uuir. VI. Formadas as Pilulas, devem ellas ser apolvilhadas com alguns pós, como de alcaçuz , gomma de lebech, etc. quando não devão ser doiradas, prateadas, cousa , que nunca deveria ter lugar, não só porque doiradas , ou prateadas são mais custosas a dissolver , como também o perigo da introducção do cobre, se o metal não he bem puro , mas se apezar destes inconvenientes forem as-im receitadas , nunca jamais se deve n doirar , ou pratear , quando na sua composição entre en.Xofre , ou alguma das preparações sulfureas. IX. Polpas são os suecos de fruetos ácidos, espessos, e misturados com as paites carnosas ; por exemplo a Pulpa de Tamarindos , de Ameixas etc. X NoçõÉS Todos entendem por Pó* buma substarioi» reduzida a partes m.iis ou menos subiis por meio da trituração , ou pulverização. Sobre o qu« seguiremos *ê Fefcrâíl ségutotes. I Podem reduzir-se a Pós> Iodas as subs-tanoia» seô* cas, quando são capazes de se podefertt pulverizar , ou triturar. II. Porem quando a* siib&taiteiflí? só forem effieazes em grande dose , não devem ser dadas em pós. III. Também se uftoi devem reduzir a Pôs aquellas substancias , que facilmente cahem em dèliquéscenotel» IV. Também se pão devem dar em Pó* as sobstabci- a9, que pela bumidade, que aírahem do ár incbãO mui- to, espeeialmeute se devem obrar em grande dose. V. As .*ub-taneias voláteis nãd devem reduzir-se á Pôs-, e quando sejfto absolutamente necessárias , só se de*e preparar a quantidade sufficieute para uso , e não muito; dilatado, taes sSe , v. g,, Casto rio , Almlscar, etõ. VI. Os Extractos nunca se devem receita* em fôrtfrá de pôs, e sô podem adm^ttir-se triturados com hartra quantidade moito maior de pós secôos , isto he , na «:ip- posição de que o tal Extracto seja eificaz em pequena dose. VII. Se a quaesqner Pós qnizefmos juntar óleos volá- teis, v»er'» neeesario unir os óleos* primeiro et buma por- ção de .assacar , mas niroda se devem preparar em- grafidfl quantidade; porque-.o&ole-jw vulateis se evapofao» gqhm gran- de brevi^acte. XI. Damos o nome de Re/inas ás partes constituinte* dos vegetíies , que*-se* dissolvem em alkool' * e não em a- gna , derrete-se ao calor , e quando se iiífláriirnão laução- fumo. As regras geraes a este artigo são as seguintes. I. Não se formâo i_ós de» Rezinas , que tenbão cheiro forte, e sabor picaote , nem as que facilmente? se Mqui- dão ao fogo, porè™ d«as* em pilulas, on misturas. II. Para leduzir a pi-ínja* a« Reziuas devem juntar-ee> Preliminares XI «<•>« extractos , ou aos pós : mas se houverem de ser da- das em misturas, devem triturar-se com eomma arábia, ou ciara de ovo ; muitas vez^s também se dissolvem en espirito de vinho , e se dão a gotas. XII. Por Espécies entendemos varias substancias cortadas , e machucadas p.n i dellas formar infusões , e cozimeato* por meio de algir»: fluido adequado. A este re-peito guardaremos as regras> seguintes. I. Não devenü eutiar nas Espécies, substancias, que requeirão fluidos , e temperatura diversa. •'!/. II. Igualmente n to deve n entrar substannÍ3S , que mutuamente se deeomponüão. Por conseguinte be pre- judicial misturar substancias , que facilmente larguem sua virtude na água com outras , que exijão num eozimeu> to prolongado. XIII. Os Unffuentos sSo remédio-*, que só differem dos em- plastos e n terem menos consi-tencia. Pieparao-se ou por cozi.uento , ou simplesmente por mistura. As bases ^e todos os Unguentos são óleos , gorduras, ou balsim■>•* naturaes , a que se juntão rezinas , campho* ra, óleos disnllados , ou pós. Em geial nao se devem unir aos Unguentos extrac- tos , ou re oedios preparados com água , pois não podem unir-se com os óleos , ou substancias gordurosas. XIV. Não será fora de propósito advertir que a maior par- te das Azuas distilladas tem perdido o credito para com os Professores mai-i doutos não só pela p volátil das plautts , parece que para obter qualquer Agoa aromatica se pôde obter pelos três modos seguintes: I. Misturando buma lnVa de agoa commum com hu- ma onça de alkuol , em que se hajão dissolvido três , qua- tro, ou s!a decomposição em vasos tapados , as moléculas vola- tilizadas se condensão na parte superior do vaso , donde sabem pelo canal praticado. II. Serve a Sublimaçâo para obter os pr'noip'*os, que se volatizão debaixo de fôrma concreta , e vem fixar-se na parte superior do aparelho distillatorio , e >ó diffrre da distillação pela' disposição dos vasos , que não dão sahi- da às substancias, que se desenvolvem dos corpos ana- íyzados. III. A Crjstallização serve para reduzir os saes àque- la fôrma , que de ordinário tem. Para se conseguir este effeito dissolve-se o sal , cu- jos crystaes pretendemos conhecer em suíficiente quanti- dade de água, filtra se , e ferve se lentamente até mos- trar ao de cima huma pellicula similhante a huma tèa de ara- nha, tira-se então do lume, e põe se em lugar fresco em vasos de barro atè deporem crystaes mais ou menos re- gulares , segundo a natureza do sal. Para conhecermos o que se passa nesta operação, devemos observar, que nenhum sal pôde conservai-se dis- solvido na água, senão em quanto houver equilíbrio en- tre as moléculas da água , e as partículas salinas. Quan- do se evapora a água , que se achava empregnada de qualquer sal , as moléculas salinas se approximão bumas das outras tanto mais , quanto mais se lhe extrabe o li- quido , que as tinha separadas. O equilibri© , que subsistia XIV Noções entre o «ai , e seu dissolvente interrompido huma ver, as moléculas salinas se pe^õo humas a outras pelo lad* mais conveniente, e daqui' pro-cedem as massas regulares , que se eb<:m*o. crystaes, e estes sio tanto mais regula- res , quinto mais leuta for a evaporação. IV. A Di solução he a operação, pela qnnl s* atte- nuao as substancias para ficarem em relaçSo igual degra- vifaçp.o com o fluido di-solvente ; fica pois a divisão sen- do a primeira parte da Dissolução , e a equiponderancia a segunda; posto que etn toda a Dissolução a acção de ambos os corpos seja reciproca , assentou-se chamar dfs- s Ivente , ou roenstruo ao liquido. A' proporção que as moléculas do dissi Irente se ap. f ii fo ás do corpo , que deve ser dissolvido , as partes m is \iíin;!.s pr- eu ão unir se a ellas de-.pegan io as qae já se achavão saturadas pel ■> contado, e a moblidade do liquido favorece esta marcha successiva , que muitas ve* p-.es he necessário ajudar por meio de agitação, quando a Dissolução he lenta. D.ido o primeiro cboque , continua- fce o movio en!o s porqre a força de afííuidade vence a da wdhercncia ; de.-tu reacçfio n isce hunva collisão, que as mais dias *ezes produz calor. Não basta a divisão para haver Dissolução , também be ueceísaria a equiponderancÍB. A limpidcz em qualquer Dissolução be indicio de buma perfeita homogeneidade ; <«.n tudo não se segue que estas partes *ejã<> ledozidas a sua ultima decomposição , pelo contrario , são composi- çõe« de ordem diversa , que adquirirão novas proprieda- des. Dois corpo- oão se conscrvão em estado de Disso- lução, quando a relação de gravitação perfeita por algum principio te transtorna; porque assim que no dissoivente se deitar qualquer corpo capaz de lhe alterar a densida- de, ou leveza, o corpo dissolvido logo delle se separa, e.se precipita, ou nada ao de cima. V. A Oxyda^áo , ou Calcinação he huma operaçfio , pel» qual os metaes expostos a certo grào de calor se convertem em Oxydes absorvendo o oxygenio do ar. Esta -combinação faz se cm razno de que o oxygeoio tem ma- is «ffinidade com os metaes , do que eom o calorico. Por ceasequencia «calorico fica livre, e se desenvolve , porém Prelimína&es xr como a Operarão . quando se faz ao ar corrimnn», hé süc- ce-siva , e lenta, o desenvolvimento do e lorico he p-ucd SêUSivel; ttqo be o mesmo « quíiilo a OxydaçãO sé ex- ecuta em gaz oxygenio , e'la então se opera com muito maior rapidez ; e muitas vezes be acompanhada dè luz s e calor , de modo qud não fica dúvida de , e papel pardo; Xvi. Pôr Princípios entendemos aquéllas substabcias, que é»e eítrahemr dôs corpos no tempo de sua decomposição; dividerH-se em pròx-raios ,"e remotos. Os5 primeiras São o resultado da primeira'analyse , os eegendds sfiô os cfúé pròvèm da decomposição dos pri- meiros. He impossível no estado presente èm cousas de- terminar tt n&mero , e tfâuarejía dos princípios. '>'■'- XVII. Tad di'fiéil íre decidir sobre o nunefd y e natureza dns substancias chamadas elementares , òOino subir á naw tu;eza dos princípios Os Pbysicos derãd este nome ao» corpos, qte IIíhs parecerão os mais simples , e menos suj jtiit.s á decomposição , e nesta classe puzerão quatro, Fo- go < Atina , Ar, é Terra. Poré n os Modernos mostra- rão que estes me-firios chamadoa Elementos erão verda- deiros couipostos , e se os descobrimentos forem crescen- do ,. talvez1 daqui a pouco se observe , que o Elemen- to para nós o mais siinplea he BUrn verdadeiro composto. Razão , porque trataremos bievemente de cada hum destes chamados Elementos, I. O Fogo be huma matéria, que segundo os Pby. sicos, he muito acliva , mujio anil , e que pôde penetrar todos o9 corpos; porém como este fluido foge aut nossos Xvt Noções sentidos, não he possível determinar os caracteres, quí lhe são próprios. Muitas sao as opiniões a este respeito, que por bre* vidade omittimos. II, Disserão alguns que o calor era hum movimeuto intestino , e rapidíssimo da* partes de hum corpo, pelo qual movimento o corpo se dilata ; os Modernos porém assentão que o calor he huma sensação produzida por hum corpo particular, que se chama Calorico , o qual dizem ser hum corpo muito elástico , que procura sempre pôr-se em estado de gaz , penetra as moléculas de todas as substancias, separa-as, e entre ellas se fixa, ou as derrete, e volatiza. Como a textura dos corpos he diversa , por isso nem todos ten a mesma capacidade para certo gráo de calor; huns o coucebem mais depressa , outros mais de vagar. O Calorico he hum dos priocipaes agentes do Chy- roico , destroe a aggregaçfto dos corpos , e os dispõe para a combinação, divide os que. não poderião combinar-se em fôrma de ag^regado, favorece a acção reciproca dos princípios, que constituem os compostos; e,m fim obra mudanças , que por outra fôrma serião impossíveis. 111. A Luz he hum corpo, que nos vem do Sol. O seu movimento he rapidíssimo , pois desenvolve o calori- co de todos os corpos , em que toca , este calorico he tanto mais abundante , quanto mais se approximão* os ra- ios luminosos. Ella combina-se com muitas substancias, a que dá côr, e a que muda a nitureza , ella se acha espalhada por todos os corpos combustíveis , que a deixãti escapar em fôrma de chama. A Luz obra cbymicameote nos co-pos ; decompõem certos ácidos, alguns saes neutros, e revivifica algumas oxydes metallicas. IV. O Ar he hum fluido invisível, se;n cheiro, peza- do , e elástico , que cerca o nosso globj , e em o qual nós vivemos. O Vento he a falta de e juilibrio das massas de Ar, a qual depende do maior , ou menor gráo de ealur da atmosphera. Eaa muitas operações cbymicas se desenvolve gran- Preliminares xvii dissima quantidade de fluidos , que tem as propriedades apparentes do Ar , porem differem delle essencialmente. Os Chymie* s tem descuberto no Ar duas propriedades , que lhe são próprias, e o fazem distinguir dos outros fluidos aeriformes. 1. Favorecer , e apressar a combustão. 11. Entreter a respiração , e a vida dos Animaes V. A Água he hum liquido transparente, sem cheito, e quasi sem gosto , e se apresenta em quatro estados dif- ferentes. 1. Em estado de licor. II. Em estado de gelo. 111, Em estado de vapor. IV Em e»tado de ar. A Água por muito tempo foi considerada como bum principio simples, hum Elen ento ; porem acha se demons trado que ella se compõe de hydrogcnio ,e oxigênio com- binados pela combustão. VI. A Terra considerada como Elen ento eia tida co- mo bum principio fixo , que entra na composição dos cor- por , dà lhes consistência, resiste à rcçao do fogo,e não se dissolve em água ; porém , eouu» muitas substancias gozão destas propiiedades, não podemos dizei que a Ter- ra seja Elemento. xvih. Todas as produccões na u aes se costumarão dividir em três class* s , ou Reinos; a -aber : reino mineral, reino vegetal, reino inimal; porém esta diusão le p< uco ex- acta , e os Modernos a eneudaião, reduziudo a duas classes todos is corpos. Priiuti.a corpos organizados. Se- gunda corpos inorgânicos. riUi: .. ; . :t i :-H " princípios DE MATÉRIA MEDICA. I. I. Remédios evacuantes. CHAMAO-SE evacuintes os remédios , qne expedem do corpo as matérias snperabundantes , e damnosas. A regia ge.al , que devemos observar no uso destes remédios, he ad ninisfrallos . quando hajão materiis super- abuil infe< . ou prejudiciaes, cuja evacuação seja exigi- da pela moléstia, e possa ter lugar, aliás delleá se não deve fazer uso. As matérias, que podem ser evacuadas, são de di- versos gêneros ; e as vias , por onde se deve fazer a eva- cuação , são ditfereutes. Nisto he que se funda a div hão dos remédios evacuantes. § H. Êmettcos , ou Pomitorios. Estes remédios, por sua qualidade estimulantes, ex- cltão hum movimento inverso , ou retrogrado do estôma- go , e do canal intestinal , que faz com que as matérias encerradas no estômago , e nos intestinos delgados , sejão expedidas pela boca. Taes são tartrito antimoniado de potassa , vinho eme- tico , ipecacuauha , vitriolo de zinco , etc. Além da proprielade de excitar vômitos, produzem os emeticos «».itros effeitos accessorios, cujo contíecímen- to he necessário. Pela »ua irritação, e pela compressão , que produ- zem em todas as partes encerradas no mesenterio , as contrac^ões convulsivas do diaphragma , e dos músculos abdominaes, determinão buma atfluencia considerável de matérias mucosas , e de suecos gástricos , e intestinal , e de bile, que igualmente são expedidos pelo vomito; em segundo lugar também se conhecem estes effeitos pela mes na compressão nas vísceras do peito , em que produz certa alteração ; em terceiro lugar no acto do vomito o 2 ' Princípios pulso se acha mais pequeno , e intermittente > acceleran- do e depois, e abrandando ; quarto augmenta so a ab- sorviçã» dos vasos ly.nphaticos; quiuto a acção dos eme- tioos te mina se .pi «si sempre excitan !o alguns cursos; sexu> a polln , q.i** no acto do vo silo p decêr» bum aper- to eso."s no Im* > . s» ielago , utêís ãcci- déntalménte, é por «ympatbia , v. g. os qúe SuccéHèm ás pessoas , que eubarcão, âs mulheres pejadas , tís qrre suecedem por ferida-- grandes na Cabeça , ou por dores Yíefiiíicas : te-eeiro . quando o vomito hè procedido de in- fltmmàção, .'e dpp .sito , 00 dè schirro no e-ilamoffo * quarto, na febre iúflammatoia verdadeira- ouinto erti pessoas prethoMcas, e dispostas a apoplexias sangüíneas • sexto em pessoas , què sso sujeita? a oemopthises , oü af- fectadas de tísica , ou de tíertoi gêneros de asthirra e òs de Matéria Medica. 3 que tem o peito viciosamente construido: íetimo, em mulheres pejadas: oitavo, em eahiáas , ou hernies da ma- dre: nono, quando haja alguma aneurisma : decirttu , em todas as pessoas mui difficultosas de vomitar; em pessoas, Cujas evacuações por biixo totalmente se achão süpprimi- das: undecimo , quando haja debilidade extrema , e real , è não apparente , ou causada só por matérias impuras nas primeiras vias. Com tudo em circunstancias urgentes , v. g. em hum veneno de p.»nro tempo, poremos de parte todas estas contraindica;Ois. D:jsta sorte he qne se pode administrar o emetico a pessoas plethoricas , ou predispostas para a a- poplexia sangüínea , e ás que são affectadas de hernies , tend » a precaução d1 comprimir a hernie na acção do re- médio, ou com as mãos, ou com a ligadura conveniente. Os eneticos , dados em dose insufficiente para de- terminar o vo nito , de ordiuario cau*ão simples náusea , produ-4ido assim hum abilo silutifern em todo o syste- ma ; igualmente exoitão evacuações pelo curso , pelas ou- rinas , pela transpiração , e favorecem a resolução dos humores estagnados , e espessos. §. III. f urgantes. Os purgantes são remédios, que evacnao as matérias encerradas no ^anal intestinal pela via natural do òurso. Os purgantes obrão por diversos modos. Alguns são na- turalmente irritautes , e por isso causão a acceleração dd movimento veimicular dos intestinos, e buma affluencia maior de humores tetíues , e mucosos dos ditos órgãos. Alguns dos purgantes estimulautes tem huma força irritante mnito activa , que em outros he mais moderada. Os primeiros são jalapa , soammouea, azebrr , gomma-gut- ta , muriato de mercúrio doce , os emeticos , priocipal- meate os antimoniados quando se applicão em dose ma- ior . qne a necessária para excitar vomito. Os segundos são rhuibarbo , saes neutros, ácidos vegetaes , e substan- cias saccbarinas , taes como tartrito, acidolo de polassa , tamariodos, mãonà, e mel. Tamben ha purgantes, que per vi mesmos não sSo estimulantes, e só adquiretn esta 4 Principio» qualidade, e a virtude purgàtiva , que delia depen!e,eTi razão de reconcentrarem no canal intestinal hum ácido , a que e-^tão ligados, taes são, a manteiga, e outras subs- tancias absorventes. Alguas ha que não causlo irritação notável , mas que dissolvem as miterias c» nprehen lidas n >s intestinos , e as põe em movimento, facilitando lhes a evacuação : taes são , o soro de leite , os caldos , o óleo de linhaça , e outro* óleos graxos. Além das evacuações pelo curso , os purgantes , espe- cialmente os irritantes , podem produzir primo huma afflu- encia mais considerável de humores aquosos , e mucosos no canal intestinal: secundo hum augmento de acção a- bsorvente no systema limphatico : tercio impulsão de san- gue para as vísceras do mesenterio , e para as extremida- des inferiores : quarto diminuição de traospiração. Em fim , não ha dúvida que estes remédios evacuão não só as matérias, que nas primeiras vias encontrão , como vá- rios outros humores , que dos vasos visiobos attrahirão : e não sendo assim , como poderião explicar se as enormes evacuações produzidas por hu ri purgante? Os purgantes não são necessários , se nos intestinos mais grossos não bouvsren matérias impuras , cuja sahi- da nitural se ache tapada; oi que peia mesma natureza não hajâo principiado a evacuar se com allmo sensível ; ou se a mesua naiu ezi não procura produzida , bem co- mo o iniicão as eólicas , dores de barriga , etc. São ei- Ias sem duvida prejuliciaes nas diarrheas puramente sym- ptomaticas. He necessário fazer distinção dos purgantes, de que acabamos de fadar; devemos fazer escolha com especia- lidade dos que forem meuos irritantes : primo para as pes- soas de coustituição delicada, e quanto as disposições para a inflamráação , ou as commoçõ3* febris contraiudioão estimulantes mais enérgicos: se'ml» n* constipação per- tinaz , que muitas vezes cede mais facilmente ao uso cons- tante de purgantes benignos , e dilueutes , que aos drás- ticos. Pelo contrario, de,re nos observar primeiro, que era peísoas de pouca sensibilidade , e sobrecarregadas de mu- de Matéria Medica. 5 cosidades viscosas , em pessoas bypocondriacas, em que a causa da moléstia' tem sen centro nas vísceras do me- seuterio , os purgantes brandos são de pouca efficacia ; segundo , quando em moléstias supuro^as agudas , em que convém excitar promptamente huma súbita evacuação, que não pôde determinar-se sem considerável irritação , não servem os purgantes benignos ; terceiro , pela mesma razão o seu uso sei ia baldado em caso de veneno sedati- vo, porque então seria preciso considerar o doente , como apopletico , ou affectado de leibargia ; quarto , não po- dem oppôr-se os ditos purgantes benignos aos venenos a- crês , se não em quanto existem no estômago , sem nelle produzirem inflammaçã© , devendo por isso ser evacuados pelos emelicos , mas que pissando aos intestinos não dei- xarão de causar estado inflammatorio , que a menor irri- tação augmentaiia indubitavelmente ; quinto , os saes neu- tros não convém em caso de haver evidente queda de intestinos , visto que não poderião deixar de augmén'ar o damno ; sexto , os purgantes sacchurinos não convém predominando huma disposição ácida. Os purgantes drásticos merecem preferencia. Primei- ro , em pessoas robustas sem plethora , e nas que tem huma constituição pbleugmatica, e pouco i ritavel. Se- gundo , tolas as vezes, que sa facão necessárias evacua- ções promptas , especialmente em venenos sedativos, e em moléstias supurosas Terceiro, nã mania, se os pur- gantes lhe são adequado?. Qaarto , na maior parte das bydrope>ias Devemos fugir delles : primeiro quando hum vicio or- gânico dos intestinos, a sua conlracção, seu entupimen- to , hum schirro n* sua substancia, coroos estranti s de grandeza considerável, ou o estado iuflammatorio sejão as caudas da constipação ; segundo, em pessoas por ex- tie.no irritavois, seccas, ma;ra» , debiis , e em crianças; terceiro , eu pessoas plelhorieas ; quarto quando haja fal- ta de humores, quinto os tUico* asthmatioos, e os que são attacados de obitruoçAo , ou de suppuracao de vísce- ras ; seXui" e.n muliimes , principalmente em conjun'ura de meustruo, de p en íez , ou de creaçáo ; sotimo ,' nas fe- bres e uptivas no tempo da erupção ; oitavo , no tempu 6 Princípios. das moléstias, em que huma cnze se prepara, oueffeitua por outras via«; nono, os absorventes só purgão , quan- do encontrão- ácidos nas primeiras vias , aliàa de uada a- proveiião. Os purgantes diluentes r e dissol vendes , te«i lugar: primeiro na eoustipação, se he causada, por espasmo vio- lento ; segundo, quando ella provenha deexcremcnto eu- durecido , ou corpos estranhos demorados uos intestinos; terceiro , quando seja necessário evacuar venenos aeres , que, a não serem dissolvidos , e diluídos ao passar pelo canal iutestinal, multiplijeariãu cs espasmos» aumentarião a irritação, o fariáo a inflairwvaçãoi o&ais perigosa. P*-lo contrario, abriremos mã<* delles , bavendio que- da, ou insensibilidade, de intestinos. Convém finalmente observar , que , além dos purgantes assim chamados , os tônicos, e os sedativos , ou antip as módico* , podem tam- bém prestar similhantes effeitos ; os primeiros restabelecen- do nos sólidos o tom , cuja falta causava a constipação , e demora das matérias excrementicia? nos.intestiuos ;osse- gundos calaiando o espasmo, que embaraçava a sahida des- tas mateiias» Também devemos pôr na classe dos evacuantes os re- médios earmioativos , e anthelminticos. Chamão-se carmi- na tu-os s corrigem a inércia do canal intestinal , a qual favoiecia a accumulação d* me ma matéria. Fácil he determinar as cn lições» eom qoe devem administrar-se os differeutes remédios contraveruies » at- teodendo ao que já disse.nos sobre os purgantes, e ao que abttixoj diremos sobre os tônicos. §. IV. Uiaphoreticos , ou Sudorijieos, Damos e«te n>me aos remédios . que favorecem a trans- piração cutânea , e a dos bwfes. Nesta classe com espe- ciali tade deveio entrar as substancias, qne, estimulando os órgãos da circulação, accelerão o movimento do san^ gue , determinando lbes a impulsão para os vasos mais pe- quenos. Taes são , aítia quente , flores de sabugo , cara- phora , saes alkalis voláteis , vinho , etc. O us*> dos diaphoreticos requer prudência , e precau- ções , pois não ha evacuação qu^ mais enfraqueça , que o suor sendo eopioso , ou excitado tora de tempo ; razão por que , sendo necessário adminiatrallos , observaremos as re- gras seguintes : Primeiio , quando- a moléstia for de natureza,que pe Io suor possa terminar. Segundo , se o corpo estiver disposto à transpiração; e que e nas moléstias precedentes .servisse de vantagem o suor. Terceiro , se na deolinaçSo de qualquer moléstia hu- medecendo se a pelle , cirnservand» ceito calor, adoente percebe allivio rersivel. Quarto , quando a molpstia provenha de resfriamento. Quinto , qfuaru m por espasmo , ou impressão de frio se bajia recolhido qualquer erupção cutânea. Sexto , na bydropesia i>nusaica, Sétimo , quando ha- 8 Princípios qualquer outra evacuação excessiva ; huma diarrhea , por exemplo, em que, para prevenir o abatimento, se faça necessário impedir a afflueocia dos humores do interno pa- ra o externo. Pelo contrario se fazem inúteis, e prejudiciaes os su- dorificos. Primeiro, às pessoos , que não costumão suar. Segundo, em principio, e auiie das moléstia» , quando as primeiras vias so achão embaraçadas. Terceiro , nos suo- res symptomaticos. Quarto , em pessoas débeis , e ma- gras.- Quiuto , quando a natuieza prepara outra evacua- ção critica. Os antipasmodicos, e sedetivos excitão muitas vezes suores , ou porque , além da propriedades sedativa , igual- mente conservão certa qualidade estimulante; ou porque o espasmo da superfície do corpo se haja calmado , como succede depois do ie»!riarrrento. Todos os diluentes obrão por hum modo análogo , quando sejão ajudados do calor externo; porque dando aos humores maior fluidez, e mobilidade , lhes lacilitão a passagem para os vasos cutâneos. 5. V. Diureticos. Estes remédios augmentão a secreção,e a evacuação das ourinas ; pela maior parte são do gênero dos estimu- lantes ; taes são saes alkalious , ácidos vegetaes , sabão , b^gas de juniporo, ceb ,11 alvarrã, etc. O efeito dos diureticos r:os órgãos secietorirs da ourina he incerto; por qne a maior parte do tempo obrão não menos sobre os da transpiração , que sobre o ^ystema uropojetico : para que o seu efeito seja certo, he preciso ajudai-lhe a acção habi- tando em ar fresco, fazendo exercício moderado, appli- cando aos rios , e ao peute fomentaçóes emolientès. Estes remédios tem lugar: primeiro, quando a secre- ção , e evacuação das ourinas se achem interrompidas pe- la Htcnia do. sólidos, e Mseosidade dos fluidos ^particu- larmente ni I ydropesia; -egundo, quando as circunstan- cias indiquem que a natureza prepara, e pede actualmen- te a excreção das o-.nnas : terceiro, quando o enfermo por habito ounua abundantemente , e em alu,im «. i ,- ■ . > c ci" ai ti umas míi Ip«ii» c análogas experimenta allivio nesta evacuação. De Matéria Medica 9 Pelo contrario evitaremos os diureticos: primeiro, se houver diabetes , ou fluxão excessiva de ourinas , en que a sua ubun)anciã abata em lugar de alliviar; seguido, quando a retenção de ourinas seja causada por pedras , ulceras , carnosidades, inflamação , espasmo violento, pre- ohez , e constipação ; terceiro, quando se faz alguma eva- cuação critica mais vantajosa, e segura; quarto- quando o doente por habito ourina pouco. Todos os remédios di- luentes favorecem a excreção das ouriuas, especialmen- te quanlo o doente se conserva em fresquidão, Os emeticos algumas vezes produzem os meamos ef- feitos pelo abalo, que causão, o qual se cómmunica a to- do o systema vascular, e nervoso. Os antipasmodicôs taríh- bem tem hu na acção diuretica , quando a supressão das ouriuas provém de espasmo. §. VI. Dos Sylagogos. Estes remédios provocão, e augra ;ntão a excreção da saliva , taes são as preparações mercnriaes. A saliva he hum humor, que a natureza destinou para certo* fins. Lo- go a salivação he causada por cousa contraria á natureza ; e ainda que en certas moléstias ella allivie o doente , sempre será verdade dizer, que não ha moléstia alguma, em qne a salivação seja indispensável, e sem ella se não possa curar. As mesmas moléstias veneria.s optimamente se curão sem salivação , sendo então de menos conseqüências fu- nestas. Parece pois que não pôde assignar-se ciso algum determinado , em que se faça necessária a salivação; ao menos este methodo só pôde ser justificado na* moles- tias por extremo pertinazes, e em pessoas pouco sensíve- is , e abundantes de humores. Pelo contrario , de nenhum modo devem ter uso em pessoas irritaveis, e magras, porque sempre as põe em summa debilitação , e abatimento. Na classe dos sylago- gos estão postas differentes substancias , que mais fazem escarrar, que salivar. Estas substancias pela maior pate são estimulautes , algumas das quaes contém propriedades 10 Princípios sedativas: quando se tem na boeca , ou mastlgáo , provo- cão a atfloeocia da aaliva. O bon effeilo destes remédios muitas veze* depende mais da irritação, qne da aiíluenoia da saliva: por e*t« modo h» que elles obrão nas dorea de dentes . e P»r1y- zia da lingua; com tudo podem admiuntrar-se a lin de excitar ptyalismo , quando huma salivação , que natorhí- mente tinha vindo de repente , se sopprtma em prejuízo do enfermo , o que v. g. pôde suoceder nas bexigas. \. Vil Emolientes , e relaocantes. Estes remédios diminuem a colresfio . e a tensão dos sólidos. O calor bumido , as g< mentes de linhaça , folfcas rie malva, geleas , leite , e ole. s araxos , cnníé n esta pro- priedade , e devem ter uso: primeiro, quando o der^ea- mento s?ja considerável ; segundo , quan io a tensão seja excessiva ; terceiro , quando principalmente haja espasmo , e inflamrnações , e o seu etfeito > diminuindo a .tensão , se converte em sedativo ■wperietrte , e refre^cante. Quando convenha diminuir a afflueneia dos humores, feita em qualquer parte :pela queda dos t-eus vas'S. Pelo contrario o seu uso he nocivo: primeiro, quan> do haja queda considerável dos sólidos, e snperabutidan- cia dos humores ;spgtindo . nas inflamo.ações , que devem ser resolvidas particularmente na erysipela ; teiceiro, nas hemorrftgitts , que são os effeitos da queda dos sólidos; quarto, nas iocbações , uo-s tumoies , e uloeras externas , que nao sao susceptíveis de boa suppuração , por exem- plo , o scirfo , cancro, coOtUíões, teto. §- VIM. Dessecalivos. São remédios, que desembaração as partas do corpe humano ún demasiada bumidade : Hugmentrro a d"tuida- de , e tenacidade das fibras , teodo quahi todos huma ae- ção tópica. A pezai de todo não -se nóde duvidar de que a sua energia muitaí rezes se propaga *impalicajue«- te a partes remotas, pois na reblidade'obrão uão só como estimulantes, mas também oomo contractaates. de Matéria Medica. 11 Não ha certeza de que estes remédios peneirem a massa do* humores. A casca de carvalho , a galha , a gommalaca, pedra htnre, <> virriol» de marte, so.« os primeiros. PeJo contrario devem ser excluídos os se lati- vos primeiro , quando os sólidos *e ache r» em e-tado 3e tensão natural, ou excessiva; se rundo, quando se pos , ou separação da epiderme.ea affluencia áò humor soroso entre ella, e a pede; taes sâo , mostarda, cantaridas , trovisco , etc. Tem lugar estes remédios : pri- meiro , nos symptomas apopleticos : segundo , na extrema debilidade : terceiro , nos casos de retrogradaçâo de ex- anthimas , ou de algumas matérias depositadas do externo sobre cs órgãos internos: quarto, para calmar espasmos ex- citados em partes vizinhas , ou remotas ao lugar ,' a que se applicão. A sua applicação he funesta : primeiro , ás pessoas de temperamento secco , sangüíneo, e muito irritavel: se- gundo , quando a dissolução dos humores seja conside- rável : terceiro , quando nos humores haja acrimooia do- minante cuja origem possa attribnirse a hum humor acre que de pouco haja passado do externo para a massa dos fluidos: quarto, na occasião da maior parte de evacuações criticas. Alguns destes remédios, e particularmente as cautaiidas , exigem certas precauções , de que adiante fat- iaremos. §. XII. Detersivos. Estes remédios são de natureza estimulante, e se ap- plicão externamente a fim de conservar huma inflamma- ção moderada, de exterminar por ella impurezas, que se 14 PRINCIPI05. ooõom à cura de chaca* , e depositas, e favorecer burr» euppu ação de boa qualidade; taes são, tuerebent.na, rayr- rha , balsao os „ . ei , e pi nia* amargas. Do qup acima dis-eu-os *e eolli-e , ouaes sejão as cir- cunstancias , em que devemos, ou não usar destes reme- dioa. §. XIII. Antdepiicos. Taivbem são remédio» e-iio ulantes , que se distinguem particularmente dos outros da mesma classe em deve- re o « sua actividade às sua* partas voláteis. Excitão o svstpma nervoso, e vascular, buoa irritação viva , mas de p".»uoa duração, e accompanUada de senti uento , de força e aciiviri» não devem applicar se : primeira, quan- do a d-br Lida de só >fcja appareole , e dependa deiupure- las , nci.ui uka ,. es. >as a» , ou imi.nobil<\lade dos humores : segundo, em caso de plethora, e de ínflammação. 5. XIV. Fovtâficuntes.. Parece que o raodo m&U co.Oimo.do de classificar estes «/emedios seria re erillo* aos estimulantes; porque, posto não aocelerem o movimenta) das partes vivas , dão lhe noa- U> fosca, e energia- tendo ao mes-cuo tempo de cuiunauna et»m o& se.ia.Uvos não exaltarem a sensibilidade eu gesal , mordera alu pelo contrario a excessiva sensibilidade, nervo- sa ; propriedades estas , qu? as<ás os distinguem de ttdo« os outros remédios estimulantes , e até dos cordiaes , a que lev-so a vantagem de huma eíficacia mais c nstanle , e d.uraveL Aq»i se refeie principalmente a quina, cascarrilha , • preoaEaçõ^s ma^ciaev. Estes remédios são indicados: primeiro, quando a debilidade do systema nervoso se juuta de Matéria Medica. 15 á atonia , e a huma excessiva irritabilidade: segundo, quando hajão constipação , ou evacuações demaziadas , que provenoão da mesma causa : terceiro, nas febres , particularmeute nas íntermittentes, se antecedenfemeute horjverão as evacuações necessárias. Pelo contrario não mereeeâTi lugar: l.o , em caso de não haver debilidade : 2.° , se nos sólidos houver demasia- da tenção :3o, todas ps vezes que as forças do cor- po forem sufficientes para obrar evacuações criticas salu- llleras: 4.° ,quando hajão obstrucções produzidas pela im- ffiobdidade dos humores , ou pela rapidez dos sólidos , oU em fim pela falta de irritabilidade : ÕP , se existirem nlflterias impuras, e ac es, que seja necessário evacuar: 6.°, nas inflammações , e febres inflammatorias por todo o tempo , e;n que ell is não declinarem. Do que lemos dito se vê a razão , por que algumas Vezes succede . que os remédios fortifieantes obrem , como evacuantes , como dissolventcs , e como antipasmodicos; igualmente lambem se conhece o que elles tem de com- mum com os astriogentes , cora que muitas vezes errada- mente se confundem. XV. Antipasmodicos. Estes remédios diminuem a mobilidade , e contrac- çflo irregulares , e excessivas dos sólidos vivos. Oi prin- cipaes sãn , valeriana , assafetida , flores de zinco , e ópio. T jm lugar estes remédios : primeiro , quando existem movimentos espasmodicos sem influencia de estimulante algum material , que são conservados pela excessiva irrita bilidade do systema , ou de algumas suas partes : segun- do , quando a mobilidade fora do natural seja excitada por hum estimulante material , qoe directamente não pos- sa ser exterminado por outros meios : 3. quando mesmo em razão do excesso do espasmo as evacuações naturaes não possão ter lugar. Geralmente fadando, devem usar-se em todos casos, em que o espasmo não seja o esforço 6alutifero da mturezi,e faça temer conseqüências íunes* tas relativamente à sua excessiva violência, ou ao seu centro, ou ás funções do coipo, em que produz a de- sordem. Daqui se colligem as oüntraindidações destes remédios. 16 Princípios Também evidentemente se collige , que os evacuan- tes obrao muitas vezes como autepasmodicos , quando o espasmo seja excitado por matéria irritante , e estranha, que elles possão exterminar, e que reciprocamente os au- tepasmodicos fazem os officios de evacu; ntes , quando por sua efficacia calma o espfsmo, que antecedentemen- te estorvava a evacuação. §. XVI. Sedativos. São remédios , que aplacão , ou moderão a sensibili- dade. Também se lhes dá o nome de paregoricos, ou anodinos, em razão de tirarem , ou diminuírem o senti- mento da dor. Os que interrompem inteiramente por al- gum tempo a sensibilidade , e consciência , e que causão somno , chamã<» se hypouoticos , somniferos , ou narcóti- cos. Deste número sâo ópio , belladona , etc. Os remédios desta classe constantemente reúnem á sua força sedativa huma qualidade estimulante , proprie- dade , que manifestào em certo ponto de sua operação: he o que especialmente se observa na operação do ópio , cuja acção he análoga á do vinho , que primeiro reaoi- ma , e alegra, accelera o movimento do pulso , e aug- roenta o calor, mas que depois aJorraenta , e faz insen- si ei > diminue a acceleração do pulso , e a sua regula- ridide , e terurna por hum somno profundo. Razão por que na aimiuist ação dos narcóticos se Ohv*- *eit pre at- tender aos seu» effeitos acc.-ssorio.s , fjU" -o«o os .se; uinies. Primo «rcelerar até mtes , diluentes , emolientes, refres- eantes , tônicos, produzem hum effeito sedativo extirpando as causas da moléstia, as matérias impuras , as substancias acres; destruindo a pletbora , as congestões do sangue, u calor, e a tensão; ou augmentando a activ:dade, das parte» vivas para remover as causos excitantes da dor. Estes remédios não obrão immediatamente sobre os nervos atíectados , assim como os Lypnjiicos , mas a sua acção attaca a causa efficiente do mal. § XVII. Refrigerantes. São remédios, qué tirâo a causa do calor; taes são, 18 Principio». ndro, agna fria, sangr>a , etc. Estes remédios devem ser receitados segundo as re- gras dadas para a administração dos sedativos $ estirriu- lantes , evacuantes , dissolventes , e diluentés. Corto tudo ha varias excepções relativas aos refrigerantes , q-fcé tem uso no extern >, especialmente as preparações1 de chumbo1. A acçãa destes últimos remediou paiece proceder dá sua qualidade adstringente, que diminuindo a afflúéYYcia do sangue para as partes* superfiüiaes , nellas pròdtfz- á sensação do frio4 §L XVIII. Calefactenr-es. São remédios, que produzem , e aügrttentSo o calor1 em todo o systema , ou em alguma das sutts pri/tes. A- qui se referem os aromaticos , os óleos etheteOs , espírito de viubo , calor secco , e bumido. Estes remédios não podem entrar em classe particu- lar; porque geralmente pertencem ou aos esti mu láüté^ ou aos antipasmodicos ; e á excepçãb do calor' actual , é immediato , elles não produfcem sentimento' de calor* rr/ais vivo, senão augmentandò pela sua fbrça- estimulante ò movimento do coração, e das artérias; ou destruindo o espasmo , que impedia estes movimentos. Por isso, quando dellês usarmos, seguiremos as regras re- lativas ao uso dos estimulantes, ou dos antipasmodicos. §. XIX. Alter antes. Dá--se esse nome'aos reme lios, que procrozem mu- dança na natureza , ou mixtão dos humores animaés. § XX. Attenuantes , AdàçaVttés. Damos este nome ás substancias, que, misturadas com os humores, lhes augmentão a fluidez, e corrigem algumas qualidades acres , e estirrulantes ; taes são , água ', leite, soro, e differentes suecos de plantas aquosas ,mú- ciiagiuosas , ou saponaceas. Só o titulo deste* remédios basta-para indicar as cir- cunstancias , e condições, com qne devem usar s**, e não' menos os casos, em que se devem despresar. de Matéria Medica. 19 .§.-. x.xi: Resolutivos. ., .„ .., ,ifv. Alguns destes remédios são -calefacientes , como as gommas rezinas ; taes sãoj o galbano , a gomma , ammo niaco , campbora; e delíes se usa quando se faz neces- o estimular efficazmente o coração , e o systema dos vasos sanguineos. Outros nãò sãò calefacienles , v. g. os sabões , cicu- ta , sal ammoniaco ? e outros saes neutros, peparações de mercúrio ? é antimonio. Merecem preferencia estes últimos , qríando não haja necessidade de calor, ou irrjr; tação'forte; porém geralmente a acção dos resolutivos não se faz directameiite si bre os humores, e só obrando sr b e os sólidos , que os põem em movimento, he que produ- zem alterações salutiíeras. As circunstancias, que reoommendão a administração dos remédios resolutivos, ^ão : primo a tenacidade dos liu- rtJores' reunida ao abatimento , e inérciargeial dos sólidos; secundo a teuacidade dos humores com augmcnto de irri- tabilidade dos sólidos; e neste caso não deveuv ter lugar resolutivos calefacientes ; tercio as stazes , e pqn,gçstões em qualquer parte do systema lymphatico; quarto a necessi- dade de preparar para a evacuação , e porem movime,p-j to matérias, que devem ser evacuadas : eno ^mbos estes. casos lisarémos com preferencia dos resolutivos , que não são calelacientes. • ....... , ■. ; Os t seguintes' casos prqhibern os resolutivos : primo, quando haja grande dissolução de humores; secundo as obsirucções*, e encalhes de vísceras se achem profunda- mente arraigados; e quando absolutamente sejão içdispen-, saveis, só usaremos dos resolutivos . mais brandos .,. ainda, que o seu uso haja de ser mui continuado ; tercio nas., lebres heticas ; quarto em todas as moléstias complicadas de evacuações superabundantes » e líquidas. §. XXII. ^ Absorventes* Os'verdadeiros absorventes são só as substancias , que neutralizSo os ácidos encerrados nas primeiras vias; taes «ão os sáès lixiviosos , e terras absorventes. Estas subs-, tancias, formando'bum sal neutro com os accidos, que 20 Princípios encontrão, se convertem em verdadeiros estimulante* , e adquirem a propriedade acce>soria de favorecer as evacu- ações pelo curso. §. XXIII. Antisepttcos. Estas substancias antevém , ou corrigem a depravaçSo pútrida dos humores animaes. Entre ellas se contão o vi- nho , os ácidos vegetaes , e mineraes , a quina, eacam- phora. A faculdade , que estes remédios tem de resistir à putrefacção, não pó Je avaliar-se justamente pelas experi- ências feitas em corpos , não vivos senão pela efficacia, que alguns delles tem nas massas pútridas, que eucontrão nas primeiras vias , ou que manifestão, sendo applicadasa partes externas , v. g. nas ulceras pútridas. Mas relativamente á disposição septica geral dos hu- mores , só podem ser eíficazes ni qualidade de remédios irritantes, tônicos, e cardíacos, excitão, e fazem mais e- nergica a actividade das potências vitaes.quesó he capaz de preservar o corpo da corrupção. Em quanto aos cüsos , em que devem ter uso , recor- reremos ás que já se derão sobre os estimulantes, tôni- cos , e cardíacos Além dos remédios das differentes classes , de que fal- íamos , também ha outros, que se cbamão específicos, a que se attribue o poder de curar certas moléstias de butu modo , que se não pó le explicar. Entre estes remédios se distinguem os febrifugos , dos quaes o primeiro he a quina; igualmente os antiscorbuti- cos , entre os quaes se distinguem os ornei feros de Tour- nefort, ou as plantas da tetradinamia de Linneo ; os an« tiscrophulosos , a que se refere a ciouta; os antivenerios. ou antisyphiliticos , como mercúrio, e pieparações mer- curiaes ; os antiarthriticos , como lenho de guayaco ; os antipsoricos , como enx >(re. A palavra especifico he hum termo auxiliar da nossa ignorância, que só terá valor, en quanto ignorarmos o modo real, porque obrão os ditos remédios, e não co- naecermos outros , que produzão igual eifeito : ou em quan- to não tivermos idéas mais exactas , e coustantesda natu- reza das moléstias, a que são applicados. PHARMACOPE'A , ou exposição methodica dos remédios , suas virtudes , preparação , e espécies de moléstias , a que saõ applicaveis. --------O-------- PARTE I. CLASSE I. Dos Emeticos. §. I- Ipecacuanha , ou Cipó ESTA raiz excita vômitos ; algumas vezes augmenta a excreção das matérias fecaes ; suspeude a diarrhea cansa- da por debilidade de estômago , ou intestinos ; a diarrhea biliosa , sorosa , e a que procede da má qualidade dosa- líinentos; igualmente favorece a melhoria em quasi todas as dyseoterias. He de todos os Emeticos o mais seguro, e conveniente. Esta raiz pulverizada , como vomitorio, dá-se na do- se de dez áte trinta e cinco grãos , ministrada em bum vehiculo conveniente, ou xarope apropriado; como alteran- te na dose de hum, dois, e mais grãos. Esta ra z em substancia he muito melhor que a sua infusão. Quando se pulverizar , não deve ser mais qup a dose necc-saria , separando lhe com cuidado a parle lenho- sa , gua.daudo a raiz inteira em vaso bem rolhado. §. II. yincetoxico. Esta raiz fresca faz vomitar ; produz huma dor mais eu menos forte na região epigástrica , hum quebrautameutf 22 Princípios gernl acompanhado muitas vezes de acceleração no pul. so. A mesma depois de seco he muito menos activa , e rar.i.s vez^s êx-ita vomito. He reoom.inencíada para re- s dver }'s glândulas siuadas debaixo dos tegumentos , a* qiae-i estão iucoadas, e duras; porém não cancrosas ; para evacuar as «urinas ; » sorosidale , que fôrma a hy- drojifsia por suspensão de qualquer humor excretorio ; para re-tabelecer o flaxo mensírual >upp imido por frial- dade; para expul-ar a mucosidade dos broncbios pulmo- nares ; externamente applic.i se para limpar as ulceras , que tendem á podridão. Sobre esta raiz nío ha observações seguras ; quando fiesca he perigosa ; depois de secca exige muita precau- ção. Pulverisada , depois de bem secca , dá se na dose de qiatro trrãos até meia oitava misturada em água , ou xarope. Em cozimento com oito onças de água de meia oitava até meia onça. §. III. Evonimo, ou Barrete de Clérigo. Esfe fructo faz' vomitar, e purgar cota violência , e produz- mni>s vezes inflammação no estômago , e hites- finos: o cozimento em banho, segundo o que há escri- to, cura a sarna , e mata os piolhos. Seu uso ibterno lié perigoso; e no externo padece grande dúvida. Os fructos frescos na dose de quinze até tritíta grá- ós pizados, e cosidos em seis onças de água ãdoçada cora assucar. t IV. Almiscareira. As folhas desta arvote excitão vômitos, e purgáo com violência: pretendem que em pequenas doses matem as lombrigas ; restabeleçãO o fluxo menstrual ; dissipem as obstruicções do ventre; curem a hydropesia , e febres Ín- termittentes; no externo Iíhlpem as ulceras insens-iveis . e sauiosas ; debaixo de eXtracto dizem que purga» branda mente; e que a sua raiz substituída á raiz de lpecacna" hlia tem produzido optamos effeitos na dysenterea Não sao bem conhecidas ainda as moléstias , em < ue ella deva Parte I. 23 ser applicada. As folhas seccas , e pulverizadas , como vomitorio , e purgante de cinco grãos até meia oitava desfeita em cin- co onças de vehiculo mucilagiuoso. De infusão destas folhas seccas de vinte grãos atè huma oitava em cioco onças de água , ou leite. O sueco destas folhas verdes , e evaporadas a banho de maria até consistência de ex- tracto , na dose de dez grãos atè quarenta. §- v. A saro. As folhas desta herva fazem vomitar com menos vi- olência, que a raiz: pretendem que ellas facão augmen- tar o curso das ourinas; excitão o fluxo menstrual sus- pendido pela impressão de frio ; expedem os humores pituitosos , e purgão brandamente. A raiz he menos vio- lenta ; dissipa as febres intermitentes, rebeldes á quina. A actividade deste remédio , o calor , e dor , que causa na região epigastrica , a falta de observações, devem ser motivos sufficientes para recear seus máos effeitos. As folhas seccas , e pulverizadas , como vomitor o, de três atè dez grãos desfeitos em cinco ouças de vehi- culo mucilagiuoso. Folbas seccas de quatro até quinze grãos de infusão em cinco onças de vinho , de soro , ou de água mel. A raiz de três até doze grãos de infusão nos mesmos vehiculos. Folbas seccas, e pulverizadas como esternuta- torio de meio até hum grão. §. VI. Elleboro negro. A sua raiz causa esforços violentos para vomitar, grande anciedade, e pouco vomito , e purga com vehe- mencia. Os Antigos usarão delle muito na melancolia, imbe- cilidade , demência, m mia , obstrucção antiga das vísce- ras , a suspensão do fluxo menstrual, etc. A sua infusão limpa as ulceras antigas insensíveis, e cobertas de hum pus ichoroso ; pulverizada excita promptamente o espirro, com bastante perigo. Os Professores abandonarão inteira- 24 Pharmacopea mente o seu uso interno. t A r»i/. pulverizada de três até trinta gjãos desfeita em cinco onças de vehiculo fluido, e mucilaginoso. Em infusão de seis grãos até huma oitava em seis onças de leite. §. VII. Elleboro branco. A sua rau he veuen >sa , emetiea , drástica, esternu- tatoria. Usa-se ex*enamente na sarna, tinha, e piolhos. Algumas vezes se recommenda intemameote na dose de dous até seis grãos em seis onças de leite. De infusão na dose de quatro até vinte giaos em seis onças deleite. §. VIII. Oxyde de antimonio sulfurado vermelho- Para o uso interno dá-se em preparações , de que adiante fadaremos na segunda parte. CLASSE II. Dos Purgantes. §• I- Polypodio vulgar. A raíz fresci purga levemente ; porém secca raras vezes produz et feito A sua dos*1 he de huma oitava até huma onça, pul- verizada , e misturada com cinco onças de água. De co- zimento , ou infusão de meia ouça até duas em seis on- ças de água. §- II Ameixieira. Fruto , Flores , Folbas , e Casca. Folhas fresca" em grande dose purgão brandamente , mas he necessário que o doente para isso esteja disposto. Os Frutos tambsin pur- gão eu» grande d"se. As Flore» frescas de meia onça até duas onças era Parte T. 25 maceraçSo em banho de maria com seis ouças de água. Os Frutos seccos de meia onça até quatro onç^s em co- zimento com oito onça-* d* água. A Casca de duas oita- vas até huma onça em cozimento de oito onças de a^ua. §. MT. Tamarindos. A polpa antefebril , refrigerante, e laxante, purga brandamente, di-sipa a sede, e calor em todo o corpo, igual- mente os humores das primeiras vias dispostos á putrefac- ção; ha útil na diarrhea biliosa , dysenteria epidêmica, e na as"ies; he prejudicial a pessoas de poucos annos , e que abundão em ácido. Como purgante de meia até trez onças em solução de água. Como alterante de duas oitavas até buma onça, em dissolução de doze onças de água com suífiaiente quantidade de assucar. §. IV. Cana fistòta. A polpa he refrigerante, laxante, antefebril , diureti- ca. He útil na tosse catarral, no fluxo epidêmico , uas hemorrhoides , eólicas n^pbriticas , e affecções do peito. Como purgante de huma atè duas onças. § V. Manná. Usa-se delle como purgativo brando conveniente em todos os casos , em qne se recommende a evacuação das matérias fecaes , útil na eólica nepbritica . promove expe- ctoração mais abundante; atè irrita os bronchios, e por isso não deve usar se na tysica pulmonar essencial , na hemoptisis por disposição natural . e na que procede de plethora. Augmenta a febre aos tysicos ; faz-lhes a tosse mais freqüente, e a expectoração mais forte. Nas pessoas affectadas de hemopt'sis faz escarrar mais , e com maior fre- qüência. v §. VI. Rhuibarbo. A raiz he purgante , antacida , adstringente, tônica , estomatica , diuretica. Usa se na diarrhea , dysenteria , lien- 26 Pharmacopea teria , eólica , nas febres lentas em crianças , nas cruezM ácidas do estômago , nas aphtas , hypocondria , rachites « itiricia , odontalgia , etc. A raiz pulverizada de] meia oitava até duas oitavas. Na infusão de duas até três oitavas para as pessoas adul- tas , e para crianças, de seis grãos até hum escropulo. §. VII. Lirio Jlorentino. A raiz he] purgante lento?, e benigno , útil na asthma, tosse , catarral , etc. A sua dose; depois de pnlverisada be de meia até hu- ma oitava. De infusão na dose de huma oitava até meia onça. §. VIII. Sabugueiro. A casca fresca he purgante, hydragoga , subeinetica. As folhas verdes purgantes , e resolventes ; as folhas sec- cas são diaphoreticas , lactiferas , discucientes. A baga re- frigerante , e sudorifica. A semente he purgante. Usa-se a casca na bydropesia , uos tumores edernato- sos , nas hemorrhoides cegas. As flores, e baga nas erysipelas , febres, rheumatis- mo , artrites , etc. As flores seccas em fôrma de electuario de meia oi- lava até três oitavas. Em cozimento de huma onça , e meia para huma libra. Em infusão para o uso interno de duas oitavas até meia onça em seis onças de água adoçada com assucar. A casca verde de meia até huma onça em seis onças de liquido. O çumo das bagas de huma onça até duas onças. §. IX. hobelia. A infusão, ou cozimento aquoso da raiz em dose gran- de , excita vomito ; em dose media , purga ; e em peque- na dose promore o suor. A raiz fresca , ou secca de meia onça a'é duas on- ças, para cozimento em duas libras de água. Parte i. *7 §. X. Senne. As fulhas purgão , cauzão nauzeas , augmentão a sede, irritão os bronchios pulmunares. Os foi hei h os purgão, e ir- ritão menos. As folbas de huma oitava até meia onça maceradas a banho de maria em cinco onças de água- §. XI. Digital. A raiz fresca, e em dose grande faz vomitar; em pequena dose , e de infusão apenas faz purgar. As folhas são recommendadas na hydropesia , nos tumores scrofulosos, ha rachites , e na hymoptizes ; porém o seu uso requer grande precaução. A raiz secca , e em pó da-se de bu- ma oitava até duas, como purgante. As folhas seccas dão- se na dose de meio grão até seis. §. XII. Azebar. He purgante , estimulante , anteputrido , accende o san- gue , e excita freqüentemente eólicas, dores , etc. Em pe- quenas doses fortifica o estômago, e intestinos relaxados pela demaziada sorozidade , ou por humores tendentes ao ácido. Muitas vezes mata , e expede as lombrigas cucurbi- tinas ascarides, e outras, que se achão nos intestinos. Algumas vezes restabelece o fluxo menstrual supprimido pela acção de corpos frios. He perigoso em pessoas pie- toricas , biliosas , mulheres pejadas, hemoptisieos, e pesso- as delicadas , e que padecem moléstias de peito. Usa-se pulverizado na dose de quatro até vinte , e mais grãos , como purgante ; e como alterante na dose de hum atè ires grãos. § XIII. Jalapa. A sua raiz be purgante , bydragoga, e antelmintica. A raiz pulverizada na dose de quinze gráosaté meia oita- va. Em infusão de meia atè huma oitava em seis onças de liquido. 28 PHARlHACOpEA $. XIV. Espinha cervina. O sueco expremido das bagas adoçado com mel, ou assucar he purgante: he recommendado na hydropesia. A dose he de huma oitava até huma onça. |. XV. Scamonea. He purgante violento, e éfficaz. O seu uso requer grande cuidado. Não convém a pessoas de fibra irritavel, da poucos annos , biliosas , sangüíneas , ou sugeitas a mo- I-etias inflam mato rias. Pulverizada dâ-sé na dose de dois íie quinze grãos misturada com tartrito aòidulo de potassá.^ §. XVI. Jarro. A raiz verde purga com violerlcia , inflatrima o estô- mago , e intestinos: deve considerar se como venenosa. He estimulante, aperiente, incisiva, diuretica , e quando secca he nutriente. He útil lia agthma humoral,na cache- xia , febres iatermittehtes , é dores de cabeça. A dose* he , depois de secca , e pulverizada , de dez grãos até meia oitava. Em infusão de meia oitava atè nu- ma oitava, em seis onças de aguá. §. XVII. MamOna, Palmá-Christi , ou Càrrapatos. A semente h'é purjgante , alterante , diuretica , diapho- rétiea , antelmintica; he útil nos volvos, na coíica , fe- bre biliosa , gotíOrrbea , etè. A dose pára os adultos he de meia até huma onça; pára crianças de meia até duas oitavas incorporado com mucilagem de go uma arábia. k-, XVIII. Co loquintidas. A polpa âò frueto he purgaute , drástica , abortátivã, e atílelmintica. A dose he de seis grãos até vinte quatro, unida a igual quantidade de tartrito acidulo de potassa. ÍURTE t. 2$ §. XIX. Fava de Santo ígnacio. lie tônica , narcótica , subemetica , antelmintica , e me- nagoga. Usa se nas febres Íntermittentes rebeldes á qui- na. A sua dose he de seis grãos até. doze. Em dose maior he grande veneno. §. XX. Gomma Gutta. He purgante, by d ragoga , subemetica; útil na bydro- pesia, e contra as iombrigas. A dose he de hum grão até doze. CLASSE III. Dos Diureticos , Aperitivos , Incisivos , e Attenuantes. %.. I Grama. He aperiente, temperante , e modificante. Usa-se nas ost rucções. Em cozimento na dose de huma até duas onças, em huma libra de água. §. II. Espargo. He diuretico, modificativo. Usa.se em cozimentos na dose de huma onça ate duas para huma libra de liquido. §. III. Uva ursina. He diuretica , e tônica. A dose das folhas seccas he de meia oitava até duas oitavas. Em infusão , de duas oi- tavas atè meia onça , em seis ouças de água. §. III. Tarraxacõio. He aperiente, diuretico. Usa se na ictirieia , obstruc- ções, Lypocoodria. A dose do çumo das folhas he de huma onça até du*s. A n iz de huma até duas onças para cozimento de huma libia de água. so Pharmacopêa §. IV. Labaça. He adstringente , tônica , laxante. Usa-se na sarna , e moléstias cutâneas. A dose da raiz de huma onça até; onça e meia para huma libra de cozimento. §• v. Bardana. He diureíica , modificante , e diaphoretica. Usa-se na artitres, etc. A raiz secca de meia até huma onça pa- ra huma libra de cozimento. §. VI. Chicorea. He aperiente, tônica, e diuretica. Usa-se na obstruo- ção , ictiricia , e bypocoudria. O çumo das folhas de huma onça atè seis. A raiz na dose da bardana. %. VII. Salsa hortense. He diuretica , aperiente, résolvente O sueco das fo- lhas dà se na do *. XXI Cotehito. A sua raiz hè diuretica, drástica. Reeommetfdaise ria bydropezia; e tem , com pouca differençá ,'as mesmas vir- tudes , que a cebola albarrã. §. XXII. Nitrato de Polasstt. He diuretico refrigerante. A sua dose Üé de seis grflOU até huma oitava, e mais. §. XXIII. Cal. A sua água he recoitimeudavel , como diuretica, an- tediseoterica. Externamente os--» se psra as ulce as , e cha- gas samosas , e algumas vezes nas moléstias de pélre. -do CLASSE IV. Dos diaphotelicos, ou suãorificos. §, »• Salsa parrilha. He diaphoretica, saponacea , modificante. Usa-sè no rheumatismo, gallico , e artrites. A dose he de huma até- duas onças para huma libra de cozimento. Parte i. 38 *. II Sássafraz. He diaphòretioo , diuretico , purificante. Usa se nas affecçOes da pede , no rheumatismo , e. aftrites. A do- se he igual à da salsa pari ilha. §. III. GUaico. He sudorifieo , estimulante , diuretico , estomatico. Usa-se nas affecçOes de pelle , na odeotalgia , no rheu- matismo , e morno venereo. A dose be de meia até huma onça em cozimento A refina he wecommendada na gottaj e na artrites. A dose he de huma oitava atè duas, como purgante. Como diaphoretica na dose de seis grãos até hum escropulo. CLASSE V. Dós em&hagogOs. ^§. I. Açàfrão. He antepasmodMco , fesolvehte , emonagogo , diuretico. Usase na optalmia , na tosse , rios vômitos , etc. A dose em pô be de seis grãos até hum escropulo. Em infusão de meia oitava até huma em seis onças de liquido. § II. Arruda. As folhas são emenagogas . sudorrficas Usa se nas Cores pallidas , nas febres Íntermittentes , n*s Iombrigas, nas affecçOes esféricas. A dose das folhas em pó he de meia oitava até buma. Em inusão para seis onças de liquido de duas oitavas atè meia onça. §. III. Srtbina. He emenagoga , estimulante , augmeota as forças vi- taes. Usa se na sarna , «as Ulceras fungosas. A dose em pé he de meia oitava até buua. Eiyi tniosão de huma atè meia onça. 34 Pharmacopea §. IV. Assafetida. He emenagoga , antepasraodica , antelmintica , tônica, e resolvente. Usa-se nas affecções esféricas , e na iympa- nites. A dose he de seis grãos até huma oitava para o uso interno. Para clyster na dose de duas oitavas atè meia onça. §- v. Castorio. He antepasraodico, eménagogo , promove o fluxo menstrual , e augraenta as forças vitaes. Usa-se nas affec- ções esféricas. A dose em pó he de seis grãos até meia oitava. .------------#-------------. CLASSE VI. Dos expectoranles, ou bechicos. §• I- Tucilago. He expectorante. Usase na tosse, na asthma, na fysica pulmonar ; porém as observações não correspondem aos elogios, que se lhe tem feito. A dose he de buma híé três onças para buma libra de cozimento. §- II Figos. São expectorantes , e nutrientes. Usão-se na tosse , e para resolver tumores. A dose he de meia onça até duas para huma libra de cozimento. §. IIT. Tamaras. Virtude , e dose iguaes ás dos figos. §.IV. Alcaçux. He expectorante. Applicase para abrandar a sede, Parte I. 35 e a tosse. O seu extracto tem as mesmas virtudes. A dose da raiz he de meia até huma onça para in de hum escropulo até huma oitava. Para infusão a dose he i\p huma «itava até meia onça, associada cora lartrito acidulo ue poius*a,ou nitrato de potassa. ----.-^—#_^.^,— CLASSE IX. Dos Sulivatorios , Sialogogos , Mastícatorios + Apophlegmatisantes. §. I. Zedoaria. Fe saliva toor ser «vais analqg* a nossa oonstitoàção ,e mais fácil dedi-.enr. Elle restaura proa<- •e , no rheumatismo , na hemoptises, no fluxo heimnb<>i. dal , na tysica pulmonar , na atrophia , no onanismo, na dysenteria, na diarrhea, bas iuflammaçõ^s, nos vomi;<»; porém a sua applicação era algumas destas moléstias re- quer bastante attençao. §. II. Manteiga. fie alimento indigesto em dose grande. |. III. Queijo fresco. Nutritivo , e menos indigesto ao ve- nenosas. A dose he de hum grau atè quarenta gradual- mente. Farte I. & él §. VI. Meimendro. He narcótico, e venenoso em maior dose. A dose he igual à belladoua. Virtude igual a herva moira. §. vir. ' Mandragora. He emetica , purgante , narcótica ,. soporifera . Usa-se nos tumores escrophulosos. A dose he igual á do lauroce- rasus. §. viu. Cicuta, He venenosa: tem merecido grandes elogios de sábios Professores nos cancros, nos tumores scbirrosos escro- phulosos, nas obstrucções ; porém segundo as observações mais modernas não he tão grande o seu merecimento. A dose he de hum grão até meia oitava gradualmente. §. IX. Nox vomita. He venenosa; he recommendada nas febres Íntermit- tentes, nas quartas rebeldes á quina, e a outros febriíu- gos: tem sido muito profícua na eólica ventosa. A do>e em pó he de hum grão até seis , para infusão de seis on- ças de liquido de doze até hum escropulo. -------#-------- CLASSE XVlll. Dos fortificantes , amargos , detersiuos, antisepti* •os , antelminticos . splenicos , hepaticos , aromaticos , resolutivos , estimulantes , tônicos , c* rrvbornntes . ce» phalicos , aphrodisiacos , antepasmodtcos , amesteric.os, mlixiterios , cardíacos % carminativos , exantemathuos. §. I. Agrimonia. He tônica, voloeraria, adstringente. Usa se em garga- sejo , para affecções de garganta» algumas veie* na he- ÔÊ PH.ARMA.0OPEA. moptises , e obstrucções te,m seu prestimo. A dose para buma libra de cozimento d« huma onça até onça e meia. Q çumo. espremido das folhas d<* duas ouças até fcinco. §. II- euffé. Favorece a digestão; eugwen.te o curso das ourinas; diminüe o lomms e os effeitos da briaguea ; he prajudi- oial aos temperamentos sajoguioe.oa, e biliosos. Usa-te na eephalgia . nas pessoas de temperamento pituitoso , e sede»». tarias. A dose da semeUte torrada, e em pó he de meia onça atè huma para oitoj «fc&ças de liquido. §. III. Casca de Salgueiva. Algumas vezes tem merecido: appr.oiv*ça\o. nas. febras íntermittentes, na diarrhea , na hemoptises, etc. A dose b» de meia onça até duas onças para oito onças de liquido. i IV. Cascai-rilÂa. He tônica, estomatiça, Uiase nas febies Íntermitten- tes, na diarrhea , e n,a laxidão de intestinos procedida da dysenteria. A dose em pó he de huma oitava até meia onça. Para infusão de sejsj onças de água de duas oita- vas até huma onça. §- V. Qwna. He antefebril , tônica r ad^tringentie , corroborante , es- tomatica , anteceptica. Usa se nas febres Íntermittentes na odontalgia perjçdvoa.' na gangrena, nas ç^crophojtfs», nas lombiigas» hemorragia interina , hemoptises, ty^ca , emph ema , bexigas de ipáo caracter » ap-tUas criticas , atonia » debilidade pelos auuos , auwcexj.a < tysse. convulsiva. A^ do/se. en p,6 be de meia oitava até huma, onça. Pa,ça in- fusão a trio de huma libra he huma ouça ate onça e meia. §. VI. Saponaria. ©etfígente. Ujçase no ^UeumaiUmo s na artrites,, na Paíiti I. 53 ftiricta , e afecções da pede. A dbse das folhas seccas hé dj duas onças até quatro para huma libra de cozimento. A raiz secca de meia ouça até onça e meia pata huma libra de cozimento. §. VII. Fumaria. He corroborante, tônica, aotescorbutica. Usü-se na cachexia, hypocondria , e affecções cutauaas. A dose das folhas be de huma até duas onças para huma libra de li- quido. O çumo espiesso de huOJa até quatro oitavas. §r. VIU. -t\ Scordio. ne tonioo , anteputrido , diaphoreticd, ántedysenteri- èo. Usa-se na gangrena, algumas vezes nas febres Ínter- mittentes , e na rachites. A dose das folbas como da fumaria. §. IX. Valeriana. He antepasmodica , diaphoretica , emenagoga, e a»- telmintica. Usa-se na epilepsia, convulsões, e atonia. A dode em pó he de meia oitava até duas. $. X. Chamedrios. He tônica , éstomatica, emenagoga, e diuretica; Usâ* ite nas febres Íntermittentes , cachexia , e artrites. ,As fo- lhas secoas de meia até huma onça para huma libra de cozimento. §. XI: Macetlà. He resolvente, anteceptica, estoroaticá. Usa-se nas affecções estericas , febras Íntermittentes, vomito, e na iri- digestão. A dose das flores seccas de quinze &rãos afé duas oitavas. Para infusão de seis onças de liquido , de meia oitava até meia onça. - §; xu. LoSna. He tônica , éstomatica , resolvente , anfeputrida, arita- •lda. Usa-se nas Iombrigas , caohexia , colioa , é febres M Pharmaocpea. intermitentes. A dose das folhas seccas para infusão d» hnma libra he de duas oitavas até huma onça. Em subs* tancia de meia oitava até duas. §. XIII. Centauria menor , ou Fel da terra. He igual à losna em virtudes , e dose. §. XIV. Athanasia. H? éstomatica , tônica, resolvente , emenagoga. Ü3a sí nas Iombrigas , e febres íntermittentes. A dose das flores he meia onça até duns para oito onças de liquido. As fo- lhas seccas de duas oitavas atè seis para seis onças de li- quido. A dose da semente em pó he de ciuco grãos até buma oitava. §. XV. Genciana He igual á centauria menor. A dose em pó he de meia oitava até meia onça. Em cozimento para meia li- bra de liquido he de buma oitava até seis. §- XVI. Serpentaria virginiana. He estimulante , e diaphoretica, alexiteria , anteputrt- da. Usa se nas febres lentas , nervosas , Íntermittentes. A dose e n pó be de seis grãos até buma oitava. Para infu- são de seis onças de liquido de meia oitava até meia onça. §. XVII. Aristolochia. redonda. He diuretica , tônica , vulneraria , emenagoga. A dote he de duas oitavas até meia onça para seis onças de li- quido. Em pó de meia oitava até seis. §. XVIII. Trifolio fibrino. He tônico, antescoibuticu, diuretico. Usa-se nas o- bstrucções , lebres íntermittentes, cachexia , hydropesia .• affecções cutâneas A dos* ha igual à genciana ,* Parte I. 55 §. XIX. Cha. As folhas angmentão á? velooiJade d'> pulso , acce- lerão a digestão, diminuem a expectoração , e excitão al- gumas vez^jj o curso da oiriua , he prejudicial ás pes- soas magras , e sangüíneas , que são sujeitas a convulsõ- es , hi-terismo , e hypocondiia; e conveniente ás pessoas de vida sedentária. A dose he doze grãos até huma oi- tava. Para iufu«3o de seis onças de liquido de meia oi- tava a'.é duas oitavas. §. XX. Fltr de Ti tia. Tem sido recommendada p< r alguns nas affecções es- terica-i. A do«.e para in usâo de seis onças de liquido he de duas oitava, a.é meia onça. §. XXI. Salva. He resolvente, conobnrante , éstomatica. Usa se na laxidão das vísceras, na debilidade «eguinte á moléstia , e na leuc >rrhea. A dose he de duas oitavas ate meia on- ça para infusão de seis ouças de água. §. XXII. Rosmaninho. He corroborante , nervino , resolvente , emenagogo. Usa-se para reanimar as forças vitaes, e musculares; e também na parlezia. A dose das flores he de huma oi- tava até meia <>nça parainiusão em seis onças de liquido. A dose das folhas he de duas oitavas até buma onça pa- ra oito onças de infusão. §. XXIII. Alb 'for. A raiz he estimulante, restaura ;is forças vitaes, e musculares, fortifica oe--tomagi , excita o appetile , heu- til na asthma, uas chagas, na laxaçãu das gengives- U- sa-se uas ulceras da bocea, e parlezia da língua. A do se da raiz em pó he de quinze grãos até meia oitava. Para infusão de seis onças de liquido he de huma oitava até três. 56 PHARMACOfEA. §. XXIV. Contraherva A raiz be aWiteria , snd >ritioa. Usa-se uas febre* lentas nervosas , nas Íntermittentes, e oi atonia. A dosa igual à albafor. 6 Ç.XXv. (-ardiica. He tônica, e nennsrosa , diuretici. Usa-se nas doen • ças procedidas de debilidade, nas obstrucçOas , e lombri. gas. He damn»sa á maior pafte das pessoas, qU3 pade- ce n convulçõis. A dose das folhas he de duas oitavas até huma onça para oiu onças de liquido. §. XXVI. Herva cidreira. He resolvente , ai rum tant > c »rroborante , diuretica, e emenigoça. U-a-s3 algu nas vezís nas affecçõbs e^teri- cvs , e hypocondriacas. As folha* d» duas oitavas até buma oo;a para seis onças de li juido. § XXVII. Mangeric -.o bravo. He tônico , corrob naite , resolveu te , excitante. Usa- se nos vômitos , m atonia , etc. A dose das folhai co- rno da herva cidreira. §. XXVlll. Tomilho. He resolvente , tônica , emeuagogo , diuretico , e es- t^maúco A dose he igual á herva cidreira. §. XXIX. Segurelha. lia igual ao tomilho c si virtude , e dose. §. XXX. Alfazema. i-n ne-vina tônica, res:)lve»'e, eT}pna?-o:ra. U-a ss nas 'i.ul^stias soooros«s , na rachi;es,no rtieu natis no , na cachexia, ua bydrope-ia , na parlezia, etc. A dose das fl.re, cmi seis calyces he de meia oiUva até meia ouça pa.a aeia on^as áa li pJidj. y Parte T. 57 §. XXXI. Oregaos. São excitantes, tônicos , estomaticDS , resnlvpntes , e emenagogos. São nocivos aos ty$ico<, hydropicos com obstrucção de fígado , na ictericia , e paixões estericas. A dose he de meia oitava atè seis para seis onças de liquido. § XXXII. Cr tela vulgar. He resolvente, diuretica, eo.tnagoaa , éstomatica U- sa se nos vomites, nas affecçOes este icas , na eólica, e no leite coalhado nos peitos , e nas Iombrigas. A dose das folhas he de duas oitavas até meia ouça para íseis onças de liquido. § XXXIII Ortelã brava. A virtude , e dose be igual à vulgar. §. XXXIV. Ortelã pimenta He resolvente, calefaciente , emenagoga, e rstomati- ea. Usa-*e nas affeeçõ•»-* estericas, vômitos , e fl.itos. A dose he igual á da ortelã vulgar. § XXXV. Mar um. He tonicü , nervina , ie>olvente , crenag^a , diureti- ca , e errhina. Usa >e na cachexia, debilidade dos ner- vos , nas affecções istericas , na bydrope«ia sem obstruc- ções. He nocivo a'!s que padecem es-cotbuto . e a s que tem disposição inflammatoria. A dose d »s folhas eu pó he de de/, grãos até buma oitava. Para infusão de seis onças de liquido de meia oitava até ties. §. XXXVI. Anjelica. A raiz he alixiterh , éstomatica . sudorifera, e carmi- nativa. A dose he igual a da valeriaua. 58 PnARMACOPEA §. XXX Vil. Herva doce. He carminativa, peitoral, e tônica. Usa se nas affec ções estericas, na tosse catharral antiga, e favorece a digestão. A dose da semente em pó he de seis grão* ate huma oitava. Para infusão de seis ouças de liquida de meia oitava até três. §. XXXVIII. Funcho. As folhas , e raiz são diureticas , a semente carmi- nativa , peitoral , e lactiíera. A dose das folhas de duas oitavas até meia onça. A da. raiz he de huma onça até duas para huma libra de cozimento., A da semente be igual à da herva doce. §. XXXIX. Endro. He carminativo , lactiíéro. Usa se na eólica, e vô- mitos. A dose igual á herva doce. §. XL. Cominhos. São dicucientes , carmioativos. Usâo se no externo nos tumores frios como resolvente. A dose igual à da berva doce. §. XLl. Carvi. A semente he touica , éstomatica , discuciente , car- minativa, e lactiíera, A dose he igual à da herva doce. § XLII. Co entro. A semente he carminativa . lactifera , e eorroborante. Usa-se na eólica , e nos vômitos. A dose he igual à her- va doce. §. XLIII. Aniz , ou herra doce eslre-lada. Me carruiuativa , foríiücanie , diuie ica , e peitoral. Usa-se ua tosse ,e na colioa. A dose igual à heçva doce» Parte I. 5$ S. XLTV. Tacamaca gomma , Elemi gomma , Caranht gomma, Aúmeeega gomma , Bdetio , Opoponaco , Sagoprno. Todas estas gommas são estimulantes, tonic:s , an- tepasmodicas , vulnerarias, e lesolventes. A dose paia o uso interno he de seis grãos até meia oitava. §. XLV. Junipero. L^nho , e çumidade* , são diuretico , sodorifico , mo- dificante. As bagas são diureticas , nutrientes , e diaphore- ticas. Usa-se das bagas na- bydropesia , debilidade do es;o- mago , e eólicas ventosas: A dose dos biíjas he de meia oitava atè meia onça para seis onças de liquido. §. XLVI. Loireiro. As folhas , e bagas são estomatieas , resolventes , pro- movem a menstruação. As bagas , promovem a ourina , e fuor mais que as folhas. A do*e das folhas he de duas oitavas até meia onça para infusão de seis onças de li- quido. §. XLVII. Peixorim. He estomatico. Usa-se na eólica , na diarrhea , e la- xidão de intestinos . A dose he de spís grãos até huma oitava unido a três , ou quatro ouças de veniculo accom- mudado. §. XLVITI. Canelfa. He cordial, excitante , estimulante, e éstomatica. U-a. s-o n-i debili l-i te , n s vômitos , etc. A dose he de seis grãos aé meia oi:ava. Em infusão para seis onças de liquido de doze grãos ate duas oitavas. §. XL1X. Camphora. He caleracipnte , resolvente, nervina. sudorifera , an- íeoeptiea, antepasmodica. Usa-se nas inflamrnações , na optai mia , no iheumatis.no , nas retenções de ouiina , na 60 Pharmacopba eólica e-pasmodica . nas febres infermitten'es , na9 contu- sões. He nociva a pe->oas de temperamento bilioso , e san- güíneo. A dose de ireio grão atè dez grãos unida com i- gual porção de assucar. 5. L. Pimenta preta. He estimulante, tônica, calefaciente Ue sobre as paites paraliticas. A dose em substancia he de ei íc > grãos atè meia oitava. Km infusio de hum es- cropolo ate du ts oitavas para sei* onças de liquido. O óleo essencial m dose de huma gotta até seis. Parte 1. 81 § LIV. Angustura. A casca he tônica, adstringeute , antoseptica , e és- tomatica Usa se na debilidade, e nas feoies. A do-e he de seis grãos até liu n escropulo em pó. Para cozimento de duas oitavas até huma onça para huma libra de li. quido. §. LV. ('a tumba. He antefebril, tônica, antaeida, corroborante , ante. septica , antemetica. U-a se na dia-rhea, lebres büi .-a- y debilidade do estômago, lysica pulmonar, e na ooli"rt bi- losa. A do-e he de quinze grãos em pó como antc.ri-i », como antefebril de meia oitava atè duas. Para infusão de duas oitavas ate n.eia onçi para oito ouças de lqiudo. §. LVI. Quassia amarga. He tônica, éstomatica , antelmintica , fnteputiida. Usa- j?e na atonia , auorexia, artrite* , fypoccndra , f« bres Ín- termittentes. A dose he de huma oitava a.e meia cnça para seis onças de liquido. §. LVTI. Lubdano He tônico , estimulante. A dose he de seis grãos até meia oitava em substancia. §. LVIII. Cinoira brava. A semente be estimulante , touica , diuretica. A dose he de hum eàcropulo até duas oitavas para seis onças de liquido. §. LIX. t aunilha. A vage he caleracieute , e'f»enngo£a , apbrolsiaci , tônica, e diuretica. A do*e em pó he de te- trãos a é meia oitava. Para infusão de doze giãos até meia oúava para seis onças de liquido. $2 PHARMACOPEA. *. LX. Nisi, ou ding gin-j. He tônica , éstomatica , aulefebril. Usa-se na debilidade, na diarrhea. A do*e e n pó tie de hu n escropulo ate do- is. Para infusão de seis olk.vs de liquido de meia oitavu até duas. § LXI. Alga lia He t nica , antepa^modica. Usa se na debilidade , na rachites, e convulsões. A dos.- he de hum grão até quin- ze com igual quantidade de assucar. §. LXII. A Itn is car. He rifil m lououri procedia de -paixão, na epilep- sin pr*i'-e!iJi df moio. in atonia , e en a eat: lppsh so- rosa , e eo moitas doenças convulsivas acomp »nha ia.« de debilidade; mas se n dis:,»içf> s infl i nm itoriai. As c i- ancas ex e inentão b<»n- efieilos en muita-- e^peeie* de molrf^tiis cm (lUivis acomamhadas de ácidos nas primei- ras vias. A dsa he ijiual à da algil:a. § LXIII. Âmbar griz He, segundo dizem . útil nas moléstias convulsivas, na debiliiade, o ms oare ias ácidas en primeiras vias. A dose i.e igiul à da algalia. §. LXIV. Alantbre. Fie tônico na dose de-meia oitava até huma. Seu o- leo leoíiíicado he estimulante , nervino , e emeuagogo na dose de cinco até vinte gottas. Seu sal como diuretico , e nervino na dose de meio escropulo até hum. §. LXV. Calho , ou terra japonica. Fortifica o estômago, e intestinos, corrige muitas ve- zes os humores ; c di,.s das prm.eiras vias , suspende a diarrhea pela debilidade das vísceras ; e primeiras vias , e Parte I. oà a diarrhea pelos humores ácidos; usa-se também na leuchorrea, no fluxo hemorroidal , nas hemorragias uteri- nas, e algumas vezes na hemopti/es por huma tosse vi- oleta , ou por alguma força A dose em pó be de quin- ze grãos atè duas oitavas. Para cozimeuto de meia oita- va até três para oito onças de liquido. §. LXVI. Vinho. Merece . sem contradição , a preferencia a todos os remédios excitantes , desperta agradavtlmeute as funções vitaes , e musculares, apaga muitas vezes a sede , nutie, ajuda as forças jà perdidas pelos annos , conforta os con- vnle.-centes , augmenta o curso das ourinas , favorece a digestão , corrige parte das mAs impressões do ar humi- do, ou impregii) do de partículas heerogeneas; em gran- de dose produz piimeiro a alegria , contentamento , e dis- põe ao acto venpreo ; a este periodo segue se a sede , vertigem, debilitação de torças, vômitos, somou , e mui- tas vezes furor , apoplexia , e morte. He nocivo na maior parte de moléstias febris , e inflammatorias , e dolorosas , supurosas por pleuthora. A dose do vinho generoso he de duas onças até seis. § LXVII. Espirito de vinho. Possue as virtudes do vinho ; porém em gráo superi- •r , e tem preferencia a todas as substancias fermentadas. O alkool executa buma acção prompta , e súbita nos ca- sos da lipotbymia , e debilidade acompanhada de indiges- tões , e flatulencias. Para o uso interno, e externo deve misturar se com água, esta mistura tem produzido opli- mos effeitos na gotta , e moléstias análogas á dyspepsia. No externo he útil para fortificar os vasos dos corpos vi- ventes,e preservar de putretacção os corpos mortos. A dose he de buma oitava até meia onça , e mais , unida eom duas ou três partes de água. • M \ c 65 PARTE II. ------#------ CLASSE I. Dos Ácidos. Ácido nitroso , e nitrico. R. De nitrato de potassa bem puro em pó libras três. Ácido sudurico concentrado libra huma. Metia se tudo em huma retorta tubulada ; adapte-se â retorta, depois de ba^er posto enbinftode arèa,hum balllo de dois bicos, a que se ba de juntar o aparelho de Wilfe, tendo cuidado en metter a^ua na segunda , e terc )ira garrafa d> aparelho: lutem-se tolas as juucturns co n luto graxti ; vai >e augmentando o fogo gradualmen- te á retorta, o aeiio nitroso pa^suá em vapores verme- lhos , os qunes S3 condensarão no ballão em fôrma de lie ir a narello avermelhado escuro. O resto dissolve-se U.a água das garrafas. Igualmente poderemos obtellos distillando em huma ret»-rla de barro , três partes de argilla bem secca , e pul- verizada com buma de nitrato de potassa. O ácido nitrico teve este nome era razão de ser ex- traindo de hum sal chamado nitro. O radical deste ácido be o azote , oxydado pelo oxygenio. O ácido nitiico puro he hum liquido branco , trans- parente como água, que espalha vapores brancos, quan- do tem contacto com o ar, que queima as matérias ve» getaes , e animaes, e lhes dà huma côr amarella. O ácido nitrico coucentrado exposto aos raios do sol em hum frasco, que tenha hum tubo metíido em hum ballão cheio de água , enche-se de quantidade de peque- nas bolhas , que passão pelo tubo, e se juutão no reci- piente. A' proporção que este phenomenõ suecede . o ácido vai tomando primeiro a cór amarella escura, e depois 66 Pharmacopea vermelha escura; nestas circunis que o gaz nitroso he o ácido nitrico me- nos huma porção de oxygeuio, pois que elle se converte en ácido verdadeiramente similhante ao que dantes era , restituindo lhe o oxygenio, que se lhe havia tirado. O gaz nitroso inflamma o pyrophoro, perde huma parte do «en volume, e o resultado desta combustão be gaz azote , gaz ácido carbônico, e ácido sulfuroso. O gaz oxigênio pbosphorado também be decomposto pelo gaz nitroso; acha se depois da operação gaz azote, e pbosphoro em estado concreto. Logo o principio, que serve à combustão, ainda exis- te no gaz nitroso, pois que favorece a inflammação de certos corpos combustíveis, que tem grande afinidade com o oxygpnio. O ácido nitroso he hum liquido côr de laranja de cheiro forte , e desagradável, que expede vapores averme- lhados: di-tillado a calor brauto dá huma porção de gaz nitroso, e perde a »na côr; poré n nmea se Iüepóieex- trahi, todo quanto encerra; porque de mistura com elle se fcleva huma porção de ácida nitrico, o qUe prova Parte II. &7 que cfttré o ácido nitrico, e o gaz nitroso ba huma gran- de afiuid ide. Por este methodo tãa simples he q-ie seda a cór branca ao ácido nitrico , que se obteve pela de- composição do nitrato de potassa , e que fica c-^paz pârà as experiências, e.n que elle se faz necessário na maior pureza. Quando áo ácido uitroso se junta agna , fôrma hnma repentina efíérvescencia; desenvolve-se gaz nitios», e o ácido, se se lhe deitar secunda ve/. , faz se azul ; e se lhe for deitada terceira ficará branco. Converte se por este meio o ácido nitroso em ácido nitrico, de hum lado, pela separação de huma parte do gaz nitroso , por meio do calorico, qje da água se desen^ volve no tempo da sua combinação com o ácido nitrico; do outr > lado , introduzindo na oxyde nitrosa buma por- ção do oxygenio diluído ua água , o que o constitue a- cido nitrico. Do que temos dito se segue que o azote pôde tomar .differentes modificações, secundo for mais ou meuos car- regado de oxygenio." Em quanto elle não ei ntenha mais de £8, sobre 32. fica em estado de gaz; ainda não he ácido, he o gaz ou oxyde nitrosa; poiém quando contenha 74* ou 75. sobie 25, produz hum ácido liquido vermelho , vo- látil , e cheiroso , he o ácido nitroso; em fin combinado com o oxytrenio na proporção de 90 è. sobre 19 5. então iie ácido nitrico branco, Daqui se ve n no conhecimento da razão , porque 0 ácido nitrico queima, e inflamma , e desorganisa quauti- dade de substancias, taes como carvão , phospboro , oleog , e substancias metallicas , e matérias animaes. Se nos lem- brarmos da facilidade , com que elle perde o seu oxyge- nio , pelo simples contado da luz , ou do calorico , he porque «s seus princípios tem pouca affinidade entre si. He igual uente fácil de conhecer a formação natural do ácido nitrico em todos os lugares , e;n que existe o oxy- genio , e azote em esia io solido , e sobre tudo liquido J assim he por exe»iplo,que s» fôrma o nitrato de potassa, isto he , s.ilitre, qu >ud > matérias animaes, e vegetaes se suJMtão á putrefacção , e ficáo eu contacto com substan- eiâs alkaliuas. A presença da matéria alkaliua r ou calcaria 68 Pharmacopea he huma conlição absolutam^ute n-"í2s«aria para a for- mação do ácido ntrico; porque sen ellt só se desenvol- ve carbonato de anmoniaco; ella dà ás matérias aui naes huma força , qu? de»emina a eo.nbin-içlo do azote com o oxyaenio , e.n quanto ssm ella as forças do hydrogenio para o azote, a do oxygenio para oca:boneo, e do ácido carbônico para o amnoni ico vencem as pri nairas. No pri- meiro casa desenvolve se gaz hvdrogenio . no segundo >a- be ácido carbonizo; porque ha mais caiboneode que era preciso para formar o ácido carbônico, necessário à satu- ração do auimomac» O ácido nitrio.) fôrma differentes saes, conhecidos pe- lo nome de nitratos ; e o aci Io nitros estes acid»* estv» sempr» com- biu-.dos c » ir aci !o sul) >r c?o , e n-iici-.i, que proveu dos muriatos confoniidos com o nitrato d/e potassa , de que se extrafíe o ácido nitrico Senira s1» Ine o acilo sulfurico deitando-Ihe algumas p-ot^as do oitrato dí biryu, q-i-i o-o l iz hin precipitado io acilo ndrico , une-se c.rn a pnta,e se pre- cipita. Concluída a pre -ipitaç io , distillase em huma re- torta até que hajão passado se?e oitavos do ácido; e en- tão ficaremos seguros de que o temos perfeitamente puro. O acilo nitiio para o rno interno dsve ser perfeita- mente rectificado mostrando 30 grãos no aerometro de Beaumé. Este ácido ha sido recommendado nas enfermidades v>ne«-e-is , dilu-Ho e--n água até a dose de três oitavas para ha na ornada , principiando por bu na dose muito pequena. Os e í-i-os, que elle produz sendo diluído em acua, são reaui.nar pr >ge ---si vãmente as forças vitaes , augmeutar o ap.ieute, avivar sen i el-írente as cores do rosto, e acce- lerar o curso das ourinis, e mudar o estalo do systema. § II Ácido muriatico. R. Mnriato de soda decrepitado éibras tfi à Ácido suifurico concentrado íihra kJ£* Parte II. 6*9 Mettido o rrurietn rm huna referia tnbul*da , e posto eni banho de sréa , deite-se-IIie cm cini- < icd( sulí.u co , adapte-*e á retorta Irm ballão de deis bic< s , r 1 um apparelho de Wculfe , e distillese ccn.o o ácido nitrico, e nitroso. §. III. Ácido mvriatico cxygenado. Para preparar o ácido n uriatko cxygenado devem metter.-e em bum nvatraz de sufficiente girtndeza seis on- ças de ox\de de rragrezia em pó, huna libra de mu ria- to de seda igualmente era pó : sobre esta mistura se deita- rão doze cnças de ácido tulluricc diluido en» doze orcas de agia ; «junte-se ao rr atri ■?. hum tubo de vidro , que entrar < m buma ganafa de Wu 1 e , c,ue ci-teja v?zia;a- ju*ta *e hum segundo tubo à nasrra garrafa, huna ponta do qual deve ser assas compiida para meigulharem hum vaso de bano , em que hajão cem estudas de a^ua , e esteja metade cheio para carao gaz t< do o ligar de sa- turar a água : disposto a.-sim o apparelho, põe se hum tu- bo de segurança na garrala intermedia; lutão se bem as juoturas , e aquente-se o mafraz a banho de aiêa, tendo a precaução de principiar com pouco lune, o qual se vai augmeutando pouco e pouco atè fervera misISo : quan- do a garrafa intermedia estiver quente , a operação está completa: deixão-se esfriar os vasos para os deslutar , e deita-se ngua tervendo no matraz pana dissolver o resto,, e extrabillo com n aior facilidade. O ácido nuiiatico, chi nado antigf.-rrente espirito de h-al »-cido irarinlio , uri raygo de que s-e txtral e do saj marinho, ou rruriato de s< da, he bum licor bianco, de <«aboi acre, oleiro particular ,-q-ue alguns comparão ao do açafrao , e outios ao das n aças lenfcelas. O ácido n uriatico. livie de todo, e qualquer corpo be- Lerr-geneo, I.e seqipre em forma de gaz. Este gaz não lem cór ; he mais tezado qne o ar .ordinário; e tocado pe- lo ar Innça fumo brfcnoo , e deixa escapar huma porção o*e calorico, que se í»z sensivc-1 aos sentidos. O radical do ácido n uiiatico ainda nfio be conheci- do: as experiências, pelas quaes julgarão alguns haver lhe descoberto a catuieza, toiao mal feitas, e as conclusões 70 Pharmacôwa mal tiradas; alem de que a diferença , qne ha entre ellas, prova bem contra sua realidade. Porè.-n como a maior parte dos acHo* , que forão analizado* , ministrarão hum radical combustível simples , ou compos'o , uuid» ao oxy- genio ; daqui tirarão por analogia . que estn i-.ruai■»>ente se compunha de huma substancia combustível p >sta e o esta- do de ácido pelo oxygenio. M »s isto he unicamente hu- ma hypothese fundada na analogia , que muitas vezes falha especialmente na Cbymica. Se ignoramos a existência do oxy?eoio no ácido mu- riatico , sabemos ao menos que elle pôde combinar se com este principio. O ácido mnrialico diluído em água he recommenda- do co no refrigerante, te.nperante , aperiente , diuretico , e anteseptico. Usa se nas f«jbres maliun »s , intermitteutes, biliosa, dysuria, e ischuria, ui dose de oito ^"ttas até vinte. Externamente he recammendad > em pediIir.i »s pa- ra a gotta Unido com mel ro*a Io he útil nasinflimma- ções de garganta , nas apiitas , e até dj mesmo sphacelo. §. IV. Ácido acetosoy ou vinagre. Prepara se fazendo fermentar o vinho; por cons«»suin le he o producto do segundo gráo da decomposição dôs vegetae*: o vinagre preparado por este modo não fica pu. ro , pois está unido com água, e partículas heterogêneas, as quaes se lhe separão por meio da distillação a hum ca- lor brando; porém o melhor meio deu conservar sem lhe alterar a natureza he expodo ao gelo . pnr este modo per- de se a parte aquosa , e o ácido fiei livre. O ácido aoe- toso combina »e com as 'terras , com os alkalis, e oxydes metallicas ; porém a maior parte dos «aes , que daqui re- eultso, nã" são crystallizaveis. Com a potassa fonuahun sal deliquescente: usa-se muito na Medicina conbecid >an- figamente pelo nume de terra foluda de fartaro , e aso- r.» acefito de potassa. Co o a soda, acetito de soda. nou- tro lempo chamada terra foliada mineral , e com o ammo- niaco , chama-se acetito de a nmoni .o > conhecido pelo no- me de liuor volátil, ou espirito de menlerer*. O vín »<>re dissolve a oxyde de chumbo, com que fôrma o acetite Parte II. 71 de chumbo , por outro nome assucar de satorno ; igualmen- te a oxyde de mercúrio , de que procede o acetito de mer- cúrio , chamado antigamente terra foliada mercurial. Uni- do ao cobre forma o acetito de cobre , chamado verdete, ou crystaes de veuus. Na pharmacia satura-se o vinagre com a oxyde vitféa de chumbo , vulirarmente chamado lithargirío , ou fezes de oiro; fazendo o ferver sobre esta oxyde, filtra se, e daqui resulta o extracto de saturno , que agora se chama aceti- to de chumbo em dissolução. Huma colher deste licor , deitada em hum quartilho de água, perturba-a, e a faz branca precipitando o chumbo , ao que se chama água ve- geto-mineral de Goulard. Todos os acetitos se decompõ- em pelos ácidos mineraes , que lhe extrahem o vinagre. O ácido acetoso he refrigerante , anteseptico , vulne- rario, anteseorbuticó. Internamente usa-se nas affecções pútridas inflammatorias , febres malignas , lypothymia , syn- cope, na gangrena inflammatoria , no carbúnculo , na ery- sipela biliosa , e pútrida. A dose he de huma onça cora água tomado de hora en hora , ou de duas a duas. No externo usa se para suspender as hemorragias. Os vapores do ácido acetoso , e água fervendo sid muito reconmendados para excitara expectoração na pe- ripueuraonia , e angina. § V. Ácido acetico , ou vinagre radical. R. De ácido sudutico concentrado huma lib. De acetito da cobre , ou potassa três libras. Distida-se em buma retorta de vidro , e se obtém oo recipiente hun vinag>e muito concentrado de hum cheiro forte , e picante que se chama ácido acetico ; porque se suppõí que he mais oxygenado que o ácido acetoso; po- rém uão ha experiência alguma rigorosi, que possa con- firmar esta maior porção de oxygenio no ácido acetico : antigamente chamava-se vinagre radical. Prepara-se o sal de vinagre de Inglaterra, deitando algumas gottas de ácido acetico em hum frasco cheio de crystaes de sulfato de pota^sa. O ácido acetoso he re- eotnmendado como autesepuco na dose de hum escropulo até huma oitava. 72 Pharmaçpp^a §. vi. A^cido tartaroso. R. De cal desfeita ao ar, e passada por hum sedaço- Ibra» dua*. Tartrito aoílulo de pòtassa em pó. libras seh. Agoa com m um libras dfízeseis. Faça ferver sé a água : deite-sé lhe pnuco e pouco o tartr'it,o s e a cil míX'-iii»se com espat-la tie pà >. Feita a eonbníçi», tire sj o vaso d,» f'kgo ; decan» te se q licor, e lace sj com água o sa.1 iosulovel [ isto be, tartrito c üo tçio, st| , que resjutta d^ uaiâj do acid-fl> do tartaro com a terra cafçaiiaj. 6epojs de bjn lav »d,;> o ta"trUp; calcário extrahe-sa- lhe o acilo tartaroso pelo modo set.'UÍut,e. Metta se em h i na; terri.oa» de barro o tartrito oa,lca. río ; em, outro vaso dduão-se vinte C oito ouças de ácido sulfurico em quatorze Ub as de a„gua pura. Deite sé çste. ácido diluído sobre o tartrito calcário , e me.3a-.se com a Sobredita espátula. hecaníte-se depois o licor , que sobreqalar à p^rte in- solúvel, i.sto he , sulfato de cal. L,ive s.e repetidas ve- z-v; ré'i,oão.;sa todos os licores, e os farão evaporar erúf vás»s ae barro , ou v.idro até ap. ponto de cryàtaliiza,Ção; e por este modo obteremos hum sal acidjo % cona o nome de ácido de tartaro. O h^í to taj\f* ..os<>. çom.binan,di-se. çom os, alkalis fixos he gnsoe > i ei de d.»is gráos de s,vj,ijraçãp : o primeioo fory ma hum sal c"'ym excesso de ácido, conhecido peíOt qome de ç e nor de tai,taro., o qual se acha Da,s paredis dos toneis modo impuro, e chama se tajrtaro. Dejpois de put- rifica io, turma, o tartrho acidulo de putas* a, isto he.,, o que arVi-jrameute. se chamava qre/nor de tartaro. O tartri-. tó acidulo pode, saturar se çompletamentíe, de potassa, 9> então íórma hu n s-ií neutro conhecido pelo nome- de safe vegetal. He tartrito de potassa minto solúvel e,m, água, erm quanto o. tarUito acidulo o hé muito ppácQ, Q tar» trito acidulo pó !e saturar, se de. soda, e então. he. igual- mente muito spíqveL em água, e fôrma o sal de, sçig.nefctç que. agora se, cb,a,ma. tarUdjtOj acidulo de s.oda. Com o am-, mouiaco fôrma hum sal triplo, de sabor fresco ,.qq^ sede*/ / Parte IU H faz ao ar , e se decompõe nas brazas. O tartrito aculn- lo de pqfassa , distillado em huma retorta , dá hum phleu- gma ácido , hum ole >, qne cada vez se(escurece mais, igual- mente gaz ácido earbooico , gaz hydrogenio carboneo , e na retorta nca bum carvão volumoso, que contém muita potassa. 0 acilo boracico facilita a dissolubilidade do tartiito acidulo de potassa, que vulgarmente se charna cremor de tartaro, ou borax tartarizado; , 0 borax produz o mesmo effeito ; porém nesta ulti- ma mistura he que se fôrma o sal de seignette. O ácido tartaroso dissolve alguns metaes. A oxyde vitrea de antimonio , reduzida a pó%, ke deitada em água fervendo com partes iguaes de acidulo de potassa , dà pr evaporação hum sal conhecido pelo uome de tartrito an!i- moniado de potassa , ou emeiico. O ácido tartaroso attaca a oxyde de mercúrio , e fór- ma hum sal, que dizem ser útil nas mojestias venerea», O tartrito acidulo de potassa dissolve o ferro, e des ta dissolução se fôrma o tartaro marcial solúvel ,ou ex- tracto de marte aperiente. 0 tartrito acidulo de potassa hè purgante, e antepu- Irido. Usa >e nas febres agudas, inflaramatorias , biliosas pútridas , na diarrhea , e dysenteria , nas obstrucções das vísceras, na hydropesia , etc. it A sua dose como purgante he de meia onça até on- ça e meia: Como alterante de meia oitava duas ou três vezes no dia. O ácido tartaroso he refrigerante , aperiente, e diu- retico na dose de seis grãos até meia oitava , e mais: i VII. Ácido gallwso. R. ftfoz de galha confusa. libra huma. M et te se em huma retorta ; adapta se-lhe hum recU piente ; aquéute se gradualmente a retorta; e no gargalo da retorta se sublimará bum sal em agulhas brancas, que he o ácido galhoso. t Este ácido he recommendado como tônico, e esti- mulante. Usa-se na* lebres íntermittentes na dose de meio 14 PharMacoí>ea. escropulo ate hum escropulo. O ácido galhoso tem este nome em razão de ser et- trahido da noz da galha; porém igualme"nte se pôde ob- ter da simarrubi, da quina , do salgueiro , e do carvalho , e outras arvores. Faz vermelhas as cores azues vegétaes; be dissoluvel em água, alKool; decompõe se ao fogo; e se converte em ácido oxalico pelo ácido nitrico ; une se ás bases, e a certas oxydes, com qdefôrma saes conhe- cidos pelo nome de gallatos. Precepita a dissolução de tulfato de ferro em negro. Esta propriedade o faz distin- guir de todos os mais ácidos vegetaes. $. VIII. Ácido succinico. B. De alambre amaredo libra huma Mettese em huma retorta a banho de aréa ; aqueuta- se gradualmente, e se elevará ao collo da retorta bum sal crystallizado, o qual se deve dissolver em água fer- vendo , filtrar, e evaporar para que fique puro. Este aéido he volátil , crystadzavel , e decompõe-se ao fogo; com differentes bases fôrma saes neutros, que se cha não succinatos , e são pouco conhecidos. He tô- nico , estimulante , nervino , discuciente 9 resolvente , antes- pasmodico , emeuagogo, e diaphoretico. Usa-se no rheu- matismo , na artrites , affecçOes , cephalicas , convulsivas, hystericas, e oa parlesia. A dose he de grãos ciuco até hum escropulo,e mais. § IX. Ácido benjoico. R. Beijoim libra huma. Metra-se em vaso de barro , âo qual se collarà buma corneta de papel com hum pequeno buraco na ponta. Po- nha-se o vaso sobre brazas, e deixe se assim por hu- ma hora; tira-se dep>is, e quando esteja frio , se lhe ti- rará a cometa , a qual se acha à forrada de pequenas a. gulhas argentinas , que são o ácido benjoico. Este ácido também se pôde tirar de alguns balsamos, e da baunilha, etc. por subdmação, a que noutro tempo se deo o nome de florei de beijoim. Este ácido he vo- Parte ir. * 75- íatil a fogo brando , he crysfallizavel , e pouco solúvel ern água ; porém mais em alkool. Exposto sobre as bra- ias decompõe-se, e exhala hum fumo de cheiro forte, e aromatico: une-se com algumas terras , e fôrma bcnzoatos poüCo conhecidos. O ácido benjoico he incisivo, disoucieute, resolvente, diaphoretico, nervino, irritante, e expectorante. He r«- comnendado algumas • vezes pa»a moderar os accessosda asthma. A dose he de dois grãos atè doze. Na cirurgia he applicado para suspender os progres- sos da gangrena. _ §. X. Ácido oxalico. R. As-ncar libra meia. A. ido nitrico libras quatro e meia. Metta se tudo en hum mafraz ; aquente s*1 esta mis- tura a b^nhu de aréa: o ácido ha de decompor se, e a- bandonarà o seu oxygenio aoasuca' psr* o cnn erter eui ácido oxalico ; aqut-nta se até qu<* se não desenvolva mais gaz nitroso , e evapora se o lie r até que esteja bastante concentrado; de xe se esfriar, e deporá cy-taes , que se devem dissolver em água , e tornar a evaporar para tirar ao sal todo o ácido niirico , que podesse conter. O ácido oxalico também se acha já preparado emad guns vegétaes, como azedas, etc. porém sempre e«tá n- nido à potassa, de modo que he hum süI neutro com ex- cesso de ácido. Para obter o ácido puro, podesaturar.se ô oxalato acidulo de potassa com ammoniicu: tórmase hum sal triplo, sobre o qual se d fi;n dos quaes junte-se lhe de ra- iz de gengibre confusa, e folhas de ortelã pi neota , do Cada huma onça huma. Torue a digerir se sem fogo por seis dias , e filtre-se. Este elixir he tônico , estimulante. Usa-se na debili- dade , e relaxaçSu de estômago, no desarranjo total da saúde, especialmente quaudo foi causado pela iníempe- rança» e he acompanjiad.) de syoptomas de febre lenta; ou quaodo parece ser effeito de huma febre iníermittente , que se suspende» antes da necessária evaouação » ou de haver dissipado as ob-trueçCes. Felizmente se tem admi- nistrado este elixir depois de haver usado dos amargos, e aromaticos cada qual de per si , e âem proveito. A dose he de doze gottas até vinte , quarenta, e até doas oitavas diluído e n grande quantidade de agoa, e com a maior cautela, e precaução. § XIV. Ácido sulfurico diluído , ou espirita de vilrioli. R. De ácido sulfurico concentrado, lib. huma. Água commum libras seis. Dilua se com cautella , e guarde-se. Esíe ácido he refrigerante , anteseptico. Usa se nas febres biliusas , dy- seu ter loas , nas petechias , exanthematicas. N.ts outras fe- bres, v. g. nas inflammatorias, deve usar-se com maior c.autélla p,ara não supprimir inteirameate os movimentos da febre ; porém uas hemorragias causadas pela podridão, e resolução dos humores deve ser administrado em maior dpàe , como também no escoibato , sarna etc. Externamente be bom para os gargjajejos, e banhes* q«ie se dão para a angina, inflam natoria, gan^renosa, «. Sara varias ulceras da bocca , diluído era maior quautida- e de água. A dose he de dez gottas até huma oitava. 78 PflARMACOPEA §• XV. # . Ácido sulfurico alkool izad) , ou espirito de vittioU doce , ou licor anodino mineral. R. Espirito de vinio retificado, ou alkool libras Ires. Deite-se en hu na retorta, e em cima se lhe lance pouco a pouco ácido sulfurico concentrado lib. huma. Mexa-se a retorta pouco a po ico , e r?petidas vezes, a fim da se unir o alkool com o aci Io. Esta mistura ga- nhará hum gráo de calor grande; põe-se a retorta aba- nho de a*êa, que esteja no mesmo gráo de c dor , que qua tiver a dita mistura; adapte-se-líie hum recipiente , e faz-se ferver a mistura. Passará primeiro hum alkool muito saavfl , e depois o ether, que se reconhece por bu- ma espíT.e de íil3»es , qne se formâo no eonc.àv > da re- torta. Continua-se o fogo até haver hum cheiio suifo. cante de acid > suifunso ; desluta-se então , e despeja se l)go e o hun frasco rolhado. Ne;t» op°raç-io o ácido sulfurico decompõe se , e igu- almente o oxy como ; e c » nbia m dose com o hydrogenio, e o cirbone* do alk »ol for nou três estados, que se en- crntrã) na distillaça > d* alguns bitumes I. óleo muito vo! itil , ou etber ; II. óleo eíhereo; III. bitume. Se o lior ainia conservar hun cheiro sulfuroso dis- tilla-se novam^e juntando lhe hun pouco de alkali fixo, o qual s-> apodera do ncido sulfuroso , que restar. Ha outro metbod > de o fa>,er , e h3; o seguinte : mis- tura se hu na onça de ether sulfurico cora quatro onças de alk >ol. Este licor he recommendado como anodino , tônico, antesepucj , coroboraute, antepas nadico , e nervino. li- sa s n ne-Hado nu dores de dan^s carivios. No pamricia produz optim >« effeitos molhando o dido , e p3ía:il> lie fog > pira destruir a mataria. Na cari* dos ossos me ece grandes louvores; assim como diluído en a^ua , e aloçudj com mel he hum optiuir* vulueiario. " v part$ n. ?a A, dow be de bom escropulo até duas oitavas diluído, era hu,m yehicijd.u cony^niepte, §. xvi. Ácido nitroso alcoolizado , ou espinfo de mtro doçay ft, Alkocd libras efuas. Ácido nitroso onças oita* Misturflovse qs d^os Uqprres. , e dis4ilJ$Q-se a, togo br&q. do» e graduado. Q espirito de ndrp he reeomroend&4° P&ra calmar a sede , excita as secreções naturais , e$pelle as ventosida,' des, e fart,ifiea ipq^era^arofinte o estômago. U>a >-e co- mo dÍMfetipQ r fqb.rifngQ » diaphoretiço , sedativp , e, car, iqinat.iv.o. A dn^e Jhe de liuro escropulo até huma oi.ta.va.' Do niesmo qiodo se. dulpiüça q ácido mqria.tjco. ' -.....* »-■.-■ ~ *■•■ ÇLAMíJ li- pos Ethexes. i l Ether sulfurico. #, pç aJkoqJ retificado HQrfts duas. JS4et{lo,s.e em huma rejprja , e çra cin^a, *§ lhe deiia, rão pouco a p.ouqo de aqjjo sulfurico #Ar«* tfuf», Tendo cuidado em mexer de cada ve% a retorta para $e nã.p quebrar e*n razão do muito calonoo , que se de- senvolve; põ,e-se a retorta ern banho de arêa, pouco quen- te; a^a,pjí se lhe bum ballão fqrado, que se lutara mui, tp. bçm ; auguiente-se o calor até feryçr a mistura, o qual se. conservará neste estado, desiolhando de quando em quando o buraco, atè que chegando se-lhe o nariz se sin- ta bum cheiro picante de árido sulfurico. Acbar-se-hão no recipiente dezoito onças de ether, sobre que se deitará huma onça de, carbonato de potassa na/a O distidar novamente , isto he, para o retificar. Q ether contém maior proporção de bydrogeqio , e d# ox^gçuijO , o,ue q itjkpal. ftaqui sç sçgue- 1. que. o 80 Pharmacopêa ether nSo he formado pela acção immedíata dos princí- pios do aeido sulfurico sobre os do alkool , mas por hu- ma verdadeira reacçfio dos princípios do alkool huns so- bre os outros, e particularmente do oxygenio , e do hy- drogenio, causada sómeute pelo ácido sulfurico. II. Que, em rigor, se poderia converter qualquer quantidade de alkool em ether sem adjutorio do calor , augmentando assàs a proporção do ácido sulfurico. MI. Qu» a operação tem dous tempos principies , em hum dos quaes só se fôrma ether , e água ; no outro oJeo doce de vin^iu , atrua e ácido acetoso. IV. Que, ern quanto se fôrma o ether, o ácido sulfu- rico não está decomposto ; não se fôrma óleo doce de vinho , senão quando a penas este apparece jà se não fôr- ma ether , ou a formarse he muito pouco ; e que ao mesmo tempo o ácido sulfurioo fica decomposto. V. Que para evitar a formação do óleo doce de vinho, conservando a temperatura entre 75. e 78. gràos o que se obtém facilmente, deitando de vez em quando algumas gottas de água fria sobre a retorta. VI. Que o alkool differe do ether em conter mais car- boneo , e menos hydrogenio, e oxygenio; e que o óleo doce de vinho he para o ether cooi pouca differença co- mo o alkool he para este ultimo. O ether he tônico, antepastoodico, e estimulante. Applica se externamente, e com bom «uccesso á nuca' e fontes nas dores de cabeça, de dentes-, de ouvidos, e doies rheumaticas. Internamente he próprio para dores de estômago, ou intestinos , que procedão de flatulencia , na tosse couvul- sa , na asthma nervosa, nas convulsões, em algumas af- fecçOes hystericas do estômago , e na flautulencía. A do" se he de vinie gottas atè meia onça indo gradualmente. §. II. Ether nitrico. R. Ácido sulfurico , e Aleuam.se em huma retorta tubulada ; ZlÍTJ^TZ dois recipientes hu.n seguido ao outro ; oprTmeiro fiz Parte II. 81 se mergulhar em huma bacia, ou celba chèa de água, e embrulha se o segundo em pano molhado : a este recipi- ente se ajusta hum sipbão, que deve mergulhar ein água: aquenta-se a mistura , da qual se desenvolvem vapores , que se eondeusão no recipiente, o qual deve refrescar-se de vez em quando ; e com bastante brevidade se obterá o ether muito puro. Este ether tem o caracter de diuretico , diaphoretiço , sedativo , febrifugo, e carmiuativo. A dosa he de hum escropulo até huma oitava, e mais. §. III. Ether muriatico. R. Oxyde de mangauez onças oito. Muriato de soda libra huma e meia. Ácido sulfurico onças doze. Alkool onças oito. Metta-se tudo em huma retorta ; adapte-se lhe bum recipiente depois delia estar em banho de ajéa; aquen- te-se gradualmente; e obter-se hão dez onças de licor e- tbereo , as quaes pela rectificação produzirão quatro on- ças de bom -ether. Também se pôde preparar este ether no apparelho de Woulfe; até basta-fazer passar gaz ácido muriatico oxy- genado para o alkool para o converter em ether. Daqui se colhe , que os differentes etberes devem ter pouca differença entre si; e que a sua formação consiste sempre em oxygenar o alkool, e privado de huma parte do seu carboueo, e fazer que nelle domine o hydrogenio. A virtude pouco differe do antecedente : a dose he igual. PHARMACOPfcA ----• — *------ CLASSE III. Dos Acetitos. %. I. AúÈliló de ammoniaco liquido , ou espirite d* min» derere. R. De ammoniaco liquido , e ácido acetico , ou viua- gre radical partes iguaes. Mèttem-se em hum frasco , e vascolejâose até Aca- tem bem eocorporalos. Pôde fazer-se »le outr:» modo, e he o seguinte. R. €>e carbonato ammoniacal onças duas Aeidu acetico quanto seja bastante para saturar per- feitamente-. Este aèetito be diuretico , antespasmodieo , diapbore- tico, nnteíeptifco. Usa se internamente nas febres pútridas, malignas ,. nos espasmos, nas afiecções artritioas , e hyste- ricas. A dose tie de meia onça atè huma , e até quatro; porém nuqoa so deve admiuistrar só. He hum esoelleote resolvente para dissolver vários tumores applieado, ao ex- terno. * H. Acetito de potassa , ou ierra foliada de lar- - taro , alklfato de soda. Para o obter bem crys* taliiga In be necessário fa^ello eva > >rar até haver pellicu- ia, pondoo depois em lngar fresco. Poderemos igialmente obter o acetito de potassa li- quido do modo seguinte. R. Potassa purificada oitava huma Ácido acetoso quanto baste para perfeita saturação. O licor, que daqui resulta, contém perto de noventa grãos de terra Iodada de tartaro. O methodo aqui indicado he oW R*»erhave; he commodo , expeditivo, e não menos proveitoso, que a terra foliada feita com vinagre distil- lado. Estes acetitos são diureticos, aperienfes, e antesep* tieoa. Usão se nas ebstrucções:» na leucophleg macia , ou inchaç&o das partes externas do corpo. . • ,A dota.Jie de meia oitava atè huma. Em maior dose he laxante. §. Itl. Acetito de chumbo , ou sal de saturno. M, Oxyde de cornai b o branca em pó libras tre». A ei d» acetoso libr. do&e* Wetta se tud.o, em hum ma traz , e posto em banho d« área deixa se ctíg*rir tudo por três dias mexendo de quau* d;Q eu» quando a dita matéria: deixe se assentar o licor, • deita se por inciioaçãa ; junta se Ide mais vinagre até qum se haja dissolvido a metade da oxyde; mistuião-sa estos, dissoluçõ&s , e aqjieubãjo-se a banho de «wè.a para as faaier evaporar até fazer pellicuia. Tire-se logo o vaso dv> fogo, e> deixe-se esfriar. Deporá vários crystaes : eontinu- ftx* se as evaporações, o ceystafclizaçõetf até se. extrabir a« deor todo o w|. Este acetito he por vários recommendado na heapoptU ?es , nas febres iatero&jlteinífia , vumitufc «£g*Qs-, gonorrbea, flores brancas , para calmar a eftervescenoia do sangue; porém o seu uso iie muito perigoso , e exige grande pre- caução uo methodo de se administrar. Externamente applica se uas inflaramações locuS, 84 Pharmacopea. nas impigens , nas ulceras, nas hemorrhoides , queima* duras , erysipedas , e em varias doenças de olhos ; porém como he muito repercussiro deve ser administrado com a maior prudência. A dose para o uso interno he da terça parte de hum grão até quatro gradualmeute. § IV. Acetito de chumbo em dissolução , ou extra- cto de saturno. R. Cxide de chumbo meio vitii- ficado. libras cinco. Ácido acetoso optimo. lib quarenta. Faça se ferver brandamente em vaso suficiente , me- xendo-o de continuo com huma espátula de pào até que o vinagre esteja saturado. Depois filtre.se o licor , o qual se íarà evaporar a fo- go br-r.ndu até estar em consistência de xarope claro. A sua virtude be igual ao antecedente nas applica- ções externas. §• v. Acetito de mercúrio. R. Mercúrio precipitado por ca b mato de potassa da dis- solução nitrica deste metal , e vinagre disúllado fazem-se ferver; filtra ^e o licor, e taz se evaporar até ficar seccoj ou por outro modo tome-se buma onça de d>ss(luçãoni trica de mercúrio, qoe se diluirá em duas onças de água, e deitar se-ha poueo a pouco scbre huma dis.-olução de acetito de potassa; deite-se depois em Lum filtro, no qual ficará em lâminas formadas pela oxyde de mercúrio , e • vinagre. Este acetito foi recommendado noutro tempo como especifico antevenereo ; porém as observações modernas tem mostrado que elle não corresponde aos elogios , que Kaiser lhe pródigausou. A dose he de hum grau até quatro. Parte 11/ S5 CLASSE IV. Dos muriatos. *. I. Muriato de cal. Prepara SE este muriato deitando ácido muriatico so. bre a cal até que o todo teuha hum sabor amargo : fil. tra se o licor, e faz-se evaporar até'ficar secco para guar- dar o sal em vasos de vidro , este sal custa a crystalü- zar-se , eN attrabé a humidade do ar. Porém be escusado preparar este sal , pois se acha jà formado no resíduo da distíllação do ammoniaco liquido , o qual basta lavar-se, filtrar, e evaporar. Este muriato tem sido recommendado nas scrophulas. e como hum poderoso dissolvente. A dose he de meia oitava ate huma em cozimemto de sapenaria. i II. Muriato de ammoniaco. Prepara se e»te muriato combinando os produetos da distíllação d« m iterias animaes com muriato de cal. Elle se faz do muriato de ammoniaco, que fica dissolvi- do uo licor : decanta se, e faz-se evaporar até ficar secco. Sublima-se depois o muriato em duas terrinas de barro , e lutadas. ü uso deste muriato he m«nto vasto ; na Medicina usa se no in'erno como dissolvente nas obstrucções, fe- bres íntermittentes , e em muitos casos tem produzido opti- mos effeitos'misturado com a quina, e outros corroboran- tes , como rhuibarbo , etc. A dose he de seis grãos até meio escropulo, hum es- cropulo ; porém não excedendo de três oitavas: Dado em maior dose estimula o ventre. • No externo he hum poderoso anteseptico na gangre- na; he optimo para resolver o sangue estagnado nas par- tes confusas , para corroborar as fibras nas exteu-Oes, des- locações, e fracturas; e unido á quina camphora be hum dos melhores antídotos contra o sphacelo,e gaogreua. Na ephJthalinia sangüínea tem merecido grande louvor. 86 Pharma-oopea §. III. Muriato de baryle. Este muriato he se.mpife o resultado da combinação da baryte com o ácido muriatico. Tem hum sabor amar- go , e como metallico ; crysjtalliza em pequena* Lâminas ; dissolve-se em seis partes de ogua , e ainda mais em água quente , e quando esfria depõe crystaes ... Nenhuma terra, ou alkaU o decompôs ; porque ,a ba-. ryte tem mais afinidade com os ácidos , que i^otouraa.dçs, tas substancias; porem o ácido sulfurico, e uil Wjq liie.fie„ parão o ácido muriatico, e os c^rbonutos alkaljnos dia precipitão a terra. Estje uouriato be desohstruenU? , diurelíqo: o ,,Doutor Cravvford o recommenda como excedente remédio nafl scrqphulas ; porérn entre os Fraooezes deswe/eceo ucpfdito, e actualmente se conhece ^er omito perigoso , e q\v? jior^ tanto o seu uso requer toda a cijrcunspçoçao. A do^se he de gottas quatro até dez , e vinte sem prodgçjr náusea , mas em dose maior tem produzido eíteitos mortaes. %. .iv.-•"'■-■■■' . Muriato ,o^ygenadç de a»timom,o, qm manteiga de gMimonio. » - .#. Antimppio onça fruma e ^eífl, ^Muriato o*ygeniidP d$ ^ mercúrio onças quajrq. JWÜfctur^se. tudo em bum gral de, vui.rp$ e rqattido eoa buma retorta oo^hajsfl e-nbanlipd,p arêj ; appjique,^ á retorta hu,m recipiente ; coi^erve sç o fogo branda, o qual se graduara pouco a ppuco aíé Q-W P#S5J? \WW UPW espesso, e coagulado. He hum çapstjco paa>ro§p ,pa v'\, rnrgia. Usa-se na gangrena , e na paiie , «as ulceris fupgO; sas , e calosas , nos coudylünia5* veflej,eos , e nus ptaplij', lomas da cornea. ,§. V, M.uri/jtfi Q#ygen&4o,de werctfirw, ousutyutiadp corrosivo. U. Nitrato ,de jnexcurio bem çecco, ' jpnçg. /lu.ujft. JViuria.to d* w\# finçq fruflff, Sulfa.to a> fôrr,p ça|ch?ado em branco Qftgp l^ma. Partb JI. 87 Metta-se esta mistura em bum matraz, do qual hão de ficar -en» vazio as duas terças partes ; melta se o ma- traz em banho de arêa até á parte vazia, e aquente se gradualmente até que o fundo se faça vermelho. Depois de frio o matraz quebre S9 ; e se achará o mu- riato oxygenado de mercúrio crystadizado nas paredes do matraz. Nesta operação o ácido do sulfato de ferro attaca o munato de soda, e lhe desenvolve o ácido; e«te apode- ra se do oxygepio dé nitrato do muriato do mercúrio , e com elle se sublima , e o que resta he sulfato de soda , e huma oxyde de ferro. Também o poderemos haver dissolvendo mercúrio em ácido muriatico oxygenado , evaporanlo o licor; ou tam- bém fazenlo digerir huna libra de oxyde rubra de mer- cúrio em huma libra de ácido ,m uri a tico ordinário , e eva<- poraudo o licor. Sancbes, Van Swieten , e Thedeu reçommendàrão este muriato .como especifico nas -moléstias veoereas ; po- rém Quariu , e muriato ha sido aoplicado nas moléstias proce- didas de obstrucções das glândulas, e viscozidade d« lim- nha na arthrites, nas cataratas, para resolver infrrtes, Ibstruoçõ^ de vísceras , scirrhos , scmphulas , e n»< ver- mes , ou Iombrigas. Algumas vezes te n curado tralhco. No ex«erno usa se nas fistulas inveteradas do thorax , do abdômen, do* rins, do perioeo , e da vagina , procedidas dovirus venareo. A dose he de hum grão ate quinze. § Vil. Muriato sobre oxyjenado de potassa. R. Muriato de potassa libras quatro. Oxyde de mangan3z fib a huma Pulverizão-se estas substancias, e mette-n.se em hum matraz, que se porá em banho de a êa Deite n «e no matraz duas libras de ácido sulfurico diluído em du*s li- bras de agna ; lute se ao matraz hum tubo dc> vvelter , hu- ma perna do qual baixará a bum \aso, que tenha huma libra de carbonato de potassa dissolvido em sufficiente quantidade de água para que fique saturado. Aquente-se depois a banho de arêa até que não pas- se mais cousa alguma. He necessário que a perna do tubo , que mergulha na dissolução de potassa , seja suíficientemente grossa , aliás Parte II. 5?9 intupir-se bia pelo sal á proporção que se fosse forman-d» e faria arrebentar o apparelho. Esta segunda perna in deve ser lutada , com tanto que chegue a peuetrar a ao meio da di-srolução do sal , todo o gaz será abs-.rviri pela potassa. A cabida a operação, decanta se o lie »r < vaso, e no fundo se acha o muriato sobre-oxygf nado : licor que sobrenada , também o cmtén misturad í cor muriato çommum; evapora-se até metnde; e depois d, frio fica o mu iato sobre oxygenado , que' crystalliza pvi meiro. Esta dissolução de muriato sob'e oxy;-. a sublimatoria ,ou em vaso de barro não vidrado , adaptando- se lhe outro de igual diâmetro , e lutem-se como c-invém ; aqnenta-se o vaso , e lòrma hum sublimado amarello car- regado , que vulgarmente tiveião o nome de fl -res de sd ammouiaco, as quas sao solúveis em água. Esta preparação be muito activa , porque une a vir- tude de ambos os saes , isto he do muriato de ammoniaco, •e do mnriato de form , e tem sido muito profícua em al- gumas febres Íntermittentes aotumnaes ; também obteve •iguaes louvores na cachexia, e nas obstrucções das vis- «eras do baixo ventre na dose de dez grãos atè quinze de mistura com a quina, ou outro extracto adequado. §. IX. Muriato de mercúrio , ou precipitado branco. &' Muriato oxigenado de mercúrio, e muriato de ammoniaco de cada hum huma Itbrá. Faça-se huma dissolução do muriato de ammoniaco, «O Pharmaccípea é depois dissolva-se o muriato oxygenado; íogo que es- teia bem dissolvido, deite se-lhe hüma dissolução decar- bunato de potassa, que ahi fôrma hum precipitado bran- co , lave se o dito precipitado , e seque se ao ar depois de sé haver reduzido a truciscos. Nesta operação a po- t.>s-a desenvolve o ammoBÍaco , e o mercúrio fica ein O- xyde branca. Este muriato não tem lugar no interno ; porém no externo usa se nos unguentOs mercuriaes primeiro para moléstias venereas dos ossos, para limpar as ulceras, e bobõe? venereos , para as affecções venereas dos olhos , para a tinha, e outras moléstias cutâneas; porém requer muita precaução , e cuidado. ■#■ CLASSE V. Dos Sabões. § I. Sabão mefdurial. R. Sabaõ libra huma. Água fervendo quanto baste para dis- solver. Feita a dissolução, junte selhe de nitrato de mercúrio em dissolução onças seis. O ácido nitrico attaca o alkali do sabão , e o óleo Be precipitará com oxyde de mercúrio em fôrma de. sabão. Este sabão emprega-se no externo como tópico, ou em fricções, e merece preferência às celebradas pomma- das mercuriaes. Pelo mesmo methodo se podem fazer sabões de cal de maguezia , de baryte , e com todos os metaes. § II. Sabão vegetal. R. De sabão branco onças duas. Alkool onças quatro. Triture se bem estr? mistura em gral de pedra ; es- tenda-se esta mistura liquida sobre três , ou quatro guar- Parte II. 91 danapos , para seccar brevemente : quando esteja bem sec- co , misture-se exactamente com três oitavas de carbouato de potassa, e huma libra de gomma alcatira em pó. Este sabão tem merecido estimação nas gonerrheas, e obstrucções. A dose he de buma oitava diluído em meia canada de água , quantidade que se deve tomar por dia. §. III. Sabão medicinal. R. De soda libras quatro. Cal viva libras seis. Agoa commum libras vinte. Ferva-se por duas horas, e filtre se ; depois evapore se atè que hum vaso, que leve o pezo de huna onça de água commum , cheio desta líxívia peze onze oitavas. Dei- te-se huma libra desta lixivia em bum vaso de barro sobre duas libra* de óleo de amêndoas doces. Mexa se de tempos a íempos , e no espaço de oito dias ficará for- mado o s-ibão. Es!e sabão he inc;sivo , desnbstruente , e aperitivo , be bom nas dificuldades de ourinar, na pedra, e enca. lhes limphaticos. A dose he de duas , ou trei pululas de quatro grã- os cada huma por dia. Este sabão applica se externa- mente em banhos , e cataplasmas para resolver tumores cysticos , articulares , e eseropbulosos., Errfto crassamente contra as leis da Cbymica todos os que receitão sabão alkaliuo misturado com extracto , sal , ou acetito de saturno. §. IV. Sabcio de Starkey. R. Alkali cáustico ou pedra cáustica onças dez. Óleo de terebentina onças oito. Triturem-se estes dois corpos em bum gral de pedra havendo aquentado o gral . e alkali : forma-se instanta- neamente bum sabão muito duro : este methodo he me- lhor que outros , que muitos seguirão , e adoptarão Este sabão he aperiente, desobstruente , diuretico. fisa-se uas ulceras dos rins , nas gonorrheas antigas. Ex- 92 Pharmacopea ternamente produz optimos effeitos nas dores rheumatiea*, na parlezia , e uas iochações, ou tumores, que provém do rheumatismo. Algumas vez°s se appUca nas ulceras au- tigas. A dose he de doze grãos atè meia oitava. §- V. SabSo antimoninl. R. Licor, que resulta da precipitação do hydro-sulfureo vermelho de antimo- nio libra huma. Óleo de ampndoas doces onças três. Ferva se a fogo brando ; e em quanto ferver se lhe vai juntando pouco a pouco dí dissoluçã» de soda quanto baste , para que a massa adquira a consistência de sabão. Este sabão he resoludvo , diaphoretiço , diuretico. Usa se uas obstrucções das vísceras, nas affeções. asth- maticas , artriticas , na hydropezia , e affecções eutan-vis, na gonorrhea inveterada. A dose he de cinco até oito grãos, duas , ou três vezes no dia. §. VI. Sabào ácido. R. Azeite onças oito. Ácido sulfurico onças quatro. Deite-se o azeite em almofariz de vidro , e gotta a gotta se lhe và deitando o aoido sulfurico , mexendo de cada vez com mão de vidro até formar hum sabão de consistência de terebentina. Também se pode fazer hum sabão ácido com óleo de amenioas pelo modo seguinte. Faz-se aquecer o óleo a ponto quasi de ferver , deitando-lhe depois o ácido s>ulfurico. Este methodo facilita a combina- ção reciproca do ácido com o óleo; sobre tudo a oxy- genação do óleo á custa do aci Io , a qual he indispen- sável para obter o sabão ácido. Com effeito observa-se uo decurso da operação, e-pecialmente ao deitar as primei- ras doses do ácido , formar-se ácido sulfuroso , que :*e ma- nifesta na côr uegra , e cheiro de ácido sulfuroso. Este ^abão he tônico , estimulante , e lithontritico. A dose he de grãos quatro até hum escropulo. Externa- mente usa se nas dores rheumaticas ,e em algumas affecçõ- es cutâneas. Parte II. 93 C L A S S E V I. Das Oxydes. §. I. Oxide vermelha de mercúrio por ácido nitrico. R. De mercúrio purificado libra huma. Ácido nitrroo. libra huma. Faz se dissolver o mercúrio no ácido nitrico; acabada a dissolução, metta-s-e em vasos de Hdro, que se porão em baubo de arêa , e se augoientará o togo para dissipar o ácido. Ficiiràõ nos vasos- huns pós vermelhos , que são a oxyde de mercúrio, a que impropriamente se chama pre- cipitado vermelho. Esta oxyde não se deve administrar interuamente em raz/o» de produzir effeitos funestos. No externo embaraça os progressos dos cancros venereos , des- troe lhes as carnes íungosas , e callosas. §. IT. Oxyde de mercúrio vermelho pelo fogo , ou precipitado per se. R. Mercúrio purificado libra huma. Metta-se em huma garrafa chata , e larga com sua rolha, em qne haja hum buraco capillar; ponha se em banho de arêa conservando o mercúrio em fervura : e passados alguns mezes se obtém a oxyde. Esta oxyde havendo gozado graudes louvores na cura das moléstias venereas , porem e-tà abandonada, e com razão, por que a sua força he inconstante pelo diverso grão de oxydação , qoe o mercúrio padece estando em contanto com o ar atmospheiico por mais ou menos tempo, em temperatura mais ou. menos moderada , e em arêa mais ou menos renovada , e melhor ou peor. A dose he de ueio grão atè hum como alteiante; em dose de cinco até seis he putgan*e ,e en.etico bastante forte. §. IIP. Oxyde amarella de mercúrio por ácido sulfu- rico ,outurbithes mineral. R. Mercúrio puiificado libra huma. Ácido sulfurico concentrado lib. huma emeia. 94 PHAtRMACOPEA. Metta-se en huma garrafa de vidro , e em banhe de área se faça digenr por d;>/.« horas ; depoh augmen. ta se o fogo até que o «cido ferva , tendo cuidado em não augmentir-se o fngo até ceísir a fervura. Depois deve seocar se a fogo mais forte a massa branca , que no fundo restar, a quil depois de pulverisada se deitará em quantidade suficiente de água fervendo ; lave.se muitas vezes para que fi jue dulcificado , e seccM se para o uso. Esta oxyde teve grandes créditos entre auúgos e sábios Professores., qne delia usarão como preparação mercurial a mais enérgica na cura das moléstias venereas; j)orem como esta oxyde sempre se une a hum pouco de p.cido sulfurico conserva hum caraeter salino , e obra vio- lentamente no estômago , e intestin°s ; daqui procede o des- crédito , que padece entre os modernos. A dose igual ao antecedente. §. IV. Oxyde branca de mercúrio por ácido sulfurico. R. Oxyde de mercúrio amarella por ácido sulfurico e n dissolução libra huma Carbonato de ammoniaco liquido quanto seja bastante até produzir effervescn^ia , deitando-se pouco a pouco , atè que forme hum precipitado branco; advertindo que o carbnnato não seja demazitdo, porque então o precipita- do se dissolve no demasiado ammoniaco. l*ave-se o pre- cipitado, e guarde se para ouso. Esta oxyde parece ser huma das oxydes de mercú- rio a mais pura. Ha solúvel nos ácidos vegetaes , e ani- maes, e até no ammoniaco. Não tem gosto algum ; po- rém passado algum tempo produz hum sabor metallieo. Esta oxyde branca da mercúrio entrou ba pouco em uso, mas ainda se lheignorão os resultados. Tamben co n el- la se fôrma huma po.nmada mercuial muito branca , tri- turando e n gral de vidro huna parte da oxyle branca , e duas de banha de porco. Os efteitos desta pommada ain Ia também não são conhecjdos. Parte II. 95 §. V. Oxyde de mercúrio sulfurado negro, ou Ethiope mi- neral. Jt, Mercúrio onças quatro. Enxofre sublimado onças doze. Triture-se tudo em hum gral d* vidro , até qme a mis- tura só pareça buns pós negros. Também se pôde faíer derretendo em hum cadinho quatro onças de enxofre , e deitando-lhe buma onça de mercúrio , que antecedente- mente se haja aquecido; mexa se todo com buma espátu- la de ferro. Ou também deite se huma dissolução de sulfur de p»' tassa em buma dissolução de nitrato de mercúrio. Nede te formará hum precipitado negro , que be huma verda- deira oxyde sul furada netcra. Esta oxyde tem «ido recono- mendada como purifica tiva do s -ngoe , como antevenereo , e antelmintica. Usa se nas affecções de pede, nos tumores das glaudulas do pescoço , nas seropbulas : nnida com a quina tem produzido bons effeitos nas ulceras antigas ; e unido com assucar nas ulceras da garganta. A dose para crianças he de três até seis grãos ; nos mais adultos be de seis até quinze grãos; para pessoas adultas he de hum escropulo atè naeia oitava. íj.Vl. Oxyde de mercúrio negro , ou mercúrio solúvel. R. Muriato de mercúrio doce pulveriz.-do onça huma. Metta se em garraia de vidro , e deitem se rbe de dissolução concentrada de sola quatro onças ; ponhasea garrafa em banho de »r*?a bem qupnte, vascolejando a de quando em quanIo ; passada meia hora, quando o salmer- curial de branco , o ciytadin-o passar a negro, e a fó-r- ma de pó, ti e se a g^rra-aivdo fogo,.e depois de frio fil- tre-se por papel; lave s^ varias \ei.es, e depois de=seeeo M guardará. He es'a oxyde recommendada por vários Professores res na dose de meio anão até qoa>tro segundo as forças do doente nos affecções venereas. Externan.ente he usa- do em fricçõe* unido à mauíeiga d*e puaco. A dose he de oito graost até hum «seropul» para ca- da fricção. 96 Pharmacopea. §. VII. Oxyde de mercúrio sulfurado rubro. R. Enxofre libra huma. Mercúrio puro libras cinco. Derretido o enxofre em lume brando, juote-se lhe pouco e pouco o mercúrio mexendo coulinuamente : se pe- gar fogo, apague se tapando o vaso; depoi* reduza-se a pó , e em vaso sublimatorio se deve sublimar a fogo ma- is vehemente. Esta oxyde foi noutro tempo receitada como remédio muito efficaz nas affecções cutâneas , na gotta , rheuma- tistno , epilepsia : hoje porém desmereoeo por nSo se lhe descobrir a virtude pelos antigos attribuida. No externo emprega-se algumas vezes em fumegações contra as ulceras venereas do nariz, bocca , e garganta. N B. Todos os aoidos podem produzir saes mer- euriaes , ou dissolvendo nelles o mercúrio , ou combinan- do-os immediatamente corn a sua oxyde. Muitos delles são recommendados como excedentes antevenereos , a Cujo respeito devemos advertir, qqe em quanto ás pre- parações mercuriaes , assim como àos mais remédios, a causa de se reçommendarem com tanta efficacia ha sido a vangloria de alguns , que desejãó passar por eruditos , e inventores de remédios, os quaes a puznr da sua ir>ac- tividade , ou diminuta efficacia , e virtude a respeito de outros remédios da mesma classe , mais proveitosos,e talvez menos arriscados, e já conhecidos. As mentidas exage- rações , e fabulosas historias de moléstias desesperadas , ou gravíssimas , em que os amplificados remédios se di- zem haver feito prodígios são por certo hum perigoso es- colho , e.m que. padece repetidos naufrágios a iufeiiz hu- manidade. Quanto seria mais vantü». so estudar o oiodo de obrar dos remédios activos já conhecidos, e experi- mentados di machioa animal, e examin ir Ibeg attentameo- te as soas infinitas relações , do que perder o tempo na indagação de novas substancias de ignorada virtude, o sacnfioar por este modo victimas innocentes. Será por ventura permittido a hum Professor encher imponemertte as sepulturas de iudividuos miseráveis objectos de suas experiências? Negocio he este , em que se deveriao tomar Parte II. 97 a* medidas mais/ enérgicas , a ti n de que não embaraçan- do og progressos que a Mediciua possa fazei em novas tentativa , dè s.j toda a segurança ao publico de que elhs furão exeont idas coo tan*a circunspecção, e prudência, que dellas não pôde resultar o menor detrimento. §. VIÍI. Oxyde, ou hydrosnlfureo rubro de antimonio , ou Kermes mineral. R. Enxofre de antimouio libra huma. Carbonato de potas-a libras duas. Metta se tudo e n hum vaso de ferro com suíficien- te quantidade de água, e ferva por espaço de huma hora ; filtre se ainda fervendo por papel pardo , e deixe-se es- friar : pelo repouso depositará huns pós vermelhos , que se porão em hum filtro, e deixarão seccar para o uso. Também se pode preparar esta oxyde por via secca derretendo em bum cadinho huma libra de enxofre de antimonio cora duas de carbonato de potassa. Estando a mistura derretida , faça se ferver por duas horas , depois filtre se , etc. como acima. O licor , que depoz o kermes , ainda contém huma oxyde alaranjada de autimonio , quf* noutro tempo teve o nome de enxofre doirado de antimouio. Precipita-se deitando lhe ácido sulfurico até que não faça sedimen- to: filtrão-se , lavão se , e fazem-se seccar os pós/para uso. Na preparação do kermes o enxofre do antimonio attaca o carbonato de potassa. Para formar hum enxo- fre ha huma porção de água , que se decompõe; o seu oxygenio oxy Ia o metal , e huma porção do seu hydroge- nio fica combinada com o enxofre , e oxyde do metal, e com ella se precipita , quando esfria. Esta oxyde he hum dos remédios de antimonio mais preciosos que a arte descobriu; produz effeitos muito particulares nas affecções pitoitosas do estômago, dobofe, intestinos , e até das vias ouiinarias. Nas moléstias de peito applica-se as mais das vezes para promover a expectoraçao ; porém só deve adminis- trar se passada a inflammação. Administrado em peque- uas , e repetidas doses he muito proficuj no catharro do 9% Pharmaoopia peito, asthma hum ida , moléstia de pelle, encalhes dm glândulas , eto. A dose para oríanças de dous atè quatro annos be da terça parte de bum grão até meio grão. Para os que tiverem maior idade d* hum g»ã> até dois. Porem para os adultos em moléstias agudas de quatro até seis grãos,e mais gradualmente havendo graude cautela em não mis- turar com elle remédios , ou comidas ácidas em razão de que se decompõe. $. IX. Oxyde de Zineo. R. De Zinco libra meia. Faça se o zinco en pequemos boceados ; ponha s9 hum cadiuho grande sobre hum fogo aeuvo inclinado ai. gum tanto; deitem se lhe dentro alguns pedaços; tape se o cadinho; e quando este e*teja em br-;z.i destape.se, logo principiarão a lev«nt»r se liuns floecos branco*, os qnaes se penarão nas bordas, e lado superior do cadiuho; vão-se tirando com huma colher de ferro, e de vez em quando se deitará mais zineo. até que todo se haja con« vertido nos ditos floecos. Na manipulição desta oxyda deve haver toda a cautela em não receber o fumo. Esta oxy ie foi recommendada em outro tenpo como grande antepasmódico nas convulsões , e acoessos epileticos na dose de meio grfto até quatro grãos unido com assucar , ou magnezia. Externamente applica se para desseccar as ulceras beai^nas , e difíceis de cicatrizar, a ulceração das palpebras , da cornea , as excoriações dos tegumeo. tus, as gretas dos peitos; usa-se na opthalmia humida. Hum escropulo desta oxyde diluída em buma onça de água rosada fôrma hum colírio autephlogistico. §. X. Oxyde branca de antimonio , ou antimonio diaphoretiço. R. Nit!ato de potassa libras três. Enxofre de antimooi» «m pó libra huma. Deite s-t isto por três, ou quatro porções em hum cadinho, que esteja bem em braza , a matéria logo se in- flammará , e o que passada a iuflarumação restar no ca- dinho he o antimonio diaphoretiço não lavado. Parte . II 9? Para obter o antimouio diaphoretiço lavado deve la- var-se o antecedente era água fervendo repetidas vezes até o dulcificar. Esta oxyde he appdoada paf* *s doenças, que pro- vém da lympha. §. XI. Owyde de ferre negro , ou elhiope marcial. R. Limai ba de ferro libras duas. Metta se em vaso de barro nao vidrado; deite se-lh>a ftgUS até cobrir quatro dedos acima da limalba ; mexa se a mistura todos ns dias; e quando a água se for diminu- indo deite seds» rnais: assim se continua p*>r algum tem. po até que a limalba se haja reduzido a hum pó impai-» parei, então decanta-se, e secca se o pé , o qual §e guardará era vaso tapado para o uso. Esta oxide be recommendada como tônico , e aperi- ente. A dose he de doze grãos atè meia oitava. §- XII. Oscydç de antimonio sulfurado vilreo , ou vidro de antimonio. R. Antimonio em pò libra huma. Ponha-s« em vajio de barro não vidrado pouco fundo e a fogo brando mexendo sempre; princípião a sablr huns vapores brancos , que cheirão a enxofre ; passados estes vapores tendo-se.lhe conservado o fogo no mesmo gráo augnoenta-ee para exhalar novos vapores, e assim se con- tinua até que p pó fazendo-ge vermelho não lance mais vapores: metta se esta cal em hum cadinho , e faça-se der* reter a hum fogo violento, até que tome a fôrma devi- dro derretido; depois lance.se em huma bacia chata , e que esteja quente. Esta oxyde serve para preparar outros rs- médios. 1UW PtíARMACdPEA. --------* —_----. CLASSE VII. Dos Tartritos. §. i. Tartrito acidulo de patas* t purificado , ou crystaes de ttrlaro, ou cremar de tartaro R. Tartaro em pó libras duas. Água Hb. quarenta Ferva se em vaso de barro ; e estando dissolvido o tartaro filtre se assdm me»mo quente; depois de frio depõe crystaes irregular°s , que formão huma pasta ; fer- ve se esta em caldeira de cobre com água, em qne se ha- ja dissolvido terra argillos-a: levantará espuma, a qual se lhe tirará cam cuidado ; continua a fervura até formar hu- ma pellicuia salina: tira-se do lume, e deixa-se crys- ta'ifi-..r: queb a se a pellicuia, que junta aos crystaes se lavará para \he* tirar a terra, que lhe ficasse annexa . e deoo'n dj seooar se guarde para uso. Virtude , e dose veia-se Classe I. §. VI. §. II. Tartrito de soda , ou sal de seignette. R. Soda libras seis. A -ua fervendo lib. trinta. Dissolvida a soda em a?ua , que esteja ferveudo vai se do» deitando tartrito acidulo de potassa em pequenas porçõe- .d-ixando de rad i vez applacar a effervescencia até ficar p^rfei am°nte saturado. Fidra se depois o licor , e faz-se evaporar até metade; deita se em vasos de barro , e pnsto en lugar fresco , on- de depositará bellos ciystaes. Decante se o licor , queso- brenadar , e far se-ha evaporar para fazer nova crystalli- zação. Este tartrito foi recommendado por Muszel contra a loucura , e medincolia. No caso de abatimento refresca os enfermos , excita lhes o somno, e tranquilliza a agita- ção dos espixitos ; porém muitas vezes he prejudicial aug- mentando as ventosidades , e causando abatimento , e des- maios , razão , porque na sua applicação deve haver cau- Parte II. 101: tela. Tem sido applicado nas obstrucções, nas affecç»- es das vias our/narias- A dose como purgante be de du- as oitavas até huma onça. Como alterante de quinze grã- os até duas oitavas. §.III. Tartrito de ferro , ou tartaro chalibiado. R. Limalha de ferro porphinzada onças quatro. Tartrito acidulo de pota&sa eoi pó libra huríia. Água fervendo iibras oito. Depois de ferver huma hora filtre-se, e evapoie se até consistência de xarope ; e então deporá crystaes formados pelo terro, e ácido tartaroso. Este tartrito applica-se nas obstrucções , rachites , co- res padidas, suspensão do fiuxo menstrual por impressão de corpos frios com fraqueza de forças vitaes ; e muscu- lares. A dose he de dez grãos até huma oitava. §. IV. Tartrito de potassa. R. Carbonato de potassa libra huma.- Água fervendo libras oito. Tartiito acidulo de potassa, quanto baste para huma perfeita saturação ; e siga-se o methodo acima dito no §. u. §. V. Tartrito mercurial. R. Tartrito acidulo de potassa onças seis. Dissolução de nitrato de mercúrio onça huma. Dissolva-se o tartrito de potassa em sufficieute quan- tidade de água : juntão se as du»s dissoluções , era que ha huma duplicada deco oposição ; o alkali do nitrato sepa- ra-se deile paia se unir com o acjdp nitrico, e o mer- cúrio ficando livre precipita-se com o ácido tartaroso , que se guardará sob.e bum filtro, e lave se em muitas águas para o uso. Este tartrito usa-se como antevenereo. A dose he de dois grãos até hum escropulo, e mais. 105 pHAR*tACOPEA §. VI. Tartrito de fe*ro secco , oi* bolos marciais. R. Tartrito acidulo de potassa Liroalba de fe-ro porpbirizada partes tfftme*.' Metta se tudo en hum vaso de barro; junte-se lhe quantidade sufôeient© de aguardente até formar hum polme e^esso : deixa-se evaporar a aguardente , e pulveriza*se a maieria para lhe juntar outra nova quantidade, • que «e repetirá atè qu6 a m «teria fique ten^z, e pegajosa , e eutã» se formarão bolos, que se deixarão secoar. Esto tartrito he tônico e vnlnersr-1© ; usa-se nas obs- trucções , na* rachites , nas cores pallidas. A dose he d« dez grãos até huma oitava. No externo usa-se nas contusões recentes . para cica- trizar as ulceras antigas. A dose he de meia oitava até duas em seis onças de espirita de vinho braudo. §. VII. Tartrito de peênssa antimoniad» , ou emetico. R. Oxyde vitrea de antimonio bem tisaos* rarente , e porphirizada ; Tartrito actda- o de potassa partes iguaes. Faz se ferver tudo em água até que o tartrito este». ja satura Io; filtras3, e faz-se evaporar a calor baado , e pelo repouso se obtém crystaes de tartrito antimoniado. Decanta se o licor, « faz-se evHporar , e torna a depositar novos crystaes. A agna , qoe resta oon»ém enxofre, tar- trito de potassa , e eerta quantidade de enxofre alkadno antimoniado. Este tartrito be e netico , resolvente, laxan- te , di*phore*t>k>o, diuretico, e antepasmodloo. Usa-*e nas febres bidowan , pútrida*, maligna*, i ater uni t tentes-, na éry- senter-irt pútrida , biliosa, no oatarrho soffocatlvo, e no veneno; ue a intieação requer em-etioo , nas obstrueçõei d*s visoeras, na t?acó«xia . u-a tos, téradas. A sua dose comoemetico , e para crianças de hum an- uo he da quarta parte de hum grão atè meio grão ;. para crianças de dois, ou três annos de meio grão até bum; para crianças de três annos até oito de bum grão até hum e meio ; nos adultos de dois até seis grãos. Advertindo que como alterante deve dar-se em doses men.ores , que aâ que acima lorão dadas: e quando se der como émetico se deve dar âs cr lheres de quarto a quarto de bora vasco- lejando de todas as vezes o vaso, em que estiver. , ----^#-------- CLASSE VIII, Dos Carbonatos. d-:q < §S T Carbonato de potassa, ou alkali fixo de tartaro. R. Tartrito acidulo de potassa Nitrato de potassa em pó parles iguaes. Metta se tudo em hum vaso, op cadiuho, e pegue» «e-lhe fogo com huma braza. O resíduo desta combustão he o carbonato de potassa. Por outro modo : tartaro cru quanto se queira ; po- nho-se em vaso de barro não vidrado , è calcine-se a fo- go vebemente até ficai brauco; forme se lixivia, e filtre- se por papel pardo, evapore se até ficar inteiramente see- co em vaso de ferro bem limpo. Mexa se a massa com buma espátula de ferro para se não pegar. Metta se o sal ainda que üe , em vasos de vidro bem rolhado para qua nao receba humidade. Este carbouato he diuretico ; usa- se ua eólica nephritica , na ischuria por matérias pituito- sas , na ascites, na iuchação do fígado, dobaço ,nus scir- fos das glândulas ioguiuarias, ou axillares, e nos aeci- dentes por venenos ácidos. A dose he de seis grãos até meia oitava. 104 Pharmacopea. §. II. Carbonato de ammoniaco. R. Muriato de ammoniaco e n pò libra huma. Carbonato de potassa , ou Carbona- to de cal bem secca. libra e meia. Metta-se a mistura em huma retorta de barro posta em forno de reverbero ; adapte se à retorta bum tubo, e bum balão de vidro , o qual se lutará com luto graxo ; aquente se a retorta gradualmente até que o fuudo fique vermelho; deixe-se depois esfriar, e deslutando se achará o carbonato no tubo , e balão, o qual se guardará em fras- cos de vidro tapado. Este carbonato he recommendado como sudorifico , fe- brifugo, alexipharmaco , e autesyphlitico, A dose he seis grãos até meia oitava diluído em vehiculo appropriado. §. III. Carbonato de soda. R. De soda, ou barril ba quanta se queira; pize-se; faça- se lixivia ; filtre se , e evapore se até pellicuia; deixe-se esfriar ; juntem-se os crystaes; enxuguem-se sobre papel pardo, e depois de seccos guardem-se em vaso de vidro bem rolhado. A sua virtude be igual ao carbonato de potassa. A dose he de três grãos até meia oitava. §. IV Carbouato de magnezia. R. Sulfato de magnezia libra huma. Agoa libras cinco. Filtre se por papel pardo , e deite- se lhe carbonato de potassa libra huma. Dissolvido em igual quantidade de água- Deite se tu- do em hum filtro, e lave se o precipitado fazendo-o sec- car em estufa. Deste carbonato se pòle obter a magne- zia calcinada, ou pura, do modo seguinte. R. Carbonato de magnezia libras duas. Metta se em hum cadinho a fogo bem forte, e cal- cine-se por duas horas, até uão fazer effervesceooia cora os ácidos. Depois de calcinada guarde se em vaso de vi* dro bem rolhado. Parte II. to$ A magnezia calcinada he hnm poderoso correctivo da disposição, que tem os suecos gástricos a se fazerem áci- dos : muitas vezes a magnezia branca constipa se não a- cha ácido , em lugar de que a magnezia calcinada sem- pre he laxante, e quasi tão apperiente, como dobrada quan- tidade de magnezia não calcinada , e não causa tracheas. He hum poderoso remédio nas affecçõ ?s véntosas pela pro- priedade , que tem de absorver muito ar, e be hum ante- septico muito activo. A mesma propriedade de absorver o ar a faz crer muito útil aos gottosos , que em geral são atormentados de fiatulencias; e se, segundo se julga , ti- rando o ar fixo às pedras humanas, be que as lexivias al- kalinas , e os saes alkalis sao lithontripticos , devemos es- perar que a magnezia calcinada lhes favoreça os boosef. leitos. A dose do carbonato de magnezia he de meia oitava até meia ouça. A dose da magnezia he de hum escropu- lo atè duas oitavas , e mais. § V. Carbonato de ferro, ou açafráo de marte aperitivo. Esta preparação faz-se expondo o ferro ao ar , e pas- sado tempo se cobre de hum pó vermelho, conhecido pe- lo nome de aça'rfio de marte aperiente. Está demons- trado ser o carbonato de ferro, isto he , a verdadeira fer- rugem , que se formou pela absorvição do oxygenio, e do gaz ácido carbônico. Este carbonato tem a mesma virtude,que àoxyde de ferro negro. A dose be igual. CLASSE IX. Dos Sul fure tos. §. I Suffureto ammoniacal, ou licor fumante de Boyle. R. MURIATO de ammooiaco partes duas. Cal viva de enda coisa Enxofre sublimado parle huma Água parles duas. 106 Pharmacopra Meda se tudo em huma retorta ; adapte-se lbe bum reeipKite, e depois de bem lutado com luto graxo , a. qiif»u'e-se a retorta pouco e pouco até não passar mais coisa «lgiii»-.a. Também se prepara fazendo paesir o gaz hydrogenio sulfnrado pelo ammoniaco liquido a;è nlo haver mais ab- solvição, ou até que o ammouiaco esteja beui saturado. Ti-a se o eaz hydrujenu) sulfumdo. das marc-issitas , ou pyiit°s artificiaes, que se compõ ?m chegando ham rolo de enxofre a hum ferro en braza sob e hum va*o cheio de a- gua. Pulveriza-se o sul fure to de feiro,e mette se em hu- ma earrafa ; deita-se lhe ácido muriatico, e por meio de hum tubo se faz communioar a garrafa com hum frasco , em q'ie haja ammoniaco liquido. Este sulfureto he hum deso- xigenante poderoso, optimo remédio em affecções de pei- tp. A dose para pessoas adultas he de três, ou quatio got- tas, dadas três, ou quatro vezes no dia; podemos espe- rar que venha a ser de grande utilidade na Medicina. ■§. II- Sulfureto de magnezia . ou figa do de enxofre magneziano. R. Carbonato de magnezia onças qualr» Enxofre sublimado onça meia. ,-\t!im distillada. libras dez. Mt*tta-,se tudo em hum vaso bem rolba-do , e que nao contenha ar algum ; ponha-se a banho de traria per seis horas, depois íiltra-se, opor huma evaporação espontânea depõe pequenas agulhas crystallinas, que são o verdadeiro sullurtto de magnezia. §. III. Sulfureto aikalino. R. Enxofre em pó. Carbonato de potassa parles iguaes. Áquenta se esta mistura em bum cadinho a fogo bran- do até se deireterem sem inflammação; tire se n cadinho do fogo, <> o liquido se rase em huma pedia tintada com azeite; deixe-se esfriar , e quebre se para guardar em vaso bem tapado. Í)q mesmo medo se faz o sulfureto de baryte, de Parte II. 107, cal , etc. O sulfureto de baryte , e de 03I he recommen- dado n > externo em grande parte da* affecções cutâneas. A dose he de duas oitavas até huma onça para huma cinada de água em fôrma de banho. O sulfureto alkadno tem sido appdcado nas obstruc- ções, adormecimentus , parle/.ia , e affecções de pede, e em casos de veneno. A dose he de seis grãos até meia oi- tava diluído em vehiculo adequado. §. IV . Sulfureto oleoso fixo , ou balsamo de enxofre. R, Enxofre sublimado onças duas. Óleo commum onças oito. Metta-se em hum vaso de vidro , faz se digerir em banho de arêa, e calor capaz de derreter o enxofre ; eoo- serva»se o fogo no mesmo grào atè que o óleo haja ad- quirido huma cor vermelha e-cum ; deixa se esfriar , de- canta-se, e fica o sulfureto oleoso fixo. Usa se'deste sufereto nas ulceras escabiosag» nas affec- ções cutâneas, nas chagas recentes em tumores endure- cidos , gomraas , etc. §• v. Sulfureto de óleo volátil aniziado. R. Enxofre sublimado onças três. Óleo volátil de herva doce onças dez' Metta-se em vaso de vidro a banho de njèa atè sé derreter o enxofre; depois decante-se, e guarde-se para o uso. Do mesmo modo se formão sulfuretos de óleo volátil de terebentina , alambre. §. VI. Sulfureto saponaceo. R. OJeo commum onças qualr». Sabão banco raspado onça meia. Enxofre huma oitava. Meüe se en bum vaso , e a banho de arêa se faz ■ferver esta mistura até que se torne grossa : deixa-se es- friar , e guarda-se para o uso. Este sulfureto he resolven- te , disrnciente. Usa-se em va.ios tumores, e queimaduras. No interno tem-se appdcado nas pessoas envenenadas. A dose he de meia oitava até duas. 101 Pharmacopba. --------#-------- CLASSE X. Dos Nitratos. §. I. Nitrato de prata fundido, ou pedra infernal. R. LlMALHA de prata fina onças quatro. Ácido nitrico puro quanto seja bastante. Dissolva se , filtre-se , e a fogo brando se evapore até ficar secco. Depois de secco metta-se em hum cadinboi assàs grande, e derreta se a fogo brando havendo caute- la em que lhe não caia corpo algum combustível. A ma- téria ao principio incha , e deita buns vapores muito ver- melhos ; depois abaixa, e principia a derreter-se sem va- pores á maneira de óleo negro. Depois deita se em fôr- mas de ferro , que eslejão quentes. Este nitrato usa se no externo para destruir as carnes fungosas das ulceras, e chagas, e queimar as verrugas. §. II. Nitrato de potassa purificado. R. Nitrato de potassa. quanto se queira. Dissolva se em quantidade sufficieute de água ferven- do; filtre se a dissolução por papel pardo , e evapore-se a- té pellicuia ; deponha se em lugar frio para formar crys- taes. O licor restante toma a evaporar-se até pellicuia , • formara novo* crystaes isentos de muriato de soda. Este nitrato dà-secomo refrigerante, diuretico, e antese- ptico , temperaote. Usa se nas febres ardentes , nas bexi- gas, nas hemorragias, na hemoptyses , na menorbagia , na pneumonia ; he nocivo na gonorrhea , mas adequado na inflammação da garganta. A dose he de seis grãos ató hum escropulo ; e na maior dose até ueis oitavas dividi- das em varias vezes no dia. Também se usa em mezinhas, em gargarejos, e fomentações diluído em convenientes vebiculos. ' Parte It. 100 —--------#_-------- CLASSE XI. Dos Sulfatos. §- I. Sulfato de potassa. R. Carbonato de potassa quanto se queira. Dissolva se en dob.*ada quantidade de água. Ácido sulfurico , quanto seja bastante até não fazer effervescen- cia; filtra-se a solução, e depois evapora se até pellicuia para crystallizar : guardem-se os ciystaes para o uso. Como este sal se acha inteiramente formado uos re- slducs de distíllação, e particularmente quando se prepa- ra o ácido nitroso, decompondo o nitrato de potassa pe- Io ácido sulrurico , ninguém toma o dabdho de o fazer. Usa se na hydropesia , cachexia , iclericia , febres Ín- termittentes , e n-is cruezas das primeiras vias. A dose , como apperiente, he de viute grãos atè trio- ta ; como purgante de meia onça até seis oitavas. §. II. Sulfato de soda. R. Carbonato de soda quanto se queira. Ácido sulfurico, quanto baste paraperteita saturação. Depois 6ltre-se,e evapore-seatè pellicuia ; pouh« se a eiys- tallizar em lugar fresco; separem gs os crysiaus , e guar- dera-se para o uso. Este sal também se pôde ebter nos resíduos de dis- filiação ; quaudo se prepara ácido muriatico , e ácido mu- riatico oxygenado, basta dissolver estes resíduos em água queute , filtrar , e evaporar para obter optimos crystaes. Este sulfato he aperiente, incisivo, detergente, esti mulante , resolvente, digestivo, diuretico. Em dose maior be laxante , e purgante. A dose como aperiente, etc. he de meia oitava até do- as; como purgante de meia unça atè onça e meia. m PüARMACOPEA. § III. Sulfato de magnezia depurado. R. Sulfato de magnezia quanto se queira. Água fervendo dose triplicada. Feita a dissolução, faça se evaporar ate cuticula ; ponha-se em lugar trio para formar crystaes , que depois de seccos se guardão para uso. A virtude , e dose deste sulfato he igual ao sulfato de soda. §■ ív- Sulfato de zinco. R. Z nco purificado libra huma. Ácido sulfurico diluído , quanto baste para a solução; Filtie se , e evapore se para fazer a devida ciystal- lizaçâo. Este sulfato he recommendado nas díarrheas crônicas, e na e pile paia. A dose he de hum até Ires grãos no dia , aígumai vezes se tem appdcado como emetico na dose de doze grãos atè hum escropulo ; porém o seu uso mais seguro. he no externo em fôrma de colyrio nas anginas sorosas, e nas aphtas. A dose para colyrio he de meia oitava diluído era doze ouças de água distitlada. 4. v. Sulfato de cobre ammoniacal. R. Sulfato de cobre onças Ires. Água fervendo onças nove. Di s >lva se , e à dissolução se junte pouco e pouco de alkali ammoniaco fluido quando haste para que o co- bre se junte , e inteiramente se torne a dissolver formaü- do hum licor cinzento. Filtre se , e evapore-se em vasa chato, e pouco fundo com fogo muito brando até ficar secco. O- pedaços ainda queutes devem reduzir-se h pó , e guardald> em vaso bem tapado. Esta preparação também se pôde fazer com grande promptidão. triturando em hum gral de vidro duas partes de sulfato de cobre c >m três de carbonato de ammoniaco •té cessar todo o movimento , e se forme huma massa Parte IT. 111 taniforme. para o que se lhe deitará alguma gotta de água em quanto se tritura. Esta mas«a envolve se em papel pardo, secca-se , e guarda se em vaso bem tapado. E-te sulfato he tônico, corroboraute , antespasmodi- •o. Usa se na epilepsia , nas doenças de nervos , atonia , bysterismo , nos espasmos , convulsões. A dose he de meio grão até hum escropulo unido a «ufficiente quantidade de miolo de pão , para formar pu- lulas. i VI. Sulfato de ferro. R. Limalha de ferro Ubra huma. Ácido sulfurico concentrado libra e meia. Água ler vendo /í0. quatro. Mexa se com cautèlla ; digira-se em cilor brando por vinte e quatro hcas agitando o por varias vezes ; filtre- ■e depois por papel ; evapore se até pellicuia para formar crystaes ; decante-se o licor , torn? a evaporar se para novos crystaes , que dep >i.s de seccos se guardnràÕ. Este sulfato recommeuda se como tônico , corroborfln- te. adstringente. Usas»» nas Iombrigas , na cachexia , na dysenteria, no vieio do menstruo ,/ua bydropesia depois da evacuação da água, na rachites, nas obstrucções das vísceras, ua atonia, nas febre* Íntermittentes, hypoeon- dria , hemorroides, atrophia. No ex'e> no he b » n nas hemorragias. A do?e he de grãos qua ro , ou cinco para Crianças ; para os adultos he de vinte grãos ate meia •itava. --------#------- CLASSE XII. Dos Arrobes, i I- Arrobe ante syphtitico. R. Salsa parrilba Raiz de canna de alagoa Guayaco raspado Sene Quina onças trinta. onças t- tnt a onças oito. onças três. onças quatro. 113 Pharmaoopea Ferva-se tudo em dezoito libras d'agua por espaço dê meia hora; passa se o licor por bum p^nno , e o resíduo torna a ferver se em nove libras d'agiva por espaço de huma hora , passar se-ha novamente ,1" . , u Hbra huma. Coza se tudo a fogo bran Io , e fâÇa.S0 eraporar aW cousiiteeeia de arrobe. E*te arrobe promove a tianspi- Parte H. 115 ração, tj.ia te na bjdropezia, nas febres, no rbeumatis-r ijoo , etc. A dose be de huma onça ate duas. Do mesmo modo se faa o arrobe de amoras , o qual se usa nas affecções da garganta, bocca , e lin^ua, e nas excoriações , e tem a mesma dose. CLASSE XIII. Dos Xanopes* k- I. Xarope de quina. R. Quina confusa onças três. Vinho tiutp generosa libras duas. Ponha-se de infusão por dois dias em, vàs » tapado , depois coe-se, e guaçd** se com o nowe de primeira tintura. O resíduo desta primeira tintura põ?-se a ferver em quantidade sufficieate d'agoa; esprema se muito bem , e eoe-se para clarificar. Deite-se lhe de assucar libras três; ferva-se até ficar mais grosso que xarope , e por fim junta- se lhe a primeira tintura , e passada buma leve fervura ti- rerse do Lume , e guarde-se. Este xarope he tônico , estomatico , antefebril. A do- se nos adultos be de meia onça até. duas , para crianças de buma oitava até quatro. §.II. Xarope expectorante . ou Xarope de ammoniaco. R. Raiz de Polygala virginiana coptusa onças Ires. Água pura l*for. quatrç. Ponha-se de infusão em lugar quente por doze horas ; depois ferva-se até ficar na terça parte ; eoe se, e dissol- va-se ; de gomma ammoniaco onças três* Assucar puro libras duas. Mel despumado libras duas. Forme-se xarope juntando, lhe por fim jà fpio de alkool de canella on$a huma. Este xarope he expectorante , resclveale •;. usa-se nas 114 PHARMAOOPEA affecções pltuitosas inveteradas do peito , na asthma , ia viscoridade do muco procedida de pituita crassa , e lenta. A dose he de meia onça até duas. *. III. Xarope de chicorea com rhuibarbo. R. Rhuibaibo encolhido , e contuso onças seis. Infunda-seem água fervendo. Dei- libras treS. Xe-se em diges'ão p< r doze horas ; coe se , e torne a juntar ao re-iduo a mesma quantidade d'agoa ferven- do ; e passado o mesmo tempo de digestão coe se ; e doois raiz de chicorea , ou tarrax-icão libr. huma. Ferva se em quatro libras d'agua , eà coadura ainda fervendo se ajuntem os re idn< s de rhuibaibo , ferva se bum pouco, coe se , e se lhe jun ará a segunia tintura, depois s*ms lib'as de assucar. Clarifique-se o licor , e evapore se atè a consistência de xarope hun tanto denso, ao que depois se juntará a primeira tintura , e feita a convenieute mistura se guardará. Este xarope he hum dos remédios mais estimaveis em razão de ser hum porg&nte , que não debilita antes corrobo- ra , couio também pela summa conveniência , e utilidade, que deile recebem as crianças logo de-de que nascem. A doso para as crianças be de huma oitava até duas; J e para adultos he de buma onça atè duas. §. IV. Xarope simples. R. Assucar puro Agnapura partes iguaes. Deite -e lhe algumas ckras d^> ovos em proporção da quantidade ; batão-se muito bem .clarifique se e coza-se até consistência de xarope. I- v. Xarope de Althea. R. Raiz de althea lavada, e rachada en pequenas paites onças quatro. Xarope commum libras quatro. partü 11; ns Ferva.se a fogo brando até ficar em consistência de Xarope denso ; coese , e guarde-se. Este Xarope adoça os humores acres , que caução a tosse ; he expectorante ; promove as ourinas , e modera as dores dos rins. A dose he de mtia ouça até duas. §. VI. Xarope de meconium , ou diaCodium. R. Xarope commum libra huma. Ópio puro dissolvido em aguar- dente gr"os seis. Este xarope he hum calmante muito mais seguro , que aqnelle feito de cabeças de papoulas brancas ; he sopo- rifero brando , e convém em todos os casos , em que seja necessário calmar dores internas , eu externas. A dóie be de huma oitava até huma cnça , e mais. §. VII. Xarnpe de ca.\ca de laranja. R. Amnrello de casca de laranja muito subtil onças três. Xarope commum . libras duas. Ferva-se a fogo brando em vaso de birro tapado por espaço de cinco a seis minutos ; ponha-se a esfriar , e coado se guardará. Do mesmo modo se podem fazer xaropes de casca de cidra, e de limão. Estes xaropes são tônicos , anteseptioos, corioboian- tes. A dose he de huma onça até duas. §. VIII. Xarope de espinha cervina. R. C,umo das bagas maduras úe espinha cervina depurado libras duas. Assucar branco libras duas. Este xarope he catbartico , diuretico , laxante, e faz evacuar as sorozidades ; be útil na bydropezia , na cache- xia , etc. A dose he de meia onça até duas. iti PQAR**A , teremos o oxymel scyditieo •jrOr meio de lervura. Do mesmo modo se pôde obter o oxymel culchico. Se a buma lib a de mel juntarmos meia lfbra ácido ace- toso, e s is un;us de acetito de cobre, cozendo tudo a- té que o aeeiito de c»bre esteja dissolvido, teremos oxy- mel aceti>o de c do e 01 Ungurnto Eíypciaco. Se jonfarm >s partes iguaes de mel despumado, e de infusão dn ro*iis fer rendo ate coosistenjia de xarope , te- remos tve! msad". O *>xy nel sir.ples be expectorante , diapboretico , diu- retico , tetnperaofe , e anteputrido ; usa se nas febres in- fldmmatorias pútrida* , bHiosas , na tysica , na febre lenta, ■e beciica , ua tosse com rouquidão. A dose he de duas «uô quatro ouças em vehioulo conveniente. 118 Pharmacopea. No externo usa se em gargarejos , e banhos como ai- tephlogistico. O oxymel snyditico he diuretico, expectorante , apt- rieite ; usVse na «stlima , ua tosse chronioa , nas affecçõ- es pituitosas do bote . e do ventriculo ; para destruir os hu- mores crassos , e viscos»s, e na hydropezia. A dose he de doas oitavas até meia onça. O oxymel c ilchico he hydragogo , resolvente , diure- tico ; usa se nas hy Iropesias ; promove a expectoração ; mi- tiga a tosse. A dose he de duas oitavas até huma onça O oximel aceito de cobre, ou unguento egypciaco be detergente, desseccante , e limpa as ulceras sórdidas , e pútridas O mel r >sado he muito conveniente nas ulcerai da bocca , e nas chagas. CLASSE XIV. Das Calaplasmas. §. I. - Cataplasma maturatina. R. Farinha de linhaça onças quatro. Fermento onças duas. Galbano dissolvido em gemma de ovo onça huma. Polpa de figos onças duas. Unguento de bisilicâo onça huma. Azeite quanto òt>te pari formir cataplasma. Usa se para amadurecer os abscesaos , e tumores , em que a sup- puração he leata. §. II. Cataplasma saponacea. R. Miolo de pão ralado onças oito. Sabão branco onça huma. Leite quanto baste para formar cataplasma. U»a #© para resolver tumores frio* , e duros. Cataplasma reQolfetfâ., I?. Semente de linhaça em pó.. opças três. C.umo espesso de cicuta onça. huma. Gomma ammoniaco dissolvida em acetico de chumbo liquido onças duas. Agna commum quanta b>a,st,c para formar cataplasma a fogo brando. Usa se para resolver tumores, glandulosop dos peitos, e nas ulceras cancrosas. §. IV. Cataplasma epispaliça;,, R. Çantaridas em pó oyeas duas. Farinba de trigo onças ires. Ácido acetico quanto baste para formar cataplasma. Esta catapUs-na hç hum optitio Hpigpatieo , qqa se pôde appdcar para os rheumatismos inveterados ? e tumores brajj- ço», arf,ieubu;es. §. V. Cataplasma de Brionia. Ri. Raiz de brionia era pó. onças duas. Macei Ia ofiça hnmçi. Çnjomn-a, galbapo onça meia. Muiiito de ammoniaco oitavas três. C,umo espfsso de cicuta onça meia. Ácido acetoso quanto baste para formar cataplasma. Esta cataplasma he muito bom resolvente para tumo- res scirrbosos , scrophulosos , e articulares. §. VI. Cataplasma anitçsfiplica. R. Quiua em pó. onças duas. Espécies aromaticas onç. huma e meia. Alkool campborico onças duas. A.cido acetoso quanto baste para formar cataplasma, à frio T* Usa se na gangrena bumida , e nas ulceras pútridas. §. Vil C/ntaplfiswa empllieifte , ou p^odinq. jÇ. Miolo de pão ralado. onç. quatro. .Leite lib. huma. \%0 PHARMACOr>EA. Coza-se a fogo brando a ficar em consistência di papas ; tire se do lu ne , e se lhe junte n gemmis de ovos n. ° duas. Aç»frao em pô oit. huma. Misture-se muitos bem para o uso. C >nvem para a- brandar os tu-nores inflanmatorios , e duros, e prornover- lhes a suppuração. §. VIII. Cataplasma de mostarda simples. R. Mostarda em pó Miolo de pão partes iguaes. Ácido acet<»ao quanto basto para formar cataplasma. §. IX. Cataplasma de mostarda composfa. R. Mostarda em pó onças duas. Miolo de pão onças duas. Alhos machucados onça meia. Sabão negro onça huma. Ácido acetoso quanto seja necessário; misture se tudo, e fortne cataplasma. Evtas cataplasmas são estimulantes, e convéai em ca. sos de ab\ti vento, e de somnolencia, e era moléstias agu- das para lhes dissipar estes accideutes , e vigorar o pulso. —# CLASSE XV. Dos Gargarejos. §• I. Gargarejo emoliente. R. RAIZ de altbea huma F.gos passados a hum(t Verbaseo onç. huma e meia. £eItt* « ,.. libras duas. Fervesea ficar em libra e meia, cca-se para uso. Esie gagarejo he muito bom noi abscessos da gar- ganta. * Parte II. i£l §. II. Gargarejo ammoniacal. R. Gargarejo em oi dente libra huma. Ammoniaco liquido. oilav. duas. Misture se. Este gargarejo be preferível ao» gargare- jos ácidos em certas moléstias iufl i-oniatoria? da gargan- ta ; elle dissolve , e despega o muco , cuja accu.nulação muitas vezes he incoramoda. .., ..§, IU. Gargarejo adoçante. R. Água distidada de flor de sabugo libra huma. . Gelea de gomma de lebec onça huma. Xarope de. meconio onç. huma e meia. Este gargarejo, he hum dos melhores tópicos no ar- dor da garganta causado por aphtas, ou por buma sali vação abundante , e acrimoniosa. §. IV. Gmrgarejo nitrado. R. Espécies resolutivas onça huma. Faça cozer em água commum para buma libra , coe , ejunte-se-Ihe nitrato de potassa oit. huma. Mel rosado. onça huma. Misture se. Este gargarpjo he muito útil para abbre- viar a resolução da esquinencia ipflaramatoria. §. V. Gargarejo unleseptico. R Quina optima onça huma. Folhas de arruda owça meia. Coza se em água commun libra huma e meia a ficar em libra buma; co•* se , ejunte se-lhe alkool camphoríco oiía-as bu:i a e ueia. Esle gargarejo be muito efficaz na esquinencia ma- ligna , quando appaiecem indícios de gangrena. §. VI Gargarejo adstringente. R. Noz de galha ooutusa oitavas lr*s. T& PBÀRMAtrtttÈA. Casca de romã contou oitavas três. a ^r+uM onç. dezeseis. Água commum "' v Ferva se até ficar em doze oíiçfrs, fcoe, e iuntese lhe sulfato dê ãllumeb oitava huma. Mel rosado «*£* *•""«• Misture-se. He rébornuVeüdadó este gavgafejo para a relaxação dá garganta , é na Incitação das ámygdalas cota pequena inflammação. Gargarejo mercurial. R. Muriato oxygeYladò ue mércUrlò arãos dous. Cnzimèbto de ctettta libra humu. Xarope diacodio onç. huma. Este gargarejo serve para as ulceras venereas da gar- ganta , é bééba , que nfco Cederem ao tratamento mercn- ríal , e aiè para as ulceras , que ficàráo depois de ctiradê o mal veuereo CLASSE XVI. Dás Especíè*. -§. I- Espécies árotnattbàs. R. Cravo A* llotiia útoçà litím*. Canella onça huma. Gengibie branca onça huma. Machuque se , è jante se. Estas 'espécies fervem-ae èrti Vlnhé 'tinto para íomeutações curroborantes. *. II. Êspe&iès resolulivas. R. Marroios onças Ires. Arttfoa onças três. Flor dê sabrigo onçu)t ^s. M«tcella onç. huma. Alfazema 0/lç< huma. Çjcuta . w, onç. Suma. Waéfiüfjue-se , e misture se. Estás espécies servem pa- paia Íomeutações , e cataplasmas resolutivas. PARffc II. 133 §. III. Espécies anodinas. B. Folhas de meimeudío «wç« huma. Flor de sabogo o«ça huma. Cabeças de papoulas brancas onças trws. Açafrão oitavas Ires. Machuque-se, e misturem-se. Servem para Íomeuta- ções anodiuas. §. IV. Espécies vulnerarias. Hypfrrieão Balsamina Arruda onças duas. onças duas. onças duas. Destas expecies se fa7em cozimentos vulnerarios para ■fazer injeeções na* chaga* , e ulceras, e para as limpar. §• v. Espécies febrifugas. R. Quina onça huma. Maceita onça meia. Lo.-na onça meia. Curte se , e masuque-te. Cozem-se em água para me- Einba, -------#_—— CLASSE XVU. Dos Ewpfa*>h>&. i i. Erriplasto eséotnatfeo. R. Cera amarella onça* oito. Incenço em pó onç. quatro Óleo commum onças seis. Derrete se a cera no olèo a calor mode- rado; depois junte se lhe o ineeuço, e quasi a frio se ajunte cravo da índia ein pé onças duas velatil de ortelã pimenta oil. duas. \2i Pharmacopea Mexe se muito l»3m para completar a mistura. Este emplasto applica se à bocca do estômago em debilidade, e ardor desta víscera, nos vômitos; etc. A este emplasto se podem juntar duas oitavas de o- pio para duas onças de emplasto , e então fôrma emplas- to estumaíico opiado. §. II. Emplasto de cant fiar idas , ou vezicatorio. R. Cera amarella onç. dezeseis» Óleo commum onças setle. Termentina onças sette. Depois de derretido , e quasi frio se juntem de cantbaridas em pò subtil onças onze. Misture se muito bem. E-ite emplasto he estimulante, vesicatoiio, irritante, excitante. Este emplasto tem dous u<-os piincipaes. I. Na apoplexia , lethargia , parlezia , etc. quando o calor natural prodigiosamente se acha diminuto. II. Usa se deste emplasto para embaraçar que alguns humores senão fixem , v. g. nos olhos , n.s dentes, etc. §. III. Emplasto commum. R. Óleo commum libras duas. Oxyde de chumbo meio viírificado em pò libra Huma. Faz se ferver juntando lhe de quando ern quando hu- ma pequena porção de água quente , mexendo sempre até que a oxyde esteja ioteirameote unida, e o todo adquira a consistência de emplasto. Este emplasto he emollirnte , resolvente, maturativo, usa-se para «brandar os tumores , e sobre cbagas freòcas para lhe embaraçar o coulacto do ar. §. IV. Emplasto diuchyluo gommado. R. Emplasto commum //6. quatro. Teia amarella onças tre& Termentina onças treft uomma ammoniaco onç quatro. Galb^0 onç. quatro. Parte I*. 125 Dissolvão-se as gommas em quantidade sufficiente de ácido «cetoso ; a dissolução depois de coada coza se atè à consiVencia de mel grosso ; depois junta com a cera , e a ter» bratioa se derreta a fogo braudo , mexendo con- tinuamrnte até consistência de emplasto. E*te emplasto he mais forte que o simples ; usa-se nos tumores especialmente nos das glândulas ; resolve os abs- cessos , quando princípião, ou depois de formadas, e a- b^rtos lhes resolve as durezas; promove a suppuração , e abranda muito. § V. Emplasto de sabão camphorado R. Emplasto commum onças seis. Derretido a brando calor , e mexido continuamente se lhe junte de sabão branco secco, e raspado onças fres. Camphora dissolvida em óleo commum onça meia. Tennentiua oitavas seis. Mistterem se , e formem-se mandaliões. Este emplas- to he emrdliente, residente, usa se para cobrir as ulceras, e feridns, e para resolver os tumores frios, e duros, o nos dericos , quando se conhece dureza nos hypocbondri- os , nos tumoies lácteos dos peitos , e nas contusões, pa- ra amadurecer matérias coaguladas. §.Vl. Emplasto antihysterico , ou fétido, R. Emplasto diachylão gommado libra huma. Assafetida depurada onças duas. Termeuiina onças duas. Semente de comiuhos em pó onça huma. Ole» de alambre onça meia. Misture se muito bem, e faça se emplasto. Este em- plasto convém muito nas affecçOes hystericas. §. VII. Emplasto de labdano. R. Cera amarella libra huma. Rezina amarella cnras duas. Tenneutina onça huma. 125 PHARMAdOPEA Jnntas se liquidem a fogo brando; ca- em se , e mexendo muito bem com es patula se ) .ntç labdano onç. quatf% ^Imeoeíra onça e meia. Travo da Ind^a em pó subtil onça e meia. Balsamo peruvnno onça meia. Uleo expresso de noz moscada »nça mei^. Este emplasto he hum excelleute estomatioo , usa se Ha relaxação, debilidade do estômago, e vísceras.. §. VIU. Emplasto de cicuta. R. Cera amarella libra Huma. Óleo commuin owtç quatro. Misture-se a fogo brando, e tira-re do lume,e quasi írio se junta de çumo es- pesso de cicuta onças ires. Gomma ammoniaco em pò onças seis. Cicuta em pò onç- quatro. Misture exactameute, e forme manlaliõ»s. Usa sç des- te emplasto para resolver tunoe« eirlureeid >s , especial- mente os qae piocedein de vir;»s esor .puuíojo. i IX. Emplasto adhezívo. R. Emplasto comuuui Vbms três. Rez na •, m .rfdla tib^a meia. Te ««eotiua fina **n,tas três. Misture se a fogo braodo. E*te ^mnbuVo seve para con en*r unidos os lábio- das feüi »< , e he preferível à smara erueuta em mudas circnnsiancida, |. X. Emplasto mercttriah R. Emplaco gomuindo jibra ãuma Meieorio extmcto em termentina. onças três Uerreta.se a fogo brando o emplasto, e depois quai Si a rno se junte o mercúrio. Es'e emplasto he excedente para tumores endurecido». principalmente scirrosos, venereos , bobas , troinonas • gânglios. • ■*•«». » Parte II. 121 §. XI. Emplasto de espermacele. R. Óleo de amêndoas doces. libra ãuma* Espermacete onças três. Cera em grumo onças cinco. Depois da tudo derretido a fogo lento; coe se , e fa. case emplasto. Este emplasto convém nos tumores dos peitos , e do- res causadas pela retenção do leite. * — CLASSE XVIII. Dos Linimenlos. §. I. Linimento camphorado. R. Camphora onça huma. Ammoniaco liquido onças três. Alkool arou atico de alfazema onças oito Misture se o dlkool com o alkali, e distillem-se oito onças a fo,o muito brando , e depois dissolva-se a cam- phora. Este linimento he muito próprio, e efficaz para cer- tas dore< locaes especialmente nas da cabeça , que não dependem de buma causa interna. §. II. Linimento volátil. R. Ammoniaco liquido onça meia. Óleo commum onça e meia. Misturem se ambas as coizas em hum vaso tapado ate ficarem bem unidas. Este linimento he recommendado em casos de angina inflammatoca ; também he próprio nas dores do rheuma- tismo. A quantidade do óleo commum deve augmentar se- gundo o etieito, que este tópico produzir sobre a pede. lf$ PtíARMA-OOPEA. §. III. Linimento de ammoniaeo mercurial. R. Mercurio extinto em termentina onça meia. Óleo commum onças duas. Ammouiaco liquido onça meta, Ti i tu rs se o oího cnrrunnra cora o mercúrio extinto, e junte se-lhe depois o ammooibc.», e vascoleje se muito beo). Este linimento he superior a todas as poroadas i»er> curi .es , o seu uso he nas affecções venereas , mordedu- ras de cães damnados , e víboras , e no tétano nascido de causa externa. 5. tV. Linimento anodino opiado. R. Ópio purificado onça meia. Sabão branco raspado onças três. Camphora onça huma. Alkool Itb e meia. Óleo valafil de aKazema viiav. duas, Pouha se em digestão o sabão, e o ópio no alkool por tre» dias; coe se o licor por bum panno; ji;nte se lhe depois a camphora , e o óleo irexoiud.o .muito bem. Este Jiniuaenfo h.« muito alequado ttm esfria duras • e outras afíecyões tópicas: usa se para diminuir, e diâll- par as doies Pôde ^e presc ever no uso interno , na eólica ventosa; a dose he de doze gottas até hum cscropul®.' §- "V- Linimento anteserophuloso > ou estimulante. R. II de boi onças sei*. Óleo de nozes onça huma. Muriato d« soda era pé onça meia. Põe-se tudo a evaporar em banho de maria até ga.- B&ar a c°9S>^eucia de linimento. Este dpUiieuto tem merecido crgdjto nes tumores ei- erophulosos , e edematosos. Partr II. late §. VL Linimento ophtalmico. R. Muriato de mercúrio por precipitação. escrcpulos dois. Oxyde de zinco oitava humx. Binba de porco bem lavada oitavas três. Óleo de ampndoas oitavas duos. Misture se muito bem, e formé-se linimento. U.-a-se este Irai i.ento nas Ínflammações dos olhos , e oputalmía ■orosa. §. VII. Linimento saponaceo , ou balsamo'. R. Sabflo duro raspado óAçaS oito. Camphora 0nç. duas. Alkool Ufa. duaó. Óleo volátil de rosmariinho onç meia. Mistnre-se o sabão com o alkool até estar bem dis- solvido; dppni* junte-se lhe a camphora , e o óleo Volátil; unão se bt»m , e forme se o liuim nto. Este dninento he resoivf>n'e , e discnciente; usa se Das ínflammações . de»locaçõ^s , uas fracturas , nas contu- sões , no punaricio , em vários tumores , nas queimaduras, no rheum»tis:i»o , nas fri«»ir-ít* , e em todas as lesões , era que seja necessaão resolver a inflammação , e a matéria en- tumeeida. §- VIII. Linimento br-mca, ou de espermacete. R. Óleo commum ira de ameudoas onç. quatro. Espermacete onça huma. Cera em grumo onça meia. Derreta se a fogo brando, e faça-Se linimento. E*te kraiménto he muito bom para os beiços $ e peitos greta- dos , e para qoaesqner escoriações. 130 PrjARMACePEA. CL A S S E XIX. Dos Unguenlos. § 1. Unguento de oxyde de zinco. R. Óleo commum libra huma. Oxyde de zinco onças ires.- - Cera branca onç. quatro. Derrete se a cera no óleo commum , e quasi a frio se lhe juuta a oxyde , e forma unguento. O uso deste unguento he nas moléstias de olhos, e particularmente nos casos , em que a vermelhidão pende mais da debilidade que da inflammação activa, §. II, Unguento de resina amarella , ou bazilicão. R. Rezina de pinho amaiella libras quatro. Óleo commum libras quatro. Cera amarella libras três. Misture-se, e derreta-se tudo a fogo brando até cou- sumir a humidade , depois coe se. Este unguento he digestivo , e maturativo, usa se nos tumores inflammatorios , nas ulceras , e dos abscessos. §. 111. Unguento epispatico. R. Ungnento amarello onças sctle. Cantbaridas em pó subtil oit. huma. Misínre se tudo com cuidado a fim de que as cau- tbaridas fiquem bem repartidas. Este ungnento serve para conservar as chagas abertas pelos vezicatorios a fira de continuar a supuração. §. IV. Ungu.nto anodino opiado. R. Óleo commum onças dez. Cera amarella 0nç quatro. °Pio Puro onça huma. Reduza-se o ópio a pó subtil , e se misture cora o Parte II. 131 óleo , e cera , que devem estar derretidos a fogo brando, misture-se tudo , e faça se ungueuto. Usa-se este unguento com grande utilidade nas ulce- ras dolorosas , e igualmente para mitigar as dores das hemorrhoides. Também se augmeuta a torça deste unguento juntaodo-lhe huma oitava de camphora para duas onças de unguento. § v. Unguento de acetito de cobre. R. Unguento amarello onças quinze. Acetito de cobre onça huma. Misture se , e forme unguento. Este unguento he preferível àquelle , de que já fadamos no §. XIV. da Classe XIII. Convém pira limpar as ulceras sórdidas, e para cobibir as carnes fungosas, e nas ulceras, em que a suppuração he conservada pela atonia das partes. Tam- bém amolecido com huma conveniente proporção de banha serve nas ophtalmias escropiiulosas > era que as palpebias são especialmente affectadas §. VI. Unguento de oxyde de mercúrio rubro por ácido ni- trico. R. Oxyde de mercúrio rubro poi áci- do nitrico em pò sublil grãos vinte e cinco. Tutia preparada gnos quinze. Camphora dissolvida era alkool gríos a ei*. Acetito de chumbo grãi s quatro. Banha de porco oitava e meia. Misture.se muito bem. Este ungueuto he muito útil nos casos de ophtalmia * em que as palpebras são affecta- das. Toca se com elle muito ao deleve as bordas das palpebras A uoite ao recolher. §. VII. Unguento nervino. R. Sebo de carneiro onças oito. Óleo de baga de loiro expresso lib. huma. Óleo volátil de terebentina onç. huma. Camphora onç. duas. Óleo volátil de alatubre onça meia. 13* PflAltlàACoPEA Havendo primeiro derretido o cebo-no óleo de lonre a fogo bando junte se quasi a frio a camphora, e os o- Jeos voláteis, e misture-se tudo multo bem. E-ne unguento he hora tópico quente , e estimulante que ate certo ponto pôde restabelecer o sentimento , e mo1- vimen;» aos membros paralitieos ; a sua applicação d»;v« ser acompanhada de fricções , que neste caso ajudão muito. Ç. VIII. Unguento de enxofre. R Enxofre sublimado onças quatro. Muriato de soda em pò' subtil- onças duas. Banha de porco libra huma. Óleo volátil dealfazema oitava huma. Mistnie se tndo muito bem, e f3ça-se unguento. Es* te unguento he muito bom para a sarna. Untão-se «* pal- mas das mãos, e as juntas. A dose he de huma até duas oitavas duas vevzes no dia, §. IX. Unguento citrino. R. Mercúrio purificado onça huma. Aoido nitrico onças duas'. Banha de porco. libra huma. Dissolva se o mercúrio' no acído nitrieò a banho do aréa , e depois em parte separada derrete-se a banha , e se lhe deita em cima a dissolução do mercúrio;- quando ella vai a esfriar , mexe >e mudo bem. Este unguento he bom nas moléstias de pelle. § X. Unguenio de gomma elemi. R. Rezina ele ni libra e* meia. Terebentina libra e meia. Cebo preparado libras duas. B.raha de porco libra huma. Derreta se tudo a fogo brando ; coe se , e deixe se es- friar- : be útil para suppurar , e cicatrizar as chaga*, Parte li. jgg é. XI Unguento vermifugo. R. Banha -de poreo libra huma. Azebar em pò >ubtil onça e meia. Fel de bui espesso onças Ires. Misture se, e forme unguento. Este unguento he útil nas Iombrigas tanto nas ciiauçae , como nos aduJtos: o uso be fomentando o ventre varias vezes até pruduzir evacuação. Também serre para as pessoas , que nao po- d«m tomar remédios purgantes; convém na bydropezia. Igualmente pôde substituir se ao unguento de arthanita. §. XII Unguento acetito de chumbo > ou saturnino. R. Acetito de chumbo em pó onça huma. Banha Hb, e ti,eia. Misture-se , e forme-ee unguento. Este unguento he refrigerante , e dessecante. §. XIII. Unguento mercurial. R. Mercúrio purificado libra meia. Terebentina onças duas. Banha de porco libra huma. Cera branca onças ires. Triture-ae exactamente o mercúrio com a terebentina «m gral de pedra; depois derreta se a banha , e cera a fogo brando , e quasi a trio se lhe junte a trituração do mercúrio mexendo muito bem. Este unguento serve uas moléstias venereas nao co- mo tópico , porém como meio de introduzir o mercúrio co systema. Se a huma onça deste unguento juntarmos meia oi- tava de camphora, obteremos hum unguento mercurial cara- phorado. §. XIV. • Unguento de muriato mercurial por precipitae&o. R. Muriato de mercúrio por precipita- ção oitavas duas. Acetito de «bumbo oitava meia. Camphora escropul. dois. 134 PmAiRMAoopêa Manteiga de porco preparada onças três. ^ Óleo volátil de vergamota golas uezeseiê. Misture-se exactamente , e forme-se uneuentu. liste unguento he muito útil uas affecções cutâneas. §. XV. Unguento de oxyde de chumbo branco por áci- do acetoso. R Oxyde de chumbo branco por ácido acetoso onças oito' Banha de porco Hb huma. Derreta se a fogo brando a banha , e se mexa omito bem atè ficar 'rio. E necociana , ou oiaua libra huma. Banha de porco libra huma. Cortem-se as folhí-s da necociana em pequenos peda- ços ; deitão se em huma bacia com a banha: aquenta se a mistura a fogo brando para lhe diturem se os muriatos era gral de vidro com huma pequena quantidade d' água ; junte se depois banha de porco tu;a liu»ia ; triture se novamente por hum quarto de hora, e tor* Ceroto de diapalma libra meia. Misture-se exactamente, e faça se ceroto. Este ceroto produz optimos effeitos nas ulceras escro- phulosas , fixas , e phagedenicas , etc. § V. Ceroto saponace». R. Emplasto de sabão libra huma. Óleo commum onç. quatro. Derreta-se tudo a fogo brando , e faça-se ceroto. Es- te ceroto he muito conveoieute nas fracturas , e nas ul- ceras. --------#-------- CLASSE XXII Dos fós. §. 1. Pôs diaphoretiços , ou de Dovter. R. Opio purificado em pé escropulo hum. Ipecacuanha escropulo hum. Valeriaua silvestre em pó oitavas três. Misturem se, e triUuem se muito bem até ficar em pò subtidssimo. Estes pós sSo Tecommendados nas ínflammações lo- caes, acompanhadas de grande calor , e tensão; usão-se na tosse, e uas aflrcções cathanae», nas febres, no rheu- matismo , etc A dose he cinco grãos, atè dozs , e mais gradualmente. Parte II. ISA §. II. Pós antimoniaes , ou de james. R. Oxyde branca de antimonio oitava huma. Taitrito de potassa antimoniado em pó eubtil grãos dous Muriato de mercúrio doce grtos sei* Misture-se exactamente , e formem-se pó» subtilissi- mos. Estes pòs são recommendados nas febres , nas bexi- gas, no sarampo , nas aftécções do peito, nas obstruoçÕ> es , etc. A dose he de meio grão para crianças, ate dous; nos adultos de dous grãos até seis, e mais, gradualmente como alterante. A camphora , e o nitrato de potassa angmentão a ef ficacia destes pós. §. III. Pós antecancrosos, ou antulcerosos. R. Oxyde de arsênico oitava meia. Suigue de drago onça meia. Sulfureto de mercúrio onça huma. Misture-se tudo exactamente , e formem-se pós sub- tilissimos Usâo se estes pós nas ulceras , e cancros em fôrma de linimento uuido a huma porção de água. §. IV. Pós antesepticos. R. Quina em pô subul onças três. Pós aromaticos onça huma. Camphora tidurada cora alkool onça e meia. Misture se muito b^m , e taçaose pós. Esstes pós dei- tão se nas ulceras, feridas, e chagas, que tem partes ganga nosas. § V. Pé* de sulfato de allumen compostos. R. Sulfato de allmvtn calcinado onça meia. Oxyde de mercúrio rubro pelo ácido nit>ico onça meia. Misture se exaetamente , e fórmemse pós subtilissimoss 140 PHARMAflOPEA Estes pós servem para destruir as carnes supérflua» nas ulceras callosas , e fungosas. §. VI. Pó* de acetito de cobre compostos. R. Acetito de cobre oitavas duas. Muriato de mercúrio doce oitavas duas. Camphora humedecida com alkool oitava meia. Misturem se exactamente , e tórmem-se pós subtilis- SlUioe. Estes pòs são muito úteis nos cancros , e chagas sórdidas , e nas ulceras pulverizando trabtilmente. §. Vil. Pós de muriato de mercúrio doce opiados. R. Muriato de mercúrio doce onça meia. Ópio em pó onça meia. .Misture.se be o . e formem-se pós subtilissiraos. Es- tes pós í-úo de muito proveito para remediar a atonia das chagas antigas, ulceras , e cancr°s, concorrendo com grande foiça para a melhoiia , e dissipação das dores. § VIII. Pós antescorbuticos. R. Quina em pó sub il onça huma. Ácido tartaroso onça meia. Muriato de ammoniaco oitav. huma. Sangue de drago oitavas três. Mirrha em pó oitavas Ires. Óleo volátil de cravo gottas doze. Misture-se exactamente, e formem se pòs subtiüssi- rnos. Estes pós são muito úteis para o escoibuto da bocca , corroborando, e firmando os dentes abalados , para impe- dir a fluxão esoorbutica das geogivas ; igualmente limpa os dentes tirando-lhes o muco tartaroso. §. IX. Pós antepasmódicos. R. Raiz de valeriana silvestre era pó subtil oitava huma. Parte II. 141 Almiscar optimo escropul. hum. Camphora hurredecida em alkool. grãos doze. Misture se muito bem , formem se pós subíillissimos. Estes pós são diaphoreticos, antepasmodicos, corro- borantes; usão-se nas convulsões , nas affecções hysteri- c«s , epilépticas , nos symptomas perigosos de lebres tan- to simples como malignas , cimo também nos soluços , es- pasmos , tremores , sobie-s-iltos dos tendões , delírios , an- ciedade , na tosse espasmodica, hydrophobia , etc. etc. A dose para adultos he de hum escropi !o atè meia oitava, e mais; para crianças he de quatro até doze grã. os , e mais. §. X. Pós anthelminticos. R. Semente de tanaceto em pó escropulo meio. Raiz de valeriaua silvestre escropulo meio. Raiz de jalapa escropulo meio. Misture se muito bem. Estes pós são muito aptos para matar os vermes, e-peeialmente as ascarides. A qusntidade acima ditta pôde servir de dose para huma ou duas vezes no dia , .«eerndo a idade, e as cir- cunstancias; quando a dose fôr repetdla algumas vezes no dia, de alguma se deveià tirar a jalapa. Pôde muitas ve- zes a idade da pessoa exigir que a dose dos ingredientes se haja de augmeotar. Não poucas vezes será de proveito juntar a estes pòs huma dose conveniente de muriato de mercúrio doce. Se a es-tes pós juntarmos suíficiente quan- tidade de xarope de chicória composto de modo que fique em consistência de electuario, obterem s o electuario an- thelmiutico. §. XI. Pós de Kino compostos , ou estipticos. R. Gomma kino em pó oitavas duas. Cato em pó oitava e meia. Sulfato de allumen grãos dezesiis. Gengibre branca em pó grãos dezeseis. Misture-se exactamente , e forme pôs. Estes pós são úteis nas hemorragias tanto internss como externas; usão-se nas febres intermitentes, uas diarrheas, que procedem de atonia, ou debilidade, nas hemorragias 142 Pharmaodpea. uterinas , e flores brancas. . j.,ni«,oní* A dose he de seis grãos até doze, e mais gradual mente. .§. XII. Pó* de quina camphorados. g Quina em pó subtil onça meia. ' C,, phora esrrrp hum G. »>oa arábia . '•«'"" duaa- Tritura s» a oanphor*,'1 a »rnrrma arábia ouit*bem, e de ois diote s- a qu na * e -•r^en-sp i.ós subtil-Svsimos. Estfs pôs sao an eínb s.e um^p»*' i 'os ; usâ » se n.g frb e- mali:ir»s, na d.s humoies,no spúac 1»- e rn W^n,'e wdvr.i* put.idas. A dó->e ue de hun e-crop Io ue meia oitava , e mais. | X 111. Pós de òciIíu compost * B S-ulla prep.ir*da . escropu'o* d ns. Pós aromaiicos oitnvns duas. N-tra«o de potas-a oitavas duas. Misture se , e' ior-nem-pe pós. U â »-se estes pôs no catarro .-ufioeativo, e na «gtbma troto bumida cor» o es- pasmodici,na hydro.^i,, n a cacuexia , e ubsuucções das vísceras , e na ischuria. §. XIV. Pó.v alteranles de Vlumer. R. Oxyde de antimonio sul furada , e aílan- ranfada-, e Muriato de mercúrio doce partes iguaes. Triturem-se muito bem em gral de vidro de modo que fiquem pós nâo só subtilissimoe , porém muito iguaes. ^e,->oeis grãos até dezeseis, porém gradu- almente . e lentamente. §. XV. ló* aromaticos. R. Canella pm pó -■< btil onça meia Flor de ii"'/- u>u-c,»da oilav duas. Cravo da índia oitav. duas. Gengibie biunca em pò onças duas. Parte íí. Hs Misture-Sé exacfamente , e fórmem-se pÒS. Estes" pós sào tônicos , estomaticos , e curroboranfes. A dósé he de seis gráos até bum escropulo , é mais. §. XVI. Pós antedesyntericos. R. Quina onça meia. Symarrubâ onça meia. ( ;nella onça meia. Gomma árabia onça meia. Ipecaénanha oitav. meia. Li-nalfia de ferro em pò subtil oitav. duas. Misture-se tudo , e fação-se pós snbtilissimos. Etes pós são úteis na diarrhea , e dysenteria , e ato- nia d-^s1 vísceras. A dose he de hum escropulo até huma oitava, e mais. §. XVII, Pés catharlicos , ou de jalapa compostos. R. Raiz de jalapa oitava meid. Tartitro acidulo de potassa oitava meia. Misturem-se, e facão se pós snbtilissimos. Estes pós slo purgãUtes: é esta dose acima pôde augmentarse , ou diminuir-se segundo a idade , ou circunstancias do do- ente. CLASSE XXIII. Das Pillulas. §. I. Pillulas de muriato oxygenado de mercúrio. R. M uri ato oxygenado de mercúrio oitava meia. Muriato de ammoniaco oitava meid. Água distiilada quanta seja bastan- te ; depois jnnte-se-lhe Goraraa ará- bia em pò subtil oitava* dez. 144 Pharmacofea. Misture.se tudo , e forme-se «nassa pillnlar, de oad» oitava da qual se devem fazer vint? e oito pillulas. Estas pílulas applicão-.e nas affecções venereas A dose deve regol r se pelas forças, idade, e cons- tituição , e grào de virulência. §. H. f3il'ulas alterantes de Plumer. R Pós alterantes de Plumer escropulos dois. Gomma rezina de guaiaco escropulo hum. Extracto de cicuta escropulo hum. Mucilage de gomma arábia qunntn baste para formar massa branda , de que se devem f../.er pillulas de dom grãos cada huma. Estas pillulas são alterante , diaphoreticas; usão-se nas obstrucçõas das vísceras , nas affecçOes venereas , e cutâneas. , . . A dose he de três pillulas de m»nhã , e três de tar- de ao principio; depois vão se augmeniando gradualmente até vinte por dia em varias vezes. §. III. Pillulas antepasmodicas, ou excitantes. R. Assafetida oitava meia. Cwtorio oitava huma. Galbano oitana meia' Misture-se tudo exactameute; e com xarope commum forme se massa pulular. Estfs pillulas são antepasmodicas, antesterjcas , e an- th^lminti-HS, para mitigar espasmos, para reprimir acces- sos hysterico- vehementes. A dose destas pillulas, sendo cada huma de tre» grãos , be de três ou quatro de duas a duas ou de três a três horas. Estas pillulas em certos casos são mais efficazes , se se lhe juntarem alguns grãos de ópio. §. IV. Pilulas resolvente». R. Sabão branco. Parte II. 145 Gomma ammoniaco C,umo espesso de cicuta parles iguaes. Xarope commum quanto baste para formar pillulas de dois grãos cada huma. Estas pillulas são resolventes , discucientes; usão-se Uas obstrucções , eserophulas , e nos vícios das glândulas. A dose he de dez pillulas , para se tomarem por du- as ou por três vezes no dia §• v. Pillulas scilliticas , ou estimulantes. R. Gomma ammoniaco escropulos dois. Scida verde em prlpa escropulos dois. Pôs aromaticos escropulo hum. Oxymel scillitico quanto baste para formar massa , a qual se deve repartir em pillulas de dois grãos cada buma. Estas pillulas são resolrentes , aperientes ; usão se nas nas obstrucções das vísceras do abdômen , e nas moléstias mncosas do peito, na asthma hu •» ida , e dores n*purifi- cas , procedidas de pituita , ou arê»s , na ischuria, e dy- suria , bydropesia, ictericia . e lebres quartas. A dose destas pdlulas he de ires ou quatro para to- nar duas ou ties vezes no dia. -# CLASSE XXIV. Dos Eleotuarios. § 1 Electuario ant*pasm dico , ou antepiletico. R. Casca de salgueiro ton pó subiil oitavas seis. Raiz de valeriana silvest»e vitav. duas. Folhas de laranjeira oitav. duas. Sulfato de cobie ammoniacal escrop hum. Mis.u • se tudo ; e com xarope commum lórme-se •lectuario. Este electuario he corroburante, tônico, antepasmo- 146 PrjARMACOPEA. dico; usa-se na epilspsia , em moléstias de nervo* » affeo- ções histéricas, nos espasmos, convulsões f tira a irrita- bilidade dos nervos , e do systema mu-pulur, A dose deste electuario para o interno he de bum» oitava de três a três horas; ou segupdo O caso e?'£ir. Muitas vezes convém juntarlhe alguma, porção da opto, §. U. Electuario antehydropico, ou estimulante. R Pós scilüticos oitavas seis. Casca de salgueiro em pó subtil onça huma. Ácido tartaroso onça meia. Arrobe antescorbutico onç. quatro. Misture-se exactamente, e forme-se electuario? Este electuario he estimulante , e usa-se nas molés- tias hydropicas. A dó.-e he de buma atè duas oitavas para se tomar de duas a duas , ou de três a ti es horas. §. III. Electuario antedysenterico , ou estimulante. R. Casca de symarruba em pó subtil oitavas seis. Cato oitav. duas. Ipecacuanha grãos vinte. Ópio dissolvido em vinho grãos vinte quatro. Xarope de quina quanto biste para formar electuario. Usa-se na dysenteria, na dUrthça, e na debilidade das vísceras do estômago , e do baixo ventre. A dose he de huma oitava para tomar duas ou três vezes no dia, a qual dose se pôde augmeotar segundo as circunstancias. §. IV. Electuario antefebril , ou çorrp»ri era , narcotici; usa ue no espasmo , n> irrdablid ul • , n.s dores, uas he- morra i*s, nis febres intermi.re ites rebeldes, na tysica, na as uma , na d^nça de S. Gui , e em certas molés- tias , que sobrevem à acção do vkus venereo , e do mer- cúrio ; modera os effeitos do mf r^uri» na bocca , e in- testinos ; he n< l na gonorrhea applcado no externo ; usa- se algumas vezes na eólica , no tétano , na mania , algu- mas vezes n i epilepsia , na ododtalgia , na gotta recolhi- da ; não convém na gotta regular,, nem nas Ínflammações. Esta tintara pó ^e substituir se ao laudano liquido. A dose para crianças até cinco annos he de duas até tres gottas , e nos adultos de oito até trinta gottas, e mais fce^uudo as circunstancias. §. II- Tintura de cantharida». R. Cantharidas trituradas onç. htfma1. Espirito de viuho libra huma. Digira-se por três dias , e filtre se. Esta tintura usa- se corno estimulante aore nas moléstias externa* , es>fre^ gando as partes affectas da parlezia , on rheum*atismoj chronico. No interno usa-se nos fluxos mucnsLs , na incontinen- cia das oorin is, que procede da faíta de acção du es- phinter da bexiga. A dose para o interno he de dez , até quarenta got- tas , por duas ou três vezes no dia. Parte II. 151 Tintura falida ammoniacal, ou de castorio composta. R. Castorio onça huma. Assafetida onça huma. Alkool libra huma. Ammoniaco liquido onç. quatro. Macere se por oito dias era vaso bem tapa Io ; coe se , e filtre-se. Se juntarmos huma onça de castorio a buma libra de espirito de viuho, obteremos tintura de castorio sim- pies. Esta tintura convém nas moléstias hy-stericas , espe- cialmente quando são acompanhadas de desoaios , e abat- tiniento. A dose desta tintura he de meio escropulo até meia oitava , e mais em hum vehiculo appropriado. §. IV. Tintura de ferro muriatica. R. Limalha de ferro onças seis. Ácido muriatico i;bra huma. A«kool hbras três Dissüva se a limalha no ácido ; depois juute se-lbe o alkool , e macere-se por três ou quatro dias; coe-se , fil- tre-se; e guarde-se em vaso b*»m rolhado. E-ta tintura convém no fluxo muc so, na dysuria nas. cida do espasmo. A dose he de dez gotta* afé hun escropulo. Ex ternan.ente he útil nos cancros, e para destroçar as veiru- gas , e condylomas. §. V. Tintura de guiaco ammoniacal aromatica, R. Gomma reziua de guiaco om,as quatro. Alkool onç. dezeseis. Ammoniaco liqnido onças oito. Óleo volátil de rosmaninho oitava huma. Macere-se tudo em vaso de vidro por oito dias • coe. se , e filtre-se. Usa se desta tintura na artrites sem grande inflarama- çâo, ou febre, no rheunaatismo chronico. 153 Pharmacopea A dose he de huma oitava até duas, e mais por dia. Se a buma onça e meia de gomma rezina de gufeOO juntarmos meia libra de espirito de viuho , e rmacerarmo* por três ou quatro dias, obteremos tintura dfl g o laço sim- ples. A sua dose he de huma oitava até meia onça. §. VI. Tintura de valeriana amminiaeml aromatica. R. Valeriana íilvestie onças quatror Alkool onças vinte. ■ Ammoniaco liquido ©nca-v oito Óleo vulatil de rosmaninbo oitavas duas. Macere-se tudo por seis dias em vaso tapado ; coe se, e filtre-se. ' Esta tintura he antepaamodica, diaphoretica , emena- goga ; usa se na epilepsia , na emicrania , nas c< nvulsões, parlezia, e affecções histéricas , e irritj.bilidade de nervos. A dose he de meia oitava até .tr^s, e mais. Se juntarmos quatro onças de valeriana silvestre a du« as libras de espirito de vinho, e macerarmos por seis di- as , obteremos tintura de valeriana «simples. A dose he de duas oitavas até meia onça , e mais. §. VII. Tintura aromatica. JR. Pôs aromaticos onças duas Espirito de vinho lib. duas e meia. Maceie se tudo por tvee dii»s ; coe se, e filtre.se. Esta tiutura he tônica, Cj>toma'ica, e corroboraote. A dó-e he de dois escropulos a.é duas oitavas, a mais. §. VIII. Tintura de mirrha. R. Mirrha machucada onças duas. Espirüo de vinho libra huma. Macere se por ties dias , ooe-se , e filtro se. Esta tintura he anteseptica, abstergente, vulneraria ; çojivem nas ulceras pútridas se na carie. Parte II. 153 §. IX. Tintura de euphorbio. R. Enpborbio onfa e meia. Esphito de vinho libra Ruma. Digira se por três dias , e filtre-se. Esta tintura he optima no rneu natismo , na parlesia, e muito etfioaz na carie. §. X. Tintura de almecega. R. Almecega da Iniia onça huma. Espirito de vinho libra huma. Digira-se por três diis , e filtre se. Esta tintura he hum optimo vnlnerario , quanto o« os-os estão à mostra, ou offendidos ; reziste á carie , e c raduz muito para a eu- ca na lezâo d • memb.-anas, tendõas , e ligamenios, ap* placada a inflammação. § XT. Tintura balsamica , ou de balsamo peruviano-. R. Bilsamo peruviano onças duas. Alkool. libra huma. Macere'se por .três dias. k Esta tintura he.optima para a tosse, e uas affecções do peito. A dose he de hum escropulo atè huma oitava, unida a xarope com cr» um.' Externamente serve para curar ulceras , e feridas. § XII. Tintura de beijoim composta, ou balsamo catâolico , ou vulnerario. R. Beijoim onças duas. Balsamo peruviano onças duas. Azebre succotrino onça fíuma. Mirrha onça ânma. Alkool libras três. Di4ira-.se por doze dias, e coe «e Esta tintura he mui- to proveitosa nas effusões do sêmen iuvoluntari ts , n is fe- ridas em partes nervosas , e da cabeça , na carie dos os- sos , e dos dentes. 154 Pharmacopea §. Xlll. Tintura de râuibarbo amarga. R Rbuibarbo machucado onças duas. Raspas de quassia onça meia. Pus aromaticos oitavs. três. Espirito de vinho libras anas. Macere se por seis dias;coese,e filtre se. Esta tin- tura he éstomatica, tônica, corroborante , e purgativa; u-a se em debiddades do estomaeo , nas indigcstões , na* Iombrigas , na relaxação dos intestinos , na eólica ventosa. A dò»e he de meia ouça até huma onça , e mais. §. XIV. Tintura de ópio ammoniacal campRorada. R. Ópio purificado oitava Huma. Ácido benjoico oitava Ruma. Camphora escrop. dois. Alkool /i'6ra Ruma. Ammoniaco liquido onças três. Óleo volátil de erva doce oitava meia. Macere-se tudo por quatro dias;-coe-se, e filtre-se. Esta tintura be útil na tosse, na asthma ; diminue a irritação ; solta o ventre; restabelece a transpiração , e he útil nas tebres. A dose he de meia oitava até duas e meia. § XV. Tintura de quina composta , ou tintura an- tefebril. R. Quina optima contusa onças duas Amarello de casca de laranja azeda onça meia. Serpêntaria virginiana onça meia. Espirito d.» vinho lib. duas e meia. 1 Macere se tudo por seis dias ; coe se , e filtre-se. Esta tintura convém não somente nas febres inter» mitteutes, o.»mo nas lentas , nervosas , e pútridas , espe- cial nente quando declioSo; usa se uas obstrucções, era oppressõe» de peito , nas debiddades de estômago, e nervos. A dose he de huma oitava até quatro , iepetida ai- Parte II. i&$ gamas vezes no dia em vehiculo accommodado. §. XVI. . Tintura de azebre , ou tintura sacra. R. Azebre soccotrioo onça huma. Serpentaria virginiana oitav. duas. Pós aromaticos oitav. duas. Espirito de vinho Ub. huma e meia. Macere-se todo por seis dias; coe.se e filtre-se. Esta tintura convém muito a pessoas de temperamen- to fleumatico ; he útil nas Iombrigas, nas febies Íntermitten- tes. A dose he de duas oitavas atè meia onça , e mais. §. XVII. Tintura antescorbulica , ou gengtval balsamica. R. Mirrha onça meia. Gomma kino tínça meia. Gomma laça. Cnça huma. Balsamo peruviano oitav. huma. Espirito de cocblearia Ub huma e meia. Macere se tudo por seis dias; coe-se e filtre-se. Esta tintura convém na laxidão , e hemorragia esoor- butica das gengívas ; também serve na laxidão , e exnl- ceração , que o mercuiio causar nas fauces -------#------- CLASSE XXVII. Dos Pinhos. §. 1. Vinho de ferro chalybiado. R. Limalha de ferro sem ferruge onças duas. Pós aromaticos onça meia. Viuho branco libras duas. Alkool onç. quatro. Macere se por doze dias: coe se , e filtre-se. Este vinho convém na suppressão do menstruo , nas obs- trucções , nas effusões involunturias do sêmen , e na de- 156 Pharmacopea. bilidade de nervos. A dose he de duas oitavas até meia onça por duaa ou três vezes no dia. ' ' - »">'• "■ §. II. •Ml1 "■• Vinho de ipecacuanha. R. Raiz de ipecacuanha e.n pó '*■'* grosso onça huma. Trnho branco bbra huma. AlkrVd "' < nços duas. Mücrese por quatro dias; co*> b -nitrii >; cravem ás pes- soas ddicadas, que uão i^òdein tornar os |.ó- da ipeca- cuanha. : '•'": '" '■ '»»■ As virtudes são igna,ps as qne fic^ío ditas na Cl. I.§. I. A dose he de meia onça ate onça e meia. .>• '.'{■•> ..i \o« ■. . ■> • *>0l >••.,- -■.»•-.. ■:'''■ § in. f inho de oxyde de antimonio snlfurado vitreo, v,?v '•' ' ou vinho imtimonial. JB.vOxyde de antimonio sulfurado ' Sitréé '" ' onça huma. Viuho ' branco libras duas. ","''' Macere se pior oito dias ; coe se , e filtré-se. ' E'-te vinho he muito' útil nas affecçõe* do peito , nas febres inte. mi tentes , nas moléstias de pede , no rheumá- tismo. A dose, oi.mo aderante. he de seis gottas até bum escropulo, e rnais; como Cmèlico de hnma oitava até meia onça. §. IV. Pinho vermifugo , ou de rhuibarbo. R. Rhuibarbo onça huma. Semente contra vermes oitavas "eis. Pós aromaticos » oitavas duas. Vinho branco generoso ubra e meia Alkool onças duas. Maceré-se tudo por quatro dias ; coe-se , e filtre se. Este'vinho be corroboraute , tomco , estomatíco , pnr- gante!, e vermifugo. A dose he de meia onça até onça e meia. Parte II. Wf h. v. Tinho amargo, ou de quina composto. R. Quina optima botttuva onça huma. Amarello de casca de laranja azeda oitavas duas, Pòs aromaticos oitavas duas. Vinho branco /,©,-« e me(a. A-kool t,nças duas. Macere se por quatro dias; coe se, & filtre *e. Este vinho convém na debiMdad«e do estômago*, naft febres intermitentes , na couvaiescença de quaesquer febres, na» màs digestões. A dose he de duas onças atè três ou quatro por dia. §. VI. f inho de didaleira* R. Folhas de dídaleira seccas onça Ruma. Vinho branco generoso onça» vinte. Alkool onç. quatro. Macere-se tudo por quatro dias; coe se . e filtre-se, Este vinho tem sido approva>do uas itydrope^ias , na hemoptises , nos tumoses escrophulosos, ua3 Oícillaçoes do coração , ou palpitações. A sua dose be de meia oitava até três , e rnais. §. V||. Vinho de necociana. R. Folhas de necociana secca owça huma. Vinho br nco onças dez. Alkool onças duas. Maceie s*» por quatro dias; coe-?e. e filtre se. Este vinho tem se Usado na tiy iropezia de peito , nas obsfruocõ s. Ex ernamente be útil nas ulceras , e chagas sórdidas A dose he de gottas doze até buma oitava. 158 Pharmaoopea. CLASSE XXVIII. Dos Vinagres. *• T Do vinagre scillitico, ou ácido acetoso scilUtico. R. SciLbÁ secca COotusa onç, quatro. Ácido acetoso libras duas. Alkool onças duas. Macere-se por seis dias ; coe se ; e filtre se. Este vinagre produz excedentes effeitos nas molestiai causadas por demaziada phleuma viscosa , e espessa , igu- almente na hydropezia para excitar o curso da ourina. A dose he de huma oitava até meia onça. Do mesmo modo se faz o vinagre colchioo , cuja dé- se be igual à piecedente. V 11- Vinagre aromatico , ou ácido acetoso anteseptico. R. Summidades de rosmaninüo onças seis. Folhas de salva onças tre». Flor de alfazema onças três. Cravo da índia oitav. três. Camphora ddsolvida em alkool on*;a meia. Ácido acetoso libras oito. Macere-se por oito dias ; coe-se e filtre-se. Este vinagre be exciUute , e confortativo , e cepbali- co ; usa-se para prevenir o c ntagio esfregando as mão», e rosto, e fazendo-o lei ver pelas cazas. CLASSE XXIX. Los Cozimentos. §. I. Cozimento antefebril, ou de quina composto. R Quin a optima confusa oitavas «sk. Parte II, 169 Serporitaria virgíniana oitavas .trest Canella oitavas três. Agoa commum libra e meia. Ferva se a quina até ficar em onças quatorze ; intuu- da-sé lhe depais a s as oitavas de. alcaçuz. A dose he de quatro onças até seis. §. III. Cozimento de salsaparrilha composto, ou água de Cauper. R. Salsa parrilha cortada; econtusa onç. qualr&. Raiz de salsa horteuse onça, meia. Água commum libras seis. Ferva se até ficar eai libras tre« e meia ; por fira in- fundase lbe de casca de meserião duas oitavas ; depois de frio coe-se; deixe-se assentar. E*te.cozimento he appdcado uas mesmas enfermidades ditas no §. II. desta Classe. A dose he de três atè quatro onças. Muitas vezes nãe deve juntar se.lhe q meserião segundoas circuustaucias. 16* PHARMAeOPEA. §. IV. Cozimento de ponta dé vtado compsslo. R. Raspas de eorno de viado onças duas Água comn-um libras Ires. Ferva se a ficar em libras duas ; coe-se , e dissolva- se na coadura. Gomma arábia oitav. duaê. Assucar onça .\duas. A este cozimento nao deve jun»ar se o miolo de pao, como algumas Pharmacopeas recommendão , pela grande facilidaie, que tem de azedar se. Este cozimento he ut:l nas diarrheas , e era certas affecções de peito: pôde usar-se desta bebida em maior ou u.-euor quantidade. §. V. Cozimento dç cevada. R. Cevada limpa onças duas. Água commum libras duas. Ferva-se a ficar em libra buma; coe-se. Este cozimento pôde servir de bebida ordinária. Se a este cozimento se juntar huma porção de mel, teremos o cozimento, que alguns chamâo peitoral; em lu^ar do mel será muito conveniente juntarlhe algumas vezfs huma porção de alcaçuz. Para ficar mais grato pôde juntar se lhe alguma dose de aoido acetozo , ou de aoido nitricu ; e cha ua se cozimento antephiogístico. Se a treS libras do i« esmo cozimento juntarmos seis oitavas de tar- trito acidulo de potassa , obteremos o cozimento denomi- nado autebydrupico. Em cmo lugar será talvez mais u- til na dita moléstia huna infusão de ba*-as de junipro,a que se junte huna dò^e de oxymel scillitioo , e de aceti- to de potassa. § VI Cozimento de olmo composto. R. Livrilho de oi no onças duas. Hastes de dulcamara onça huma. Alcaçuz onça meia. Água libras três. Ferva se o livrilho de olnao , e a dulcamara a ficar eu Parte II. 16*1 duas libras ; no fio infunda-se o alcaçuz. Este cozimento he muito útil uas affecções cutâneas inveteradas. A dose he de quatro onças até seis, duas ou três vezes no dia. §. VII. Cozimento de malvaisco , ou de althea. R. R»iz de althea secca , corta- da , e contusa onça e meia Água commum libras três. Ferva se a fiear em libras duas; no fira infunda se- lhe de alcaçuz raspado oitavas duas. Este cozimento he muito útil na acrimonia dos hu- mores , na dysenteria , e quando se faz uso do muriato oxygenado de mercúrio, e outras preparações naercuriaes. A dose he de três ou quatro onças para quatru ve- zes no dia --------#----.----> CLASSE XXX. Dos Clysteres h. i- Clyster purgante. R. Cozimento de espécies anodinas libra meia. Electuario lenitivo onça huma. Misture-se. Usa-se nas durezas das fezes , e nas moléstias inflara- anatorias. §. II. Clyster de sulfato de magnezia. R. Sulfato de magnezia onça huma Óleo de linbaça onça huma. Água commum libra meia. Mi-ture-se a água com o sulfato, e depois de dissol- vido junte se-lhe o óleo. Este clyster convém muito nas herniss iucance adas* e naa commoçÕes do cérebro , e nas ascaiides. m PhaRmacopêa Pôde fazer se mais veheriiente juntando lhe hnma ou du- as onças de mel, e muitas Vezes em lugar deagüa com- u um se pôde juntar coz''meoto emo|denie: também, tiãO havendo o sudafp , pôde juntar-Sè três oitavas , ou meia onça de muriato de soda. i III. Clyster anfepasmodico , oü úhtehysteriCò. R. Infusão de macella ont'às oit&. Assafetida dissolvida ern geuàma de ovo òiláv. duas,. Óleo de atfcehriuas Ohça meia,. Misture se , e u*e-se nas affecções bystericas , no es. pasmo, e na debilidade. §. IV. Clyster antesèpticò , oU udútriftgèhte. R. Cozimento de quina simples onças seis. Cato em pó subtil oitáv. tíuui. Misture se. Este clyster he corroborante , e antesè- pticò; usa-se com decidido proveito na laxidão dos in- testinos. Algumas vezes se lhe junta camphora , ou ópio segundo as circunstâncias. §- v. Clystèt tèrmeúlihado. R. Termentina dissolvida em gemma de OVü onça meia,. Cozimento da malvaisco onças oito. Oléo èommum fcrtoçtt meia. Misture-se. Este clyster he antedysen'erico; usa sé ttãs lürribrigai ascarides , e ulceras do inhs:iuo reciò. *. VI. Clyster tniotliênlè. ?■ JL.efte cíe vaca U^rn ,mnm Óleo de liuhaça onçü8 tregi Mistu.e se. Usa so uo letíesráo, ua mflàmrhaçâo dá bexiga e na d» titer». * ° - Pautk II. 1«B e. vil. Clystet aútehemorroidal. R. GeTeà dé gomma lebéc onç. quatro, Oléo dé línbaça onça huma. Misture-se. He muito ntil nas dores das hemorroides, etio tento- mô. §. VIII. Clyster cpiado. B. Cozimento de malvaisco onças oito. Ópio purificada grãos três, Oléo de amenooas íwçà meia. Misto rése. Usa-se nó têtaho, nas dores do vehtré , nas hemor- rhoides. §. IX. Clister estimulante. iR. Cozimento de espécies estimulantes libra yhtíma. Vinho de necociana onça meia. Scilla em pó vil. huma. Misture-se. He irritaüte; usa-se nas commoções do cérebro , é -hérnias incaoceradas. Ás doses dos clystertes devem regu- lar se segundo as forças , idade , e constituição do doente. CLASSE XXXI. Das Aguaç. §. I- Água de cal. R. Cal viva libra huma. Aaua commum libras oito. Mt-xa se muit" bem , e depois de assentar filtre-se. Externai» eme usa se uas ulceras. Internamente dá *e £omo Idhontbnptica; usa-se nas affecções dos rins, e uas jscropholas. A dose he de mela onça atè quatro, e mais. 16*4 PhArmacopea. §. II. Aquas thurmaes , e férreas. Nea limpar as uloeras sórdi- das : também se usa para gastar as manchas da cornea i VIII. Água de acetito de cRumbo. R. Acetito de chumba era dissolução oilatas duas. Espirito de vinho onça meia. A/ua commum libras duas. Misture se. Usa se no ex'.erno contra as ínflammações, e erupçõ- es cutâneas ; calma as dures das partes iuflaroroadas , é ajuda a resolver os eucalb.es. §. IX. Água de sulfato de zinco. R. Sul «ato de zinco grãos seis. Agna commum onças oito. Ácido sulfurico aquoso. gotas doze. Misture se. Esta água usa se era cazos de optalmiA húmida, quan» do a ioftarnmação não *eja considerável- Algemas vezes se lhe podem juntar alguns grãos de camphora dissolvida em alkool,. e'he muito útil para la- var certas nlcera* , especialmente as que laução de si grâflh de quantidade, de pus. CLASSE XXXII. Dos Espíritos. !< I. Espirito de cochlearia. R. Erva cochlearia verde contus* libras sei*. Espirito de vinho libras doze. Atrua commum libras duas. Macere se por vinte quatro hora»; depois distille-sea feg& brando até não passar mais espirito. Parte II. 167 Este espirito he diuretico, cirminativo, anteseptico , antescorbutico ; usa se com gargarejos nas aphtas , nas ul- ceras das gen^iva«. A dose para o interno he de meia oitava até huma diluído em água. i. II. Espirito de alfazema. R. Summidndes de alfazema não secca onça* dozaseis. Espirito de vinho. libra." q»<'tro. Água commnm libra huma Ponha se de infusão por três dias ; e distilk-se ate não passar mais espirito. Este espiiito he tônico, nervino, cephalico , e e te- mático ; usa se na deb lid.ide dos tervos , n;»s par'es p^ra- liticas , nas d^slueações , nas contusões , + na atonia par- cial , nas lesões da cabeça, nas dores rbeumaticas , nas affecçOes hystericas , nas vertigens, e vômitos. A dose he de oito gottas atè doze junto com assu- car , ou água de canella. §. III. Espirito de herva cidreira. Prepara-se como o espirito de alfazema. A virtude , e uso he o mesmo. §. IV. Espirito de vinho camphorado. R. Espirito oe viuho libras duas. ('ampbora onças úiins. Mistitre-se atè a camphora ficar bem dissolvida. Usa-se no externo nas dores rbeumaticas, na parle- zia, nas infl^mmaç-ões , para resolver cs tumores ,para pie- veuir a gaugrena , e suspender-lhe os progressos. Espirito de alecrim , ou água da Rainha de Hungria. R. Summidades floridas de alecrim libras tre*. Espirito de vinho libras sete. Agoa commum libras duas. Macrese por quatro dias; distille se até não passar mais espirito aromatico. 168 Pharmaçopba. Este espirito usa-se nas moléstias hysterícas , na par- lezia, na debilidade , nas contusões » e fracturas. A dose he de meia oitava até duas. §.VI. Espirito de canella. R. Canella optima eontUs* libras duas, Eapdito dê vinho» libras de*. Agoa commum Ub-. quatro. Macere-se por quatro dias; e distille se até não pas sar iouís fc-pirito aromatico; Este espirito he excitaute , estimulante , es4omatiea ; rua se na debilidade > vomjto, e moléstias, que procedem de atonia. A dò*e he de njseia oitava até duas, e mais. i vu. Espirito, de erva cidreira compôstou, Jí. Folhas recentes de erva cidreira libras, três. Bagas de juuipro contusas onç. cinco. Amarello de casca de limão* onç. quatro. Canella optima contusa onças seis. Noz muscada ralada omças duas. Ciavo da Índia onça meia. Espirito de vinho libras doze. Água coram um libs. quatro. lyiaeerevse por quatro dias; e distille se até não pen- sar? ma,S. eapjrito aromatico. Este es^iriito, hef e«Wmatjc© , excitante r ooBrobouante', tonto o • e vuljwsraria » propiio pafa d4wsipan os. vapores. A, dose bi9 de? rnaja, oitava até dous, e mais. §. VIU. Espirito de alfazfma composto. ft, Espirito dft! ajia-zema simples libra Ruma Espirito de canella Cnç quatr». Õleo- volátil de noz muscada oitav. meia. Misture--é tudo. Estp. e,pifitp be epipiíanre:, túnica , «stomajtíoo», ecor- roboraute. Pártè ít. úb _ Ç. IX. Espirito volátil ammoniacal àroniatico. R. Ammoniaco liquido onças Ires. Alkool Itbra meia. Oléo volátil de casca rie litnáo oitv. Ruma. Misture se exactamente. E-fe espirito he hum poderoso tônico , corroborante, estomatioo ; he útil na maior parte das moléstias , que pro- cedem dé debilidade. A dose he de seis gottas atè vinte e quatro , e maisa §. X. Eupirito de vinho , ou aguardente. R. Vinho optimo quanto se queira. Distille-se até que o licor , que sahir uão arda pegaudo- sé-rhe fogo. §. tf. Espirito de vinho rèctificado. R. Espirito de vinho quanto se queira. Distille se a fogo brando até passar a quarta p>irie. Continua se a distíllação, e o resto de espirito, que pas- sar, se guardará em vaso separado. ,u Se o dito espirito de vinho rèctificado novamente sé distillar &fè á terça parte , obteremos o alkool, ou espirito de vinho rectificadissimo. Virtudes, e dose isrual ao que dissemos no §. LXVII. da Classe XVII. da Parte primeira. CLASSE XXXIII. Dos Cumos por expressão > e concentração. A EXPRESSÃO executa-se do modo seguinte. A^ ervas, fructos', e raizes frescas pizão se em gral de pedra , met-, tem se era hum jauno grosso , expreraem-se na imprensa; deixe-se asseutar o çumo; decante sé a parte limpada, ou passa-se por huma manga. Depois junta-se-líie huma quadragessimu parte de alkool ; deita se em hum vaso de )Í0 Pharmacopra Vidro de gargalo comprido, e estreito , e em cima «e lhe deite huma pequena porção de óleo commum ; tape se le- ve inen te. §. II. Para se effeítuar a concentração dos çuraos , deitem- s« pm vasos largos . e a fogo brando se engrossem até à c nostpncia de mel espesso; mexendo continuamente para Que "a. nao queimem. Por este modo sé preparão com o çumo não defecado. Aconit ». Cicuta. Fumaria. Tarraxacão. Mpitnftj:l'(l. I» II i dona. A vj-tule do atônito he impellente, sudorifera, diu- retica ; uvi se no rheu natismo , na artrithes , nas febres iuiertiMeote* , nas hemorragias clirooioas do utero. A *óse be da t*>rça parte de hum grão atè seis gradu- almente, erom muita cautella. A virtu te d'i cicuta he resulveute , reeommenda-*e nos e ner^s , obsíiucções , affecções glaudulaies , nos tumores, nas ulc^rrts , nos testículos schirrosos. A dó» he de meio grão até hum escropulo , e mais graf'iiadí:e.ite. A vit.le da fumaria he corroborante , tônica , aules- tíofbutica ; »-i se uas cachexias , e affecções cutan>ds. A dó-e he de meia oittva até meia onça, e mais gra- dualmente. A virtude do tarraxacão he apppriente , diuretica ; usa- se nas obstrucções do figado , na ictericia , e moléstias , que dependem de debilidade. A dose he de meia oitava até duas, e mais. A virtude do meimendr:» be narcótica , antepasmodi- ca , emenagoga; usa-se na parlezia, nas oscilações do co- ração . na mania, nos tumores duros , e schirrosos, e nas convulsões. A dose he da terça parte de hum grão até seis, e mais gradualmente. A vinui* da bjlla-lona he igual ao meiraeodro. A drô*e he a iiies.na. Parte II. m §. III. C, umos antescorbuticos. R. C,umo de laranja azeda libra e meia. Cochlearia itora e me(at Agriões libras duas. Ácido sulfurico oitavas duas. •Alkool onças quatro. Misturem-se ; e depois de assentar decante se , ou coe se. As virtudes forão ditas no §. II. da Classe XII. A dose he de duas até quatro onças. --------#-------- CLASSE XXXIV. Dos Óleos expressos. §• I. As sementes oleosas pizão se era gral de pedra; met- tem-se em sacco de paono de linho grosso , e põem se na impreusa. Por este modo se preparão os óleos de Amêndoas. de Linhaça. de Uioino. As sementes de ricino primeiro devem ser muito bem de-CH-cadas, e seccas a fogo brando até que se lhe possa th ar bem a película branca. A virtude do óleo de amêndoas he laxante, emolli- eute. A dose be de duas oitavas até huma onça , e mais. O óleo de linhaça be igual ao das amêndoas. A virtude do óleo de ricino he cathartica, laxante antepasmodica; usa se na eólica , diuretica, diaphoretica* sntLeln.itica. A tíóse he de u-eia onça até onça e meia * 172 Pharmac&pea CL A SS E XXXV. * Dos OJeos distillados. §. I. Ofeo de losna. R. Sühmid-ades de losna secca quanta se queira. Água commum quanta baste para a planta nadar oôitt- modan.ente. Macere se por alguns dias ; depois distille-se da mes- ma fôrma que as águas distiladas. Assim se distillão os óleos. de Chamorrila das flores. de Junipro das bagas. de Alfazema d s espigas floridas. de Ortelã pimenta* das folha'. de Oi tela vulgar das folhas. de Canella d i casca. de Rosmaninho das summidades. Observe se que o tempo da macefaçãb varia segundo a natureza das substancias. Em quinto aos óleos voláte- is aromaticos, como de alfazema, e ro-maninho , etb. os quses po^sãu altpraT' se pelo demazirido calor , on pela mace- ração, as substancias , de que se hão de extiahir , devem metter.se em cestos de vi me , e pôr r?e no corpo dtílarn- bique de modo que tties não chegue a água, e sem se- rem maceradas. A virtude dos-óleos' voláteis aromaticos he' estimulan- te, tônica, éstomatica, oarminativa , nervina , excitante, antepasmodica. A dóae he de huma gotta até quatro, e maisgràdii- almente. % Parte II. 173 CLASSE XXXVI. Das Conservas. §. I. Conserva de ortelã vulgar. R. De folhr-s de ortelã vulgar sem pés quanto se queira. Pizem se eu gral de pedra ; e depois de pizadas jun- te se o triplo de seu pezo em assucar limpo; tornera a pizar se ate que tudo fique uniforme. Por este modo se pudera fazer as conservas de Cochlearia. de Fumaria. de Rosas , etc. Observe se que as folhas para a<« conservas não de- vem levar os pés; e as dores não desrem levar os cálices» En quanto ás conservas de casca de laranja , limão, e cid.a deve ralar-se o amarello snbtilmente. §. II. Conserva , ou polpa de tamarindos. R. Tamariodos. quanto se queira. Fervâo se em água até qne a polpa se separe ; passe- ie por huui sedaço , e a fojfo brando Sé evapore até con- sistência de mel espesso; depois junte-se a cada libra seis onças de as?nCar,< Do mesmo modo se fazem a* consertas de ameixas, caunafistula ; e de muitos fructos , e raízes pulposas. --------<#-----=-»- CLASSE XXXVII. Dos Extratos aquesos. k. 1. Extracto de losna. R. Summidades de losna quanto se queira. Coza-se em agoa; esprema se; coe se , e de?xe se em repouao , para que as fezes assentem; depois evapore se a 174 PhArmacopea. banho de maria atè a consistência de extracto. Pelo mesmo modo se preparfto os extracto* de Tarraxacão. de Centaurea menor. de Folhas de trifolio fibrino. de Genciana. de Rbuibarbo. de Calumba. de Marroios. de Saponaiia. de Quacia. §. II. Extracto de quina. R. Quina confusa libra huma. Água commum libras doze. Ferva se por buma ou duas horas; decante se o licor; a casca torne-se a ferver na mesma quantidade de água; e o mesmo se repete atè que o cozimento seja trauspa- rente, quando trio; juntem-se todos os cozimentos; eva- porem-se a fogo brando até consistência conveniente, ha- vendo todo o cuidado de que o extracto se não queime. --------#-------- CLASSE XXXVIII. Dos Extractos gommoso s, e rexinosos. §. I. Extracto de jalapa. R. Jalapa cootusa libras duas. Alkool libras cinco. Digira-se a banho de maria por vinte e quatro ho- ras ; filtre-se ; e sobre o reziduo se lance nova quantida- de dè; alkool ; r*»pita se a mesma operação até que o ai- Jcool hão saia com côr; misturem se as tinturas. O re- ziduo ferve se em novas quantidades de água até não sa- hir com côr; evapore-se a primeda tintura até principiar a engrossar; depois evaporam se ou coziaientos até o mes- mo ponto; misturera-se og licores; e a fogo brando s« reduzão a huma consistência adequada. Parte II. 175 §. II. Extracto de ópio resinoso. Ópio contuso libras duas. Alkool libras seis. Digira-se a calor brando por vinte e quatro horas; oo«-se , e sobre o reziduo se lance novo alkool ; extrí.he- se segunda tintura , e assim se continua até que o alkool não tiie base colorante ; juntem-se as tinturas , e, distil- lem -*e até consistência de extracto rezinoso. Se lançarmos o resíduo em três libras ds água, e a banho de maiia o fizermos digerir por algumas horas, e depois se coar ainda quente com forte expressão , e eva- porarmos a braodo calor até devida consistência obtere- mos , extracto de cpio gommoso. §. III. Extracto catharlico. R. Azeb e onças três. Polpa de coloquiutidag. onça huma. S^amouea onça e meia. I 6s aromaticos oitav. duas. Espirito de \inho brando 7/'6ra huma. Puubão-se as coloquintfdas em digestão por três dias •oe se por expressão, e à tintura se junte o azebre, e es- camonea reduzidos em pó : evapore-se até à consistência de mel espesso , e então se lhes juntem os pós aromati- «os ; misture-se exactamente, e faça se extracto. O extracto de losna he tônico, corroborante , estorna- tico , antbelmiutico , auteebril- A dose be de doze grãos até buma oitava. O extracto de tarraxacão he corroborante , estoraati- ee , antefebiil , desobatruente. A dose be de hum escropulo até huma oitava , e mais. é O extracto de cenlaurea menor em virtude, edose he igual ao de losna. O extracto das folhas de trifolio fibrino he estomati- «o, aute>corbutico , diueieo; usa se nas obstrucções , na hydropezia , uas febres íntermittentes. A' dose he igual à do tarraxacão. ití PHARMACtfPEA. O extracto de genciana em virtude , e dose be igual ao de tarraxacão. -O extracto de rhuibarbo he corroborante, éstOmalico, diurectlcô, laxante, anthelmintico. A dô>e he de seis- grãos até meia oitava , e mais. O extracto de calumba heestómatico, antacitío, ante* septico , antefebril , antedysenterítjo. A dósè be igual â do rbuibarbo. O extracto de matroios he resolvente ; disctieiehte; n. sa-se nas affeòçbéí catbarraes , nas obstrucções , na icte. Vicha. A dose be de búm escropulo até huma oitava , « mais. O extracto de saponatia be tíesòbtftruente , ante vene- reo , anterbeumatico. A dose be de bum escropulo até oitava e meia. O extracto de Acácia hé tônico , conoborante , anthel- mintico , desobstiuente ; usa-se na dyspepsia , rebres ínter- mittentes, e continuas , anorexta , diarr heas, na 'cachexia , na icteTieia , hydropezia , anazarca , e nas affecções de atouia. A dose he grãos sei* até hum escropulo. O extracto de quina be corroborante, antefebril ,an- thelmiutico, antesepticò; usa-se nas febres, na debilidade dos nervos depi is de moléstias ehropicas , nas poluçõe* involuntárias , no rheofnatismo , na tosse , raa tysica , nã gangrena, nas hemorragias» e em todas as moléstias , que provem de atonia. O extracto de jalapa hé purgante , c&thartico , estimu- lante. A dose he de grãos seis até doze , é mais. O extracto de ópio teimoso tem muitas virtudes, que pelo decurso desta obra se tem indicado. A dose he da terça parte de hum grão até dois, e mais gradualmente. O extracto gommoso he de seis grãos até doze , e rnais. O extracto cathattico he drástico , estimulante. A tióse he de doze até hum escropulo , e màfs. ÊARTB 11. J77 CL A SSE XXXIX. Das Misturas. §. T. Mistura antiyotosa volátil. R. Ether sulfurico oitav. duas. Mistura de camphora composta onça huma. Água de ortelã pi nenta onças duas. Assucar oitav. duas. Esta mistura he muito útil nos attaques de gotta re- rooniada. A dose he de duas celherinhas de cha de quarto erd quarto de hora. *. II. Mistura de camphora composta. R. Camphora oitava meia. Alkool nibieo oitavas duas. Infusão de serpentaria onç. quatro. Assucar oitavas duas. Tritura.se a canaphojr«a no alkool , e depois junta se- lhe « resto. Esta mistura he antefebril, e anteputrida; usa se nas febres malignas , na lenta circulação «doa humores. A dose he de huma onça ate duas de seis a seis horas. §. III. Mistura de camphora simples. R. Camphora oi/mm huma. Gomma arábia Onça meia. Assuoar omça huma, Água libra huma. Triture-se a camphora eom algumas gottas de alkool atè estar bem dissolvida; dissolva se a gomma arábia era meia onça de água; triture-se tudo até fioar bem unifor- me; deite-se.lhe pouco a pouco a água, era que .deve já estar dissolvido o assucar , eontinuando sempre a triturar atè que tudo fique bem unido. 1*78 Pharmàcopéa Se era lugar de água lhe juntarmos ácido acetoso , obteremos a mistura acetosa camphorada. Estas misturas são estiraulautes , toníctis , nervinas, an- tesepticas , antepasmodicas; usão se nas affecções hysteri. cas, no rheumatismo , e nas febres malignas. A dose be de meia onça até duas, e mais. §. IV. Mistura diaphoretica. R. Acetito ammoniacal onças duas. Vinho de oxide de antimonio sul furado vitreo oitav. meia. Tintura de ópio eson.p. hum. Assucar < n a meia. Infusão de flores de sabugo libra meia. Misture-se tudo. Esta mistura he muito conveniente nis febres, humo- res, biliosas , continuas, reraittentes , pútridas, e no rheu- matismo. A dose he de huma onça até duas de duas era duas horas. §• V. Mistura mercurial gommosa. R. Oxide negra de mercúrio oitava hvma Mueilatrem de gomma arábia onças duas* Assucar branco onça huma.' Água commum onças sette' Triture-se a oxyde com a mucilagem ; e depois se jun- te o assucar dissolvido na água. Esta mistura he usada nas moléstias venereas , nas Iombrigas, na ophtalmia veoerea , nas chagas da gar- ganta. A dose para o interno he de meia onça até duas, e mais. §. VI. Mistura salina simples. R. Carbonato de potassa oitavas duas, C,omo de limão onças ires: Dissolve.se o carbonato no çumo de limão; e acaba- da a efiervescencia se lhe junte. PARTE II. "' 179' Água de ortelã simples onças quatro. Água de canella simples onças quatro. Xarope commum onça huma. Misture se. Esta misiura be muito útil nos enjôos, modera os vo- tanitos , excita a transpiração, e he optimo remédio nas fe- bres inflammatorias. A dose be de buraa onça até duas , e mais , e não poucas vezes será muito conveniente juntara cada dose qua- tro ou sei» gottas de tintura de ópio. Se a esta mistura juntarmos hum grão , ou dous e ma- is de tartrito de potassa aotimoniado , obteremos huma mis- tura salina eraetica chamada vulgarmente composta. Dá se esta mistura no principio das febres, que não sao acompanhadas de iuflammação local, na uó-e de buma colher de quarto em quarto de hora até produzir edèito. Como alterante deve dar se em doses de tempos a temi pos , v. g. de duas a duas horas. §. VII. Mistura almiscarada. R. Almiscar oitava meia. Assucar onça me>a. Água de canella simples onças duas. Água de ortelã apimeutada onças du«>st Espirito volátil ammoniacal aromatico. oitavas dan* Triture-se o almiscar com o assucar ; juut>nição ji.n»arrni s hnma onça de gomma arábia , oberemos en ulção arábica. Usa-se na dianhea , dy^enterias , nos ardores da ou- lina. Se à dita emulção commum juntarmos huma oitava de alcanfor diss< lvilo em algumas gottas de alkool teremos emulção alcintorada. Usa-se nas febres, na gonorrhea, quando accommet- te com ardores, • moléstia», que- exigem o uso da çam- phofa. 184 Pharmaoopea §. II. Emulção de gomma ammoniaco. R. Gomma ammoniaco em pó oitavas duas. Assucar onça meia. Água commum onças oito. Triture se a gomma até perfeita dissolução ;e depois junte-se-lhe o assucar. Esta emulção he muito ntil na tosse , no catharro , promove a expectoração. A dose he de huma onça até duas por três ou qua- tro vezes no dia. §. III. Emulção cathartica. R. Senne oitavas três. Água commum libra meia. Faça infusão por duas horas a seu tempo, coe-se., e extraha-se emulção de meia onça de pevides , juntando- lhe de assucar branco meia onça. Água de flor de laranja oitavas duas. Misture-se. Esta emulção he muito útil para as pessoas irritaveis, ou que não podem supportar catharticos desagradáveis. CLASSE XL1II. Das Geleas. §. I. Gelea de ponta de Veado. R. RASPA de ponta de Veado onças oito. Água commum , libras seis. Ferva -se a fogo brando em vaso tapado, até que o liquido tome buraa consistência de gelea ; coe-se com for- te expressão ; aiuda quente junte-se lhe de tartrito de po- tassa uuilo a huna clara de ovo grãos seis , assucar bran- co onças quatro; clarifique se , e na acção da fervura junte se-lhe de vinho branco generoso onças duas, coesa por braoqueta , e quasi frio se lhe junte de cume de Parte IT. 185 limão , quanto baste para ficar agradável. Esta gelea he nutriente restaurante; usa-se para cor- rigir a acrimonia dos humores. A dose he de huma onça até duas , e mais. §. II. Gelea de salep. R. Raiz de salep em pò oitavas duas. Água commum onças doze. Assucar onças duas. Ferva se a fogo brando atè adquirir consistência de gelea. Esta gelea he nutriente, restaurante; usa-se nas diar- rheas , dysenterías , para corrigir a acrimonia dos humores. §. III. Gelea de musgo islandico. R. Musgo islaadico onça huma e meia. Água commum quanto baste. Ferva-se por huma hora; coe-se com forte expressão; ponha-se novamente ao lume até adquirir a consistência de gelea , e então se lhe ajunte Assucar branco onça 'huma. Esta gelea he útil na tysica , na tosse , na hemoptises. A dose he de três a quatro onças, e mais. .SSS J NOMENCLATURA. wr CHIMICO-MBD I C A. A AC ET A TOS. Saes formados pela união do vinagre ra- dical com differentes bases. Acetitos*. Saes formados pela união do vinagre dis- tHfcado com differentes bases. Acetito de ammoniaco. Sal acetoso ammoniacal. Es* pirito de minderere. Acetito de cal. Sal acefoso ealcareo. Acetito de cobre. Verdete aeelos© ; veidete crystal- Hsado ; verdete. Acetito de mercúrio. Sal mercurial acetoso; terra foliada mercurial ; sal mercurial antevenereo de Keiser. Acetito de chumbo. Sal de saturno. Acetito de potassa. Terra foliada de tartaro. Acetito de Soda. Terra foliada de alkali fixo de soda; terra foliada mineral. Aoido acetoso. Vinagre; aoido do vinagre. Ácido acetico. Vinagre radical; espirito de venus. Ácido arsênico. Obtido pela distíllação do ácido nitroso, seis partes, sobre cal de arsênico, buma parte. (He veneno muito aetivo ) Ávido benjóico sublimado, Flores de beijoim. Ácido bombyco. Ácido extrahido dos casulos de seda. ( Nao he oonheoido na Medicina. ) Ácido boracico. Sal sedativo de Homberg; Ácido camphorioo. Ácido da camphora, extrabido por mt-io do ácido nitroso distillado sobre' a camphora; elle crystallizai ( He desconhecido na Medicina. ) Ácido carbônico. Ar fixo; acidu .aéreo; ácido roe- phitico ; aoido cretáceo. ( He contrario à respiração ). Ácido citrico. C,umo de limão; ácido de limão. Ando flu*rco. Obtido pela distíllação de partes isruaes de ácido nitroso . e de espatho vitreo ; spatho fu- »iv,el, que agura se charna spatbo» pliospuorico*; flúor 188 Nomenclatura sphatico: fluato decai. ( Não tem prestimo na Medicina y. Ácido formico. Ácido extrahido das formigas por distillaçãu. ( Desconhecido na Medicina , e cujos eflei- tos são para temer ). Ácido galhos o. Extrahe-se da noz de galha , e sus» ceptivel de c ystallizar. Ácido Indico. Ácido de soro de leite. ( He inútil na Medicina ). Ácido lithico. Ácido da pedra da bexiga, obtido pelo resfriamento da agna , eoi que por muito tempo fui fervida a pedra da bexiga (Até agora inútil na Medicina). Ácido malico. Ácido dos frutos. ( Os seus effeitos são desconhecidos na Medicina ). Ácido muriatico oxigenado. Ácido marinho dephlo- gisticado , obtido pela distíllação da magne/.*1 , sobre que se deitou repetidas vezes, e en pequena* doses ácido mari- nho. ( luternamene he prejudicial, ainda na menor dose í externamente he mais ou menos prejudicial ao bufe, por ma- isque se exagere o seu prestimo para puifiiar o ar corrupto). Ácido nitrico. Ácido nitroso; ácido nitroso nao fu- mante ; ácido nitroso dephlogisticado. Ácido nitroso branco. Espirito de nitro ; água forte. Ácido nitroso. Ácido nitroso fumante ; ácido nitroso coucentrado ; ácido nitroso rutilante; ácido nitroso phlogisti- cado. Ácido nitro muriatico. Água regia ; combinação de ácido marinho, e ácido nitroso. Muito prejudicial ua Medicina ). Ácido oxalico. Ácido de azedas ; ácido de assucar; ácido saccharino. Ácido phosphorico. Ácida phosphorico n5o fuminte, extrahido do phosphoro, ( He perigoso na Medicina ). Ácido phosphoreo. Ácido phosohorico fu-n..me ; Áci- do volátil do ptiosphoro. [He perig »so na Medicim]. Ácido prussico. Acilo fxraniJo do azul de Prús- sia, distill-ido com aciio vitriodc ». p*t Nunca se usou na Meiicina , e seu uso he muito para temer. Ácido pyro ligneo. Ácido tirado de madeira per distíllação. ( Não se usa na Medicina ). Chtmico- Medica. 189 Ácido pyromucoso. Ácido extrahido por di«lillaçap de todos os corpos mucosos susceptíveis de fermentação «spirituosa \ He inútil na Medicina]. Ácido cebacico. Ácido cebncico , extrahido da gor- dura por distíllação. ( He inútil na Medicina ). Ácido sacho-lactieo. Ácido do assucar de leite. (He iuitil na Medicina ). : Ácida succinico. SI de alambre. Aoido sulfurico. Aoido vitriolico , óleo de vitriolo. Ácido sulfureo. Ácido sulfuroso volátil; espirito de «uxofre. Árido tartaroso. Ácido de cremor tartaro. "AÍík<>ol. Espirito de vinho. AUuminia. Argilla pura, terra de allumen, base de aliumen Ammoniaco. Alkali volátil. Aroma. Espirito rector ; principio odorifero das plantas. B Raryla. Terra pezada. ( Inútil na Medicina ). .Boruto de ammoniaco. Sal ammoniaco sedativo; borax amnoníacil ; união do sal sedativo com alkid volá- til. (Nao se usa na Medicina). Boralo de potassa. Sal sedativo unido com alkali vegetal. ( Nao está em uso na Medicina ]. lioralo de soda. Borax. Barato de antimonio. Borax de antimonio; s«l se- dativo unido com autimonio. [ Não ««e usa ua Medicina ]. liorato de mercúrio. Sal >edativo ipecuri.il ; sal .se- dativo unido com mercúrio ; borax mercurial. ( He njcivo na Medicina ). Benj latos. Saes formados pela união .do ácido de beijoim com difierentes bases. [ Eates saes não são usados na.Medicina ]. Bombyalos. Saes formados pela união do ácido bom- byco com difierentes bases. ( São desconhecidos na Me- dicina). C, Calorico. Principio infiammavel; principio do caíor: phlogistieo; fluido i^neo; togo principio. Camphoralos. Saes formados pela união do ácido «amphoricu cora differeales bases. ( São desconhecidos ua 196 Nomenclatura Medicina). Corboneo. Carboneo j carvão purê, Carbonatos. Saps formados pela união do aoidé aar, bonico com differentes bases. [São desconhecidos ua Me- dicina ]. Carbonato de alluminia. Leite de lua > terra branca achada nas entranhas da terra argilosa , oombiuttda com o aeido carbônico. ( He inútil na Medioína ). Carbonato de ammoniaco. Alkali volátil aanereto; alkali volatij cretáceo ; sal volátil de Inglaterra. Carbonato de baryta. Sal composto de aoido carbô- nico , e de baryta, ou terra pe«.ada, ( Não se usa na Medicina ). Carbonato de cal. Pedia calcaria; pedra de cal; combinação de terra calcaria com aoido carbônico. ( Hs inútil ua Mediciua ) . Carbonato de feurro. Mina de ferro spathteo. [He inútil na Medicina ] . Carbonato de magnezia. União d» magnezia com ácido carbônico. ( He iqutil na Medicina) , Ca.L Terra calcarea. Cilratos. Saes formados pela combinação de ácida de limão coni diffefenttes bases. [ A aaaior parta desconhe- cida na Medicina). Ether muriatico. Ether marinho. Ether nitroso. Ether nitroso. EtRer sulfurico. Ether vitriolioo. F Flualos Saes formados por ácido flu«rieo oomfoina- do com difierentes bases. ( São desconhecidos na Medi- cina ). Formiatos. Saes formados pela combinação do aciu do formiço com dme. entes bases [ São desconhecidos na Medicina). G Gaz ammoniacal. Giz alkalino , gaz alkadno volá- til. (Irrita os bofes). Gaz ácido carbônico. Ar íjxo. (He contrario à res- piração). Ghthico-Mebtca. 191 Gaz ácido muriatico. Gaz ácido marinho. Destroe •no parte os mias nas putridus do ar; poréra causa sempre maior ou menor irritação 009 bofes. Gaz ac.id> muriatico oxygen-ido. Gaz ácido mari- nho dhphiogistiea io. (déde corregir mais ou menos o ar corrupto , \ orem igual oeule irrita os bofes). Gaz ácido sulfurico. Gaz ácido vitriolico. Corrige o ar em certo ponto , mas irrita os b oncbios pulmonares, e angmenta sensivelmente as más qualidades das ulceias dos bofes , e ss ulceras da* partes externas dos corpos. Gaa azote. Gaz nitrogeno. Ar pblogisticado; ar me- pbitico; mofette. (He contrario à respiração) traz âydrogeno. Ar inflammavel. (He contrario á res- piração). Gaz nitroso. Gaz nitroso. (Prejudicial à respira- ção ) G tz oxyjeno. Gaz oxy reno. Ar vital. Os Chimicos affirmao que este gaz he o uuieo próprio á respiração ,e uni- c ?1 eu c ív. füfterentes bases. (Ainda não estão em uso na Medicina). Molybdatos. Saes formados pela combinação do a- cido molybdico com diífeientes bases. (São desconhecido* na Medicina) Muriatos. Saes formados pela combinação do ácido marinho com difierentes base*. Muriato de ammoniaco. Sal ammoniaco. Mdtriato de antimonio. Sal marinho de antimonio. (He '.-mito perigoso na Medicim) Mini.to de antimonio fumante. Manteiga de an- timcciw, Muriato de prata. Lua cornea : prata cornea. (He vc.er., e n!-. s<-- u^a na Medicini). Muriato :'e arsênico sublimado. Manteiga dearse- li.c-j. í He veueii <|. J;i'riviío de bcrylu. Sal marinho de baryta. [O seu u.so iutuuo i-e nniuo perigoso]. iVuri '■-> de bismutho. Sal marinho de bismutho. [He tif.soonüiceidu í.a Mi uicina , e su uso para temer], Murir.lv Ue bismutho sublimado. Manteiga de bis- mutlio. (He veutuo). Muriato de cal. Sal marinho calcareo ; sal marinho tom bas i ter.ea; água mãi. (üe inútil na Medicina^). Muriato de cobalto. Tinta sympatbica. [ He inútil, e perigoso na Mediciua). Muriato de cobre. Sal marinho encobrado. [He ve- neno], Muriato de cobre ammoniacal sublimado. Florei ammcniacaes encobradas. [He veneno]. Muriato de estanho. Sal de jupiter. [He veneno]. Muriato de estanho concreto. Estanho corneo; man- teiga de estanho solida. [ He veneno]. Muriato de estanho fumante. Licor fumante deLi- bavio. (He veneno). Muriato de ferro. Sal marinho de ferro. (Não tem uso na Medicina). Muriato de ferro ammoniacal sublimado, Flortt Chimico Medica. 193 ammoniaca«»8 marciaes. Muriato de magnezia. Sal marinho cora base de magnezia; sal de Empsoro marinho, sal mariuho com ba- se de sal de Erapsom. ( He inútil na Medicina). Muriato de mercúrio corrosivo: muriato sobre oxy- genado de mercúrio. Sublimado corrosivo. Muriato de mercúrio dice. Mercúrio d-íce. Muriato de mercúrio doce sublimado A oi!a alba. Muriato de mercurii , e de ammonitco. Sal aie-n- broth. [He inútil na Medicina). Muriato de mercúrio por precipitarão. Sai iy.j.?í- nho mercurial ; precipitado branoo. Muriato de chumbo. Chu nbo corneo. (He venraojf. Muriato de potassa. Sal teb-ifugo de Silvio. Muriato de soda. Sal marinho. N Nitratos. Sae* formados pela combinação do espiri- to de nitro com differentes bises. Nitrato de allumini. Nitro ar-rüloso ; aliumeu ni- troso. (He desconhecido na M >dicin •]. Nitrato de ammoniaco. Nitro ammoniacil; sal am- moniacal nitro o. [He desconhecido na Medicina]. Nitrato de prata. Nitro de prata ; crystaes de lua. Nitrato de prata derretida. Pedra infernal. Nitrato debaryta. Nitrato de terra pezada. (He inú- til ; e prejudicial na Medicina). Nitrato de ferro Nitro de ferro; nitro marcial. [He desconhecido na Medicina). Nitrato de magnezia. Nitro de magnezia , nitro ma- gneziio ». [He descon!i°oido oa Medicina]. Nitrato de mercúrio. Sal nitroso mercurial. (He pe- rigoso na Medicina). Nitrato de potassa. Nitro; salitre. Nitrato de soda. Nitro cúbico ; nitro rhomboidal. [He desconhecido na Medicina]. Nitricjs. Saes formados pela combinação do ácido nitroso fumante, ou concentrado cora differentes bases. O Oxalatos. Saes for nados pela combinação do ácido de azedas com differentes ba,es. [Peli maior parte desço- m NbMEKCLAttmA nhecidos na Medicina] Oxalato acidulo de potassa. Sal d> acedas. Oxalato de mercúrio. Sal de azedas netcurlal. (H* desconhecido na Medicin.»). Oxyde de antimonio por ácido muriatico , e ácido nitrito. Bezoartico vnlneral. [ He iuuril , e perigoso na Medicina ]. Oxyde branca, e lavada de antimonio pelo nitrato de potassa. "Cal br raça , e -lanada dd antimouio pelo ni- tro ; antimonio dh.phi<:etico Invado. Oxijie branca du anti-nonit nto l irai* , e co»i potassa Antin■ nio diipt>o>ei co não l-»v«do. Oxyd.> br mcà de anfinonio por ácido muriatico. Pós de AliTã^oth {He veneno). Oxyde branca de anti>nonio sublimado. Flores d© antimonio ; neve de anú.uouio. (He prejudicial na Medi- cina). Oxyde cinzenta de antimonio. Cal cinsenta de ao» timonio. [He damu. sa na Medicina]. Oxyde de antimonio sulfurado vitreo. Vidro de an- timonio. Oxyde de antimonio sulfurado vermelho. KermeB mineral. Oxyde de antimonio sulfureo alaranfado. Enxofre doirado de antimonio. Oxyde de antimonio sulfurado meio vitreo. Açafrão dos metaes. Oxyie de antimonio sulfurado. Fteado de antimonirt, Oxyde branca de arspnico. Ar-enico branco : cal de armênio >. ( He vueuo ) Oxifie de arsênico branco sublimado. Flores de arsenic ». ( He v*rae u> ) Oxide d ' arsênico sulfurado amarello. Oiro pi.muita. ( He veueno ). Oxyiede arsênico sulfurado vermelho Ar-enico ver* medi > í He veneno ) Oxyie branca de bismutho por ácido nitrico. Ma- gistério de bismutho ; branco de pérola ( He veneno ). Oxyde de bismutho sublimado. Flores de bismutho. ( He inútil-, e perigoso na Medicina ) C^mcro-MEDtcA 195 Oxide azul de cobre. Cal a«ul de cobre. ( He ven°no ). Oxyde verde de cobre. Cal verde de cobre. ( Inter- namente be veneno }. Oxyde de ferro. Açafrão de marte; cal. Oxyde de ferro escuro. Açafrão de marte escuro. f*xyde de ferro amarello. Oca. Oxyde negra de ferro. Ethi>pe marcial. Oxyde vermelha de ferro. Ferruge de ferro» Oxryde vermelha de ferro por ácido suifurico. Col- c Olhar. Oxyde amarella de mercúrio por ácido nitrico. Turbith nitroso. ( He muito perigoso na Medieina ) . Oxyde amarella de mercúrio par ácido suifurico. TorbHh mineral; precipitado amarello. ( He perigoso na Medicina. ). Oxyde vermelha de mercúrio por ácido nitrico. Precipitado vermelho. Oxyde vermelha pelo fogo. Preoipitado per se. ( Não se deve usar na Mediuina ). Oxifde escura de mecurio, Btiops per se. Oxyde sulfurado. negra de mercúrio. Etiops mine. ral. Oxyde sulfurada vermelhi de mercúrio. Cinabrio» Oxyde branca de chumbo por ácido acetoso. Branco de chumbo. Oxyde branca de chumbo por ácido acetoso «ir*. furado com cre. Alvaiade. Oxyde cinzenta de chumbo. Cal ciozeuta de chum- bo [ Inútil di Medicina ), Oxyde amarella de chumbo. Massicot : cal amarella de chumbo. Oxyde vermelha de chumbo. Cal vermelha de chum- bo; miuio. Oxyde de chumbo meio vitreo. Litbargirio, Oxyde de zinco. Tothia. Oxyde de zinco sublimado. Flores de zinco í pooa- phodx ; Iam philcs iphica. 'Uoada em uossos tempos na dose de meio grão até dois em vaiias mcle-tias ; porém inutilmente. Fatiga o es- tômago ; augmenta lhe a irritação, e em geral * de to- f96 Nomenclatura do o systema nervoso, e era lugar de curar as moléstia* convulsivas , e esuas.nudic.is , ella as augmenta Oxyjenio. B ise do ar vital; principio acilificante. . Phosnhatos S ips formados pela uuião do «cido phos- phorio cora difierentes bases. (São desconhecidos na Me- AXCinVho™hata de amnoniaco. Sil volátil nrinoso; so- lúvel en aírua, e serve pira dismlver todas as espee.es de terra; porem .ob-« as brasas lança bum cbe.ro de al- kali voUtil; e tartalo cora carvão p od iz phosphoro. (He neriffoso na Medicina) P rhosohaio de soda. S,1 fusível urinoso ; tratado coro car^o nâo produz phosphoro. [He desconhecido na Me- ^^osphato de sodt, e de ommomaeo. Sal nativo da ui>a \Ue í°s'Onhecido na Medicina). Phòsphato calcareo , í'h»sphalo de cal Terra am- mal; terra dos ossos. (He inútil na Med.cura) Phnsphato de ferro. Mina de ferro das lagoas. [He desusado ua Medicina). Phosphilos. Saes formados pela combinação do áci- do phosphoreo com diversas bases. (São desconhecidos na medplvaro'lignitos. Saes formados pela combinação do a- cido pyrolígoeo com díffereotes bases. [São desconhecidos na Medicina]. , . ,. _ % A- Puromucitos Saes formados pela combinação do ácido pyro-mucoso cora differentes bases. (São desconhe- cidos na Medicina]. „ ,- - * r a„ +«,«. Potassa. Alkali vegetal, alkali fixo vegetal de tar- taro; alkali fixo de nitro; Potassa derretida. Pedra cáustica. Pommada oxygenada. Composta de ácido nitri- co He pommada bastante célebre nos nossos tempos pa- ra atacar a sarna, e o virus venereo; porém a expenen- cia mostrou l. que d* ordiniri > repercuti» a sirua, e en- tão produzia acoidentes fuuestos; II. que nunca pôde cu- rar o virus venereo. Prussiatos. Saes formados pela combinação do ácido- CfilMICO-MEDICA- m prus-lco , ou matéria colorante do azul de prussiacom dif- ferentes bases. [São desconhecidos na Medicina]. S Saccho latos. Saes formados pelo ácido extrahido do assucar de Iene com differentes bases. [São desconhe- cidos o- Mediei» a]. Sabões ácidos. Combinação do? óleos graxos ou fi- xos c* i riifit- entes ácidos. (Pela maior parte são desco- nhecidos i: Medicina).^ A• í"J->bio auimu»l.» :..l-.aii voUtil. (bxternamenve he para tenrar era mui- tas espec-es de moléstias, em .que contenha irritar, e re-- ardrr.ar|. >v6ío de cal Composto de óleo grfiro com acal. S.-.b*o de magnezia. Composto de óleo graxo unido cru »gf)ez,ÍH (He inútil na Medicina). S:bão de potassa. Composto de óleo graxo oom al- kali íi\o vegetal. Sabão de soda. Co nposto .de óleo graxo cora al- kali fixo u annbo. S >b ',es metallicos. Combinação de óleos graxos, ou fixos ou ,1 a* >i b>tancias metallicas. [Sâo muito desconhe- cido» n.i Me i* ina]. Saponutos- Combinação de óleos esseneiaes , ouvola- teii ci»íi. citíerenies base-. (A maior parte inúteis , ou des- c-«//t teci d.-s iii Meidcina). Scponulos ácidos. Combinação de óleos esseneiaes, eu v< : .teis cora differentes ácidos. [São desconhecidos ua M edicion). 8ap ;>ulo ammoniacal. Sabão composto de óleo essen- cial eom alkali volátil. Saponulo de cal Composto de óleo essencial com acal. Siponnto de potassa. Composto de óleo essencial eom alkali fixo vegetal. Sabão de Starkei. Saponulo de soda. Composto dé óleo essencial com erkali fixo marinho. Saponulos metallicos. Composto de óleos essencia- is unidos a buses metallicas, (A maior parte he desconhe- 108 NoMEtfOfcArtJftÀ cida na Medicina). Sebalvs. Saes formados pela combinação de ácida das gorduras com differentes bases. (São inúteis na Medi- cina) Silex ; terra siliciosa. Terra vitrificavel. (He iautü na Medicina). Soda. Alkalvfixo marinho; alkali marinho ; alkali mi- neral, Enxofre sublimado. Flor de enxofre. Üucrinmtos<. Saes formados pela combinação doaci- d > d* alambre oora differentes bases. (São desconhecidos Ru Medicina). Sulfatos. Sies formados pela combinação do ácida vi-triodco cora differeotes bases, Sulfato Sulfato de zinco. Vitriolo de zinco ; eapairosabraç* ea ; vit iuho branco. Sttlfltos. S^es formados peta combinação de ácida solímeo volatiè eom diifereute» bases. (São desconhecido» Ba Medicina). Sulfato alkalmo. Figado-de enxofre alkaliuo; hepas sikailiii/O. Sulfur ammoniacal. Figado de enxofre alkalino v»' betil ; dquor fumante de Boile. Mulfésr de anlimanéo, Ajfctimoüio. Chimico-Medica. 1*9 Sulfur de antimonio nativo. Mioa de antimonio. (I- nutil na Medicina]. Sulfur calcário. Figado de enxofre calcário. Sulfur de óleo fixo. Balsamo de enxofre cora óleo graxo , ou óleo por exurossâo. Sulfur de óleo volátil Balsamo de enxofre com o- leo essencial. Sulfur de potassa. Balsamo dê enxofre cora alkali fixo vegetal. Sulfur de soda. Balsamo de enxofre com alkali mi- neral. Sulfur de soda antimoniado. Figado de enxofre an- timoniado com alkali toiineral. [He perigoso na Medicina]. T Tartritos. Saes formados pela combinação do ácido tartaroso Com diffèreutes bases. Tartrito de ammoniaco. Sal ammoniaco tartaroso ; tartaro aromoniaoal. (He desconhecido na Medicina). Tartrito acidulo de potassa. Cremor de tartaro. Tartrite de cal. Tartaro calcário. [ He desconheci- do na Medicina]. Tartrito de ferro, Sal ferruginoso de tartaro. Tartrito de mercúrio. Sal mercurial tartaroso, Tartrito de potassa. Sal vegetal ; tartaro de alkali fixo vegetal ; tartaro tartarizado ; tartaro solúvel. Tartrito de potassa antimoniado. Tartaro emetico; tartaro antimoniado ; tartaro estibiado. Tartrito de potassa ferruginoso. Tartaro chalibea- do ; tartaro marcial solúvel. Tartrito de soda. Sal de seignette ; sal polychresto de Ia Rochelle; tartaro de soda. 201 Taboa dos pezos, e medidas usados nesta Phar- macopea. ' Pezos. Grão he hum pezo de metal correspondente a hum gras de trigo, ou cevada en estalo natural, e ordinário. Escropulo corresponda a grãos vinte quatro. Oitava corresponde a três escropulos. Onça corresponde a oito oitavas. Libra corresponde a doze onças. Medidas. Onça corresponde ao pezo de oito oitavas. Libra , ou quartilho , corresponde a doze onças. Canada corresponde a quatro quartilhos , ou libra». Gotta corresponde ao pezo de hum grão Colher corresponde a meia onça. 201 INDEX das matérias , que se tra tão nesta Pharmacopea Agrimonia Absorventes tf. 19 51 Acelgas 45 Agriões 36 Acetitos 82 Água XVII de ammouiaco li iqutdc >82 de acetito de cobre de chumbo 83 ammoniacal 165 -• em dissolução 84 de acetito de chum- de cobre 42 bo 166 de mei curió 84 ardente 169 de pota-sa 82 de cal 163 -• liquido 83 de canella 165 de soda 82 de Cauper 159 Ácidos 65 distíllada XI acetico 71 de flor de laranja 164 acetoso 44 70 de ortelã simples T65 antesepticò 158 da Rainha de Hun- «.- scyllilico ib. gria 167 benjoico 74 de sulfato d' alumen 165 boracico 76 -- de zinco 166 camphoríco ib. Águas 163 galhoso 73 férreas 164 muriatico 68 thermaes ib -- alkoolisado 79 Alambre 62 • - oxigenado 69 Alamo 46 nitrico , e nitroso 65 Albafor 55 nitroso alkoolis ado 79 Alcaçuz 34 oxalico 75 Alcali fixo de tartaro 103 succinico 74 vegetal cora vinagre 82 sulfurico 93 94 Alfazema 56 -- alkoolisado 78 Alforbas 45 -- aromatico alkool i- Algaliac 62 sado 77 Alhos 32 -- diluído ib Alimentos animaes 4S tartaroso 72 Alixiterios 51 Àconito 50 170 Almiscar t>2 Adoçantes 18 44 Almisoareira 22 Adstringeutes 40 A Iterantes 18 Agarieo 40 Althea 4* 202 Index. Amargos 51 Balsamina 46 Âmbar 6$ Balsaraos 31 Ameixieira 24 do canada ib Amendoeira 46 oatholico 153 Aualepticos 14 de copaiba 31 Angélica 57 de enxofre 107 Angustura , 61 de Meca 31 Aniz 58 opodeldok 199 Anodinos 44 Peruviano 1Ô3 Antedniuticos 51 de Tolu 31 Antesteíicos ib vulnerario 153 Autimonio diaphoretiço 98 Barbasco 45 Antipasmodicos 15 Bardana 80 Anti-eptios 20 51 Baunilha 61 Aperitivos 29 Bazilicâo 130 Aphiodisiacos 51 Bechicos 34 A pophlegmatisantes 37 incisivos 35 Ar XVI Beijoim 36 Aristolochia 54 Bella dona 50 170 Armoles 45 Bistorta 45 Arnica 37 Bolos marciaes 102 Aromatieos 51 Cacào 46 Arrobes 111 Café 52 antiscorbutico 112 Cal 32 antisyphlitico 111 Calciuação XIV de sabugo 112 Calefacientes 18 Arroz 47 Calomelanos M Arruda 33 Calor XVI Arsênico 39 Calumba 61 Assafetida 34 Camphora 59 Assafrão 33 Cauafistula 25 de marte aperiti vo 105 Canella 59 Assucar 35 Cantharidas 39 Athauazia 54 Carbonates 103 Attenuantes 18 29 de ammoniaco 104 Aveia 47 de ferro 105 Azaro 23 de magnezia 104 Azebar 27 de potassa 103 Azedas 44 de soda 104 j\zeitona 46 Cardamomo 28 Buíaustrínas 41 Cardíaca 5$ Tndex. 203 Cardíacos Cardo morto Carm inativos Carnes Carrapatos Carvalho Carvi Casca de salgueiro Cascarilha Castorio Cataplasmas anodina anteseptica de brionia epispatiea emoliente maturativa de mostarda com- posta de mostarda simples resolvente saponacea Catho Cáusticos 11 Cebola Centaurea Cephalicos Cerotos diapalma mercurial de oxyde vermelha de mercúrio por áci- do nitrico de pedra calaminar ' saponaceo Cevada Cevadilba Chà Chamedrios Cbicheios Chicorea 51 46 51 49 28 40 58 52 ib 34 118 119 ib ib ib ib 118 120 ib 119 118 62 39 32 54 51 137 137 id 138 137 138 47 38 55 63 48 30 Cicuta 51 Cimarruba Cinoira brava Cipó Clysteres adstringente antihemoToidal antehistericu antipasmndico anteseptioo emoliente estimulante opiado purgante de sulfato de mag- nezia terebentinado Cobre Cochlearia Coentro Colcbico Coloquintidas Cominhos Concentração Conservas de ameixas de canafistula de cochlearia de fumaria de ortelã vulgar de rosas de tamarindos Consolida menor Contraberva Corpos organisados inorgânicos Corroborantes 5[ Cosimentos III , 158 de althea 161 antefebril 158 de cevada 169 \ 160 40 61 21 161 162 163 162 ib ib ib 163 ib 161 ib. 162 42 36 58 32 28 58 XV 173 ib 40 66 XVII $0*4 ÍVDEX. de guaiaco composto 169 de triaga 147 de malvaisco 161 Elementos XV de olmo composto 160 Elixires 148 de ponta de veado 160 ácido de vitriolo 77 de quina composto 158 amargo 148 de salsa parrilha antescorbutico ib composto 159 corroborante ib Cravo 60 estimulante ib Cremor de tartaro 44 100 Elleb.ro 23 Crystaes de tartaro ib branco 24 Crystalisaçâo XIII negro 23 C,umos 169 Emenagogos 33 de acooito espesso 170 Emeticos 1 21 102 antescorbuticos 171 Emodentes 10 44 de bella dona espesse 170 Emplastos vn, 123 de cicuta espesso ib adhesivo 126 por concentração ib ftntehysterico \25 por expressão 169 de aquilão gomado 124 de fu ir ária espesso 170 decantbaridas ib de meimendro espesso ib de cicuta 126 de tarraxacão espesso ib commom 124 Dessecativos i 10 de espermace te 127 Detersivos 13 51 estomatioo 123 Diaforetreos 7 32 fétido 125 Di-itol 27 de laudano ib Dissolução XIV mercurial 126 Distiilação XI li de sabão 125 Diureticos 8 29 Emulçoes VII , 183 Dulcamara 30 alcanforada ib Eleotuarios VI 145 arábica ib antedysenterico 146 catharlica 184 antefebril ib commum 183 antebydropico ib de gomma ammoni an iepilectico 145 aco 184 an:epasmodieo ib Endio 5S c irroborante 146 Epispatieos 38 e.»;i;nulaute ib I.rvilhis 4$ linitivo 147 Ervinha 45 de npio ib Escamonea 28 de scordiò ib , Escarbtieov 38 iNDEt. iOS Kspargo 29 de calumba 174 Espermacete » 47 cathartico 175 Espécies XI 122 de centaurea menor 174 anodin»s 123 de folhas de tri folio aromaticâs 122 fibrino ib febri fugas 123 de geuciaua ib resolutivas 122 goinosos ib vulnerarias 123 de jalapa ib Espinha cervina 28 de losna 173 Espique 60 de marroios 174 Espíritos 166 de ópio i75 de alecrim 167 de quassia 174 de alfasema ib de quina ib de aifasema composto 168 resinoso ib de canella 168 de rhuibarbo ib de cochlearia 166 de saponaria ib de herva cidreira 167 de saturno 84 .í.composto 168 de tarraxacão 174 de mindereri 82 Favas 48 de nitro doce 79 de Santo Ignacio 29 de vinho 6*3 169 Feijões 48 de vinho oamphora- Fel da terra 64 do 167 Ferro 42 vinho rectifioado 169 Figado de enxofre ma- de vitriolo 77 gneziano 106 de vitriolo doce 78 Figos S4 volátil ammoniacal Filtração XV aromatico 169 Flor de tida 55 Estimulantes 11 51 Flores de sal ammoniaco i Etheres 79 marciaes 89 muriatico g| Fogo XV nitrico 80 Fortificantes 14 51 sulfurico 79 Fumaria 53 170 Ethiope marcial 99 Funcho 68 mineral 95 Galbano 36 Evacuanles 1 Galha 40 Exantematicos 51 Gargarejos ■• 120 Expectorante» 34 adoçante 121 acres 35 adstringente ib "Extractos VIU 174 ammoniacal ib 20* IndiX- antesepticò emoliente meie irial ninado Geleas de «Musro islaodico de ponta de Viado !e salep Genci; na Gon?ibre Ginjas Gin^ ging G oairoa amraoniaéo puta Gorduras Grama 'Guaiaco Hèpaticos « Heraterrestre Herva cidreira doce no oi r a santa Humedeoetítes Hysopo jalapa Jarro Incenso 1 noisi voe Infusões an.arra Pti •seorbutie* diuretica de linhaça de rbuiüarbo de sene simples de tafuariudos com posta Jpecacuanha Ipericâo 121 Irritantes 3f 1^0 Junipro . 69 li* 2 K>r«»>as mineral 97 121 Labaça 30 18* Lubdinun 61 185 Laranja azeda 43 184 doce ib. 185 L»mu- cerasus 50 5l Leite 48 3* Leniilhas Ib. 43 Lioor anodino 78 62 fumante de Boyle 106 t>6 Li.âo 43 29 Linhaça 45 47 Linimentos 127 £9 de ammoniaco merr m . curial, 128 51 anodino opiado sa- 36 ponaceo ib. 56 antiscrophuloso . , ■ ib 58 branco 1*9 50 camphorado 127 37 de espermacete . 12Í 44 estimulante 128 35 optalmico 129 27 saponaoeo ib. 28 volátil 127 36 Lírio 26 29 Lobelia 26 180 Losna 63 181 Loureiro 69 182 Lubrificantes 44 lgO Luz XVI 181 Mace] Ia 53 ib JVlagnezia calcinada 104 ib Malvas 44 Maraona 28 180 Mandragora 41 21 M^anjericâo 66 41 Manha $Í Index. 207 Manteiga 49 Mryrha 36 de antimonio 86 Narcóticos^ 49 Marmello 41 Nesperas 41 Marroios 86 Nisi 62 Marura 57 Nitratos 108 Masticatorios 37 de potassa 32 Mastruços 36 de potassa purificado 108 Meimendro 51 170 de prata fundido ib Mel 35 Noz muscada 60 Mercnrio solúvel 95 vomica 51 Me^erião 38 Nutrientes 47 Millefolium 41 Óleos 44 Milho 47 expressos } Misturas VIII 177 de amêndoas f 171 Blmií-carada 179 de liuhaça £ ontigotosa volátil 177 de ricino j de camphora simples ib distilladós de camphora composta ib de alfazema | diaphoretica 178 de cacbomila 1 éstomatica 179 de canella § n ercurial gomosa 178 de junipro > 172 salina simples ib de losna k Mostarda 38 de ortelã j Mucilaginosos 44 de ortelã pimenta 1 Mu ri a tos 85 de rosmaninho de ammoniaco ib Ópio 49 de ammouiaco subli- Opodeldok 129 mado com feiro 89 Oregãos 67 de baryta 86 Ortelã brava 1 de cal 85 [>imenta r ib de ne curió 89 vulgar ^ de mercúrio doce 88 Ortigas 41 oxygenado de anti- Oxidação XIV nionio 86 Oxides 93 oxygenado 'de fner- amarella de mercú- CUliO ib rio por ácido sulfu- íiibie oxygenado de rico ib potassa 88 de antimonio snlfo- Murta 41 rado rubro , ou ver- Musgo Islandico 35 melho 24 97 £0o IHDBX. de antimonio sulfu- rado vitreo / M de arsênico sulfuoa* do amarello 8Í branca de antimouio #8 brauca de n.ereurio por aeido suduriòo D4 de ferro negro 99 de mercúrio negro 9& de mercúrio sulfura- do negro Ib de mercúrio sulfura- do rubro 96 de mercúrio verme- lho pelo fogo 93 vermelha de merCu- curió por acído ni- trico ib de zineo 98 Palma Christi 28 Páo de campeche 40 Pedra hume 42 infernal 108 Peixoiim 59 Pillulas IX 143 alterantes de Plumer 144i nntipasmodica» ib. estimulantes 146 excitantes 144 de muriato oxigena- do de mercúrio 143 resolveu tes 144 scyldticas .145 Pimenta 38 preta 60 Pirapinella SO Piretro ^8 Polpas IX de taroarindos1 173 Polypodio 2$ Pommadas 131 alvissiraa ib alluminosa ib oxygenada ib pós x m de acetito de oobre compostos 140 antecancrosos )3Í antelminticos 141 anteseptioos 13Í alterantes de Plumer 142 antimoniaes 139 antipasmodicos 140 aotldysentericos 143 antiscorbutrces 140 anf/uléerosos 139 aromaticos 142 catharticos 143 diaphoreticos 138 de Dover ib esfipticos 141 de kiny compostos ib de jalapa compôs* tos 143 de james ltí de muriato de ihér- cnrio doce opiados 140 de quina eatiyphora- dos 142 de sulfato de allumen compostos 139 de scylla compostos 142 Precipitado bronco 89 per-se 93 Princípios. XV Producções naturaes XVII Purgantes 3 24 Quassia 61 Queijo 49 Quina vi Index. 209 Rabano 31 Rainnnculo 39 Refrigerantes 17 ácidos 43 Reino animal y mineral S- xvn vej et<4 3i Rclaxan es 10 44 Boinas X Resolutd»e» 19. 51 Restaurante» 47 Rbuibarbo g* Rpsmaninho 5J* ftosas 40 imbefacientes 13 Rubificantes 3a Cabina aa Sabões 90/ ácido 93 antimonial ib medicinal . 9-> mercurial 90 de &tark#i 91 vegetal 90 SftbugueiirQ 2v Sagú 4$ §al de saturnq 83 de seignettet 100 Swlepo 48 &a.livatorio8 37 $alsa Iwrlense m \..* magnezia 106 810 Index. oleoso fixo 107 de óleo volátil ani- siado ib. saponaceo ib Tabaco 37 T-aóamacft 59 Tamariodos 25 Tarraxacão 170 Tartaro chalybeado 101 Tartritos 100 acidulo de potassa 44 acidulo de potassa purificado 100 de ferro 101 de ferro secco 102 mercurial 101 de potassa ib. de potassa antimo- niado , ou emetico. 103 de soda 100 Temperantes 44 Terebentina 31 Terra XVII (japonica 62 foliada de tartaro 82 Tinturas Vil 150 aromatica 152 de adnecpga 153 antescorbutica 155 de azeb'6 ib antefebril 154 bal-amica 15J de bejoira ib de cantharidas 150 de castorio com posta 151 de eurarbio 163 de ferro muriatica 151 fétida ammoniacal ib. gengival balsamica 155 de guaiaco ammo- niacal aromatica 161 de myrrha 152 de ópio 150 de ópio ammouiaoal caraphorada 154 de quina composta ib. de rhuibarbo amarga ib. sacra 165 thebaica 150 de valeriana ammo- niacal aromatica 152 Tomilho 56 Tônicos 61 Triaga 147 Tri folio 64 Truo 47 Tucilago 34 Turbith mineral 93 Valeriana 53 Vaunilha 61 Vento XVí Veidete 42 Vesicatorio 13 38 124 vincetoxicum 21 Vidro de antimonio 99 Vinagres 70 158 aromatico ib. colchico ib. radical 71 scvllitico 158 Vinhos 63 165 amargo 167 antimonial 156 de didaleira 157 de ferro chalibeado 155 de ipeoacuanba 156 de necociana 167 de oxide de anti- monio sulfurado vi- treo. 151 de quina composto 167 Index. 211 de rhuibarbo 13 38 verncrugo Yiaicatorios Vitriolo asul Vomitorios Ungnenlos de altéa XI i de acetito dp cobre de acetito de chumbo anodino opiado basilicão citrino ellemi de enxofre epispatico estoraque galhoso campho- rado de gomma elerai mercurial de muriato de mer- cúrio por precipita- ção de muriato oxigena- do de mercúrio nervino de necociana de oxide de mercú- rio rubro por ácido aitrico 156 ib. 124 43 l 130 134 181 133 laO ib 132 ib ib. 130 134 135 132 133 ib. 135 131 135 131 de oxide de chumbo branco por ácido a- ceto«o 134 de ox'de de zinco 130 de resina amarella ib. satu nino 133 de tabaco 135 vermifugo 133 Uva espi n 44 ursiua 29 Xaropes U3 acilo 116 de altéa 114 de ammoniaco 113 balsamico 116 de casca de laranja 115 de chicorea com rhuibarbo 114 diacodio 115 expectorante 113 de espinha cervina 115 de limão 116 demeconium 115 de mel 117 , de quina 113 rosado 117 simples 114 de violas roxas 116 Zaragatoa 45 Zedoaria. 37 fc 31 !• 'J i \ ■;'■' 'I . i, i j ■> •iv,í,-rai". } H'oi'i »i! ^irr rei. mo ,.;f !:•.,!<.- .".rlU (••; ....;■ q« ]s>.un"lp ' •.!', GO 1ÍA 113 IÍA II.» 111», 119 113 IPJ íl-í 11 "I I T ip 1 .) ,.< CORBECCÕES. Pag. lin. Erratas. Emendas. III 9 tem que que tem V 25 lhe lhes XIII 9 com retortas em retortas 13 reação reacção 6 29 phienmaticos phleumaticos 36 muitas muitas 7 31 e nas nas 8 13 propriedades propriedade 11 9 materiaes matérias 15 13 ac es acres 17 29 c ustituição constituição 2á Princípios Pharmacopea 23 20 vomitor o vomitorio 31 31 de Peru. do Peru 40 33 encomioos encomios 61 18 vomita vomica 81 3 ajunta ajusta 97 39 repartidas repetidas d'2 35 e coqueluche coqueluche 109 24 ebter obter 118 5 pituiosas pituitosas 127 8 dorores dores 129 16 rosoianioho de rosmaninho 23 le 6e< lesões 180 12 da inflamação da debilidade que da inflamação 131 30 opbtal ia ophtalmia 141 3 foroiem se e formem se 35 grãos deseseis oitava e meia 175 10 d > água de água 194 6 nitrito D i tricô 201 32 Alçaüac Alga lia 202 40 Cardamomo 28 Cardamomo 38 203 1 Cicuta 160 Cicuta 170 Cosimentos III Cosimtratos V.